segunda-feira, 27 de junho de 2011

A partir de qual momento é considerado o surgimento do ser humano: fecundação, do surgimento do sistema nervoso, ou do nascimento?

Segundo o Livro dos Espíritos, o surgimento de um novo ser humano se dá a partir da concepção, pois neste momento, já existe a ligação da alma com o corpo, embora a concretização se dê apenas no nascimento. 


O Espírito se liga ao corpo que lhe dará vida física desde o instante da concepção por um laço fluídico que vai se apertando até o instante em que a criança vê a luz. O grito, que então escapa de seus lábios, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.


Segundo o Grupo Espírita Bezerra de Menezes, no site do Grupo, abaixo discriminado, e fonte dessa postagem, "o Espírito se liga ao corpo que lhe dará vida física desde o instante da concepção por um laço fluídico e entra em uma fase que Allan Kardec chamou de "perturbação", ou seja, ele vai perdendo a plenitude de sua consciência à medida que a gravidez avança, como se tivesse adormecendo. Quando nasce, as lembranças de sua vida anterior estão completamente apagadas.".
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-008.html
          Fonte: Livro dos Espíritos, Livro II, Cap. VII.

domingo, 26 de junho de 2011

Existem cirurgias espirituais ? Se existem, não seria um exercício ilegal da medicina ?

Sim, existem cirurgias espirituais e são feitas por Espíritos de médicos que atuam por meio do corpo perispiritual, utilizando técnicas ligadas à ciência médica, usando fluidos humanos e espirituais, nada fazendo nesse campo que fira as leis humanas. 


Tais práticas já foram exaustivamente investigadas e documentadas, principalmente às praticadas na época por José Pedro de Freitas, inclusive por estudiosos estrangeiros.


Um Espírito elevado jamais transgride qualquer lei. As curas realizadas em nome do Espiritismo praticado com seriedade, são feitas utilizando apenas a fluidoterapia. As cirurgias mediúnicas feitas com instrumentos cortantes, podem ser feitas por Espíritos superiores, mas não são consideradas trabalhos espíritas. 


Em alguns casos de cirurgias de corte, como as praticadas por José Pedro de Freitas (Zé Arigó) e Edson Queiroz, existia uma missão a ser cumprida e visava chamar a atenção da comunidade científica para a realidade da vida espiritual. E parece que o objetivo foi alcançado, porém sem maiores conseqüências pelo próprio atraso do homem para a compreensão das coisas do Espírito. 


Pelo lado prático, no entanto, as cirurgias mediúnicas com instrumentos cortantes não devem ser praticadas em centros espíritas orientados pela Doutrina Espírita, justamente por ferir a legislação vigente e não tratar-se de uma prática que possa ser exercitada por qualquer pessoa. As curas no Espiritismo são feitas exclusivamente com a imposição de mãos.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html, com adaptações.

sábado, 25 de junho de 2011

Curiosidades bíblicas - Quantos anos viveu Matusalém ?


Segundo a Bíblia, conforme o Livro de Gênesis (V, 21-27), Matusalém era um dos Patriarcas hebreus, descendente de Adão, filho de Henoc, pai de Lamech, e avô de Noé. E, segundo a cronologia dos Setenta, seguida pela Vulgata, versão latina da Bíblia dos Setenta, teria vivido 969 anos.


Todos os Patriarcas tiveram uma vida longa. Adão viveu 930 anos; Set, seu filho, viveu 912 anos; Noé, teria  vivido 950 anos. De onde vinha tanta longevidade


Mesmo entre aqueles que tomam ao pé da letra as palavras da Bíblia, existem muitos que tem dúvidas acerca das idades avançadas, que os patriarcas alcançavam. E você, acredita ?


A resposta não é fácil. Inicialmente, temos que considerar o contexto histórico-cultural dos fatos. Neste caso, devemos considerar a forma como era contado o tempo naquela época. Vejamos, então, um pouco da história da forma como era contado o tempo daquela época até nossos dias.


Muitos povos antigos contavam o tempo baseando-se nas fases da lua, ou lunação – era o calendário lunar; outros contavam o tempo baseando-se na trajetória solar – era o calendário solar; outros ainda, adotavam um sistema misto adotando o calendário luni-solar.

Atualmente existem povos que ainda contam o tempo pelo calendário lunar, como os islâmicos; já os israelitas adotam o calendário luni-solar. O calendário atual – calendário gregoriano – é solar.

A Astronomia considera várias espécies de calendário para o estabelecimento do ano. Iremos referir-nos apenas ao ano sideral e ao ano trópico. O ano sideral, duração da evolução da Terra em torno do Sol, é igual a 365 dias, 06 horas, 09 minutos e 09,8 segundos. Já o ano trópico, tempo decorrido entre duas passagens consecutivas do Sol médio pelo ponto vernal, é atualmente de 365 dias, 05 horas, 48 minutos, e 45,3 segundos. É mais curto do que o ano sideral, devido à precessão dos equinócios, que faz retrogradar o ponto vernal de 50,24 segundos de arco por ano. É o ano trópico que regula o retorno das estações e que intervém nos calendários solares.


Assim, atualmente, nosso tempo ora é medido pelo ano sideral e ajustado pelo ano trópico.  Esse, entretanto, não é o nosso objetivo, mas, se você estiver interessado em conhecer melhor a história dos calendários ao longo do tempo clique aqui.. 

Voltando ao nosso assunto, muitos estudiosos, considerando exagerados os números que aparecem  nas Escrituras, tem procedido estudos e estabelecido diversas teorias, com a finalidade de encontrar uma explicação lógica e sistêmica para a longevidade dos Patriarcas.

Entre tais estudos e teorias destacamos as seguintes, por serem as mais aceitas: para contar o tempo na época de Moisés - que conforme a tradição judáica–cristã, foi quem escreveu o Livro Gênesis -, se serviam da lua para medir o tempo e como contar por meses teria sido muito fatigante, necessariamente foi escolhida uma divisão mais elástica. Assim, naquela época, os primeiros anos se compunham de cinco meses, de trinta dias cada um, tomando o numero cinco por ser este o numero dos dedos da mão.

Também, naquela época, antes de existirem os anos de cinco meses, houve anos de um mês, ou o que é o mesmo, que o período da evolução da lua equivalia a um ano. Os que afirmam isto, fundamentam-se nas longas idades alcançadas pelo primeiro homens bíblicos.

Desta forma, os 930 anos da vida de Adão, calculados na razão de 29 dias e meio, dão 75 anos e aproximadamente 2,3797 meses, o que é já uma longevidade razoável.

Abaixo, descreveremos como proceder aos cálculos e quais foram os critérios utilizados para se chegar aos valores acima.

Inicialmente, convém dizer que as lunações (Evolução Sinódica) aproximam-se astronomicamente do número 29,5305881 dias médios. Por sua vez, o ano astronômico (Evolução Trópica) aproxima-se de 365,24219296 dias médios.

Assim, 930 anos da vida de Adão x 29,5305881 = 27.463,4469 dias médios;

27.463,4469 divididos por 365,24219296 dias médios = 75,1924 anos

Concluindo, aplicando-se uma regra de três simples, teremos:

1 ano
= 365,24219296
0,1924
x
 70,2726 dias dividido por 29,5305881  = 2,3797 meses

Partindo-se desse pressuposto, os 969 anos atribuídos a Matusalém reduzem-se a 78 anos e 4,2757 meses aproximadamente, como podemos constatar a seguir:

                                           969 anos da vida de Matusalém x 29,5305881 =  28.615,1399 dias médios;
                                             28.615,1399 divididos por 365,24219296 dias médios = 78,3457 anos

Concluindo, aplicando-se uma regra de três simples, teremos:
1 ano
= 365,24219296
0,3457
X

x = 365,24219296 vezes 0,3457 = 126,2642 dias
126,2642 dias dividido por 29,5305881 = 4,2757 meses

Baseado nesse raciocínio, Matusalém perderia a coroa de homem que mais viveu na Terra, pois os seus famosos 969 anos ficariam reduzidos a 78 anos e um pouco mais de 4 meses.

Gostaria de salientar que essa teoria tem muitas verossemelhanças com o fato de que, desde Noé a David a duração da vida é onze duodécimos mais curta do que nas épocas anteriores, indicio de que chegou uma época em que os anos abrangeram um espaço de tempo muito mais vasto. Isto deve ter ocorrido devido a, talvez, mudanças no modo de contar o tempo, como por exemplo, os equinócios da primavera e do outono, quando os dias e as noites são de duração igual, naquela parte do planeta.

Gostaria de ressaltar, também, que essa postagem não tem a pretensão de impor a verdade, onde muitos eruditos brilhantes se aprofundaram sem conseguir esse objetivo. Assim, nada mais é do que, o que diz o texto da postagem: apenas uma curiosidade.
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            Bíblia de Jerusalém

terça-feira, 21 de junho de 2011

Diabo, satanás, lúcifer, serpente e dragão não são demônios - Nem espíritos são, mas apenas símbolos do mau

Recentemente li um artigo atribuído a José Reis Chavez, que me causou certa inquietação. Concordando com algumas opiniões do articulador e discordando de outras, resolvi fazer essa postagem, com base na do articulista citado.

O Cristianismo, é hoje, uma religião fragmentada com centenas de igrejas, que professam doutrinas polêmicas. A primeira grande divisão ocorreu em 1054, quando o Patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário fundou a Igreja Católica Ortodoxa Oriental, até hoje existente.

Não bastasse isso, em fins do século XVI, foi a vez da Reforma Protestante de Martinho Lutero, que rachou de vez o Cristianismo, mas contribuiu decisivamente para o enfraquecimento da Santa Inquisição, que de santa nada tinha. Decorrente do surgimento do protestantismo, realizou-se o Concílio Ecumênico de Trento (1545 a 1563), cujo objetivo era  corrigir erros cometido até então pela Igreja.

Na segunda metade do século XIX, surge Allan Kardec, com os ensinamentos do Espiritismo, diferenciados por fornecer uma nova orientação sobre os textos bíblicos, -sem os erros e abusos das interpretações literais e metafóricas, enfatizados por diversas doutrinas sectárias cristãs- e tendo os ensinamentos de Jesus como fundamentos principais da Doutrina Espírita, pelo que é considerada uma Doutrina Reformadora do Cristianismo.

Atualmente a Igreja Católica Apostólica Romana continua dividida tendo em seu seio diversas correntes ideológicas. No Brasil destacam-se os fundamentalistas adeptos da TFP e de outro os carismáticos. Essas duas correntes procuram se sobrepor uma a outra, buscando fazer prevalecer suas idéias nos ritos da Igreja, gerando conflitos entre padres e até bispos. 

Mais abertos a novas idéias, os carismáticos estão descobrindo a mediunidade, pois é inevitável que haja entre eles muitos médiuns. Esse fato está levando muitos carismáticos a se aprofundarem nos ensinamentos da Doutrina Espírita como forma de entenderem melhor os fenômenos mediúnicos. Deve-se ressaltar que o dom da mediunidade não escolhe religiões. 

Concordo plenamente com o ensaísta José Reis Chavez, quando diz que "Diabo, satanás, dragão etc não são espíritos, mas símbolos...". Concordo, também, quando nos exorta a que "Não sigamos os erros dos teólogos do passado". Ele, recomenda aos "estudiosos da Bíblia o exame dos seus textos livres dos dogmas, dos originais gregos do Novo Testamento e a Vulgata Latina, para se certificarem dessas verdades e as poderem difundir, colaborando, assim, para com a correção de um dos grandes erros do cristianismo, que, inclusive, incrementa o crescimento do materialismo.". Aqui cabe uma discordância, pois sabe-se que a Vulgata Latina, de autoria de São Jerônimo, foi totalmente manipulada pelo autor - segundo confissão dele mesmo-, a pedido do Papa Dâmaso I.

O ensaísta envereda, também, pelas explicações acerca dos fenômenos obssessivos quando diz, que "A maioria dos autores de livros a respeito do Apocalipse afirma que, quando João o escreveu (em 95), o povo acreditava que Nero havia voltado à vida em Domiciano." "Mas não se trata da reencarnação do espírito de Nero em Domiciano, pois esses dois imperadores romanos eram contemporâneos. O que aconteceu é que o espírito de Nero obsediava Domiciano (o encosto popular). Nero, a primeira besta, morreu, mas voltou à vida em Domiciano (Apocalipse 13: 3 e 14).". Mais adiante complementa "E atentemos para o fato de que é do próprio são João esse princípio espírita de obsessão ou possessão de Domiciano pelo espírito humano (demônio) de Nero, e não pelo diabo, satanás, lúcifer, a serpente ou o dragão, que, como vimos, nem espíritos eles são, mas apenas símbolos do mau! Realmente, pois, Deus em sua infinita bondade, jamais criaria seres voltados para o mau, sendo o diabo, satanás, lúcifer e que outros nomes tenha, uma criação humana.

Se você desejar conhecer o texto de José Reis Chavez, clique aqui e tenha uma boa leitura.
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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Como saber se sou médium ?

Segundo o Livro dos Médiuns, médium é toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos e diz que essa faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não constitui um privilégio exclusivo. Por isso, raras são as pessoas que não possuem alguns rudimentos dessa faculdade. Assim, pode-se concluir que todos nós somos mais ou menos médiuns.


Entretanto,usualmente, são chamados de médiuns aqueles que recebem manifestações ostensivas dos Espíritos, e, em que a faculdade citada são bem caracterizadas e de efeitos patentes. 


A única forma de sabermos se temos ou não mediunidade ostensiva é nos colocando como servidores sinceros da causa de Jesus. Ou seja, deveremos primeiro fazer parte da equipe de trabalhadores de uma casa espírita e lá, através dos estudos sérios e da disciplina interior, procurarmos entender antes as nuanças do contato com os Espíritos. 


Allan Kardec diz, no O Livro dos Médiuns, que não se deve nunca iniciar um trabalho de intercâmbio espiritual sem estudar a mediunidade. Existem algumas pessoas que sentem influências dos Espíritos, em diversos graus de intensidade, como já o dissemos acima, e acham que, por isso, estão prontas para trabalhar nesse campo. 


Muitas pessoas, geralmente, não aceitam a idéia de que precisam se instruir cada vez mais, para desenvolver seus dons e vão às casas espíritas para trabalhar com mediunidade, e, se não a aceitam naquela, buscam outra, e assim permanecem por toda a vida.
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Fonte: O Livro dos Médiuns, Cap. XIV
          http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Por que Deus criou Espíritos maus ?

Deus, na sua infinita sabedoria e bondade, não criou nenhum tipo de "ser" mau, muito menos espíritos. Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes (no sentido de que nada sabem) e a cada um deu uma missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar a perfeição progressivamente, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si.

Poderíamos comparar essa criação de Deus, a uma criança que nasce sem nada saber do mundo e pouco a pouco vai progredindo com a idade e a orientação dos pais e de outros envolvidos no seu desenvolvimento.

Para os Espíritos, a felicidade eterna consiste em alcançar essa perfeição que lhes dará a vida eterna. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos, passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais depressa à meta que lhes foi designada. Outros só a suportam murmurando e assim, por culpa sua, permanecem afastados da perfeição e da felicidade do reino de Deus.
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Fonte: O Livro dos Espíritos, Livro II, Cap.VI, itens 114 a 115a.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Você sabe quantas Bíblias existem ?

A Bíblia é o livro mais vendido e o mais traduzido no mundo. Existem diversas versões da Bíblia, quase tantas quantas são as seitas cristãs existentes.

A Bíblia é composta pelo Antigo Testamento e pelo Novo Testamento. Este é formado pelos quatro Evangelhos com relatos sobre a vida, mensagem e milagres de Jesus, escritos entre 70 e 100 d.C. e atribuídos aos discípulos Mateus, Marcos, Lucas e João; o livro dos Atos dos Apóstolos (enviados, em grego); as cartas atribuídas a Paulo e a outros discípulos; e o Apocalipse, que contém visões proféticas sobre o fim dos tempos, o julgamento final e a volta de Jesus. Esta composição, talvez, seja a única coisa comum entre todas as Bíblias, com exceção da Bíblia hebraica, que  não possui os Livros do Novo Testamento.

Mas existem algumas versões consagradas e, portanto, mais críveis pelos fiéis cristãos no mundo todo. A seguir abordaremos as principais.

A Bíblia Hebraica  - possui 24 livros e está dividida em três partes, na seguinte ordem: 1 – Lei, II – Profetas, III – Escritos.

O cânon(1) da Bíblia hebraica, fixado pelos judeus da Palestina por volta da era cristã, é conservado pelos judeus modernos e, para o Antigo Testamento, pelos evangélicos, que só aceitam os livros hebraicos excluindo os livros escritos em grego e os suplementos gregos de Ester e Daniel.

A Bíblia Grega – ou Bíblia Grega dos Setenta (LXX), destinada aos judeus da Dispersão, engloba, numa ordem que varia segundo os manuscritos e as edições:

1 – os livros da Bíblia hebraica, traduzidos para o grego com variantes, omissões e adições (importantes nos livros de Éster e Daniel);

2 – alguns livros que não pertencem à Bíblia hebraica (vários dos quais, porém, refletem um original hebraico ou aramaico) e que entraram no Cânon(1) cristão (“deuterocanônicos”); a Igreja os tem como inspirados do mesmo modo que os livros da Bíblia hebraica.

3 – alguns livros que, utilizados esporadicamente pelos Padres da Igreja ou pelos antigos escritores eclesiásticos, não foram aceitos pela Igreja Cristã (“apócrifos”). Com exceção dos livros apócrifos, a lista dos livros da Bíblia grega é igual (numa ordem diferente) à do Antigo Testamento aceita pela Igreja.

A Bíblia de Jerusalém – considerada por muitos como a melhor edição das Sagradas Escrituras, quer pelas opções críticas que orientaram a tradução, quer pelas inroduções, notas, referências marginais e apêndices.

A tradução da Bíblia de Jerusalém, foi realizada por uma equipe de exegetas (2) católicos e protestantes a partir dos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos.

A Vulgata (3) – é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Católica e ainda é muito respeitada.

Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.
No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina.

A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Ele inicialmente não considerou canônicos os sete livros, chamados por católicos e ortodoxos de deuterocanônicos. Porém, seus trabalhos posteriores mostram sua mudança de conceito, pelo menos a respeito dos livros de Judite, Sabedoria de Salomão e o Eclesiástico (ou Sabedoria de Sirac), conforme atestamos em suas últimas cartas a Rufino. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.

A Igreja Católica considera como oficiais 73 livros bíblicos (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo), sendo 7 livros a mais no Velho Testamento do que das demais seitas cristãs e pelo Judaísmo. As versões protestantes, em sua maioria possuem 66 livros (29 do Antigo Testamento e 27 do Novo).

De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida, até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2.454 línguas e dialetos.
Não nos alongaremos mais sobre o assunto, pois não é nosso objetivo.
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(1) Cânon - livros que fazem parte da Bíblia.
(2) Exegetas - intérprete (de textos diversos,obra de arte. etc.)
(3) O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo era um mestre.
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            A Bíblia de Jerusalém

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Você sabe utilizar as citações bíblicas ?

As citações servem para facilitar a apreensão e leitura das diversas passagens dos livros bíblicos e são feitas do seguinte modo:

1 - A vírgula separa capítulo de versículo.
     Ex.: Gn 3,1 (lê-se, Livro do Gênesis, cap. 3, v,1);

2 - O ponto e vírgula separa capítulos e livros.
     Ex.: Gn 5,1-7; 6,8; Ex 2,3 (lê-se, Livro do Gênesis, cap.5, vv. 1a 7; cap.6, v.8;
            Livro do Êxodo, cap.2, v.3)

3 - O ponto separa versículo de versículo, quando são seguidos.
     Ex.: 2Mc 3,2.5.7-9 (lê-se, 2o.Livro dos Macabeus, cap.3, vv. 2,5 e de 7 a 9);

4 - O hífen indica sequência de capítulos ou de versículos.
     Ex.: Jo 3-5; 2Tm 2,1-6; Mt 1,5-12,9 (lê-se, Evangelho segundo s. João, capítulos e 3 a 5;
            2a.Epístola a Timóteo, cap.2, vv. de 1 a 6;
            Evangelho segundo s.Mateus, do cap.1, v. 5 ao cap. 12, v 9)

Boa leitura e apreensão.
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Fonte: A Bíblia de Jerusalém, Ed. Paulinas

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Oganização Interna da Bíblia I


A Bíblia é um dos livros religiosos mais importantes do mundo. Muitas pessoas tentam ler a Bíblia sem nenhum conhecimento sobre sua organização e estrutura. Ler a Bíblia não é uma tarefa fácil, especialmente sem um pouco de conhecimento sobre como as suas partes estão dispostas. Mortimer Adler, em sua obra “Como ler um livro”, nos diz que isso é uma parte essencial para o entendimento de um livro. 

Para inicio de assunto, devemos dar especial atenção as páginas introdutórias, sobre as notas nas margens e na parte inferior das páginas, os pequenos artigos explicativos sobre algumas passagens, os mapas e ajuda na parte posterior de algumas Bíblias. 

A Bíblia inicia com o Livro a Gênesis e termina com o Livro Apocalipse. Sua estrutura interna contém capítulos e versículos, que objetivam tornar mais fácil encontrar uma determinada seção da Escritura.

A Bíblia compreende duas seções principais: O Antigo Testamento e o Novo Testamento.O Antigo Testamento fala sobre a aliança de Deus com os judeus, e o Novo Testamento trata das obras de Jesus e a nova aliança. Cada livro tem um título que espelha seu conteúdo.

Até 1227 d.C., a Bíblia não possuía a organização que hoje existe. Foi naquele ano que o professor Sthepen Langton dividiu a Bíblia em capítulos. Em 1551, Robert Srephanus, dividiu os capítulos em versículos, complementando a organização hoje existente.


Brevemente estaremos editando nova postagem sobre aspectos intrínsecos à Bíblia, como o número de livros que contêm o Antigo Testamento e o Novo Testamento.

Se você pensa que sabe tudo, ou já conhece o assunto, prepare-se para algumas surpresas.
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Fonte: http://www.whatdoesthebiblesay.info/bt603.htm