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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Você sabe quantas Bíblias existem ?

A Bíblia é o livro mais vendido e o mais traduzido no mundo. Existem diversas versões da Bíblia, quase tantas quantas são as seitas cristãs existentes.

A Bíblia é composta pelo Antigo Testamento e pelo Novo Testamento. Este é formado pelos quatro Evangelhos com relatos sobre a vida, mensagem e milagres de Jesus, escritos entre 70 e 100 d.C. e atribuídos aos discípulos Mateus, Marcos, Lucas e João; o livro dos Atos dos Apóstolos (enviados, em grego); as cartas atribuídas a Paulo e a outros discípulos; e o Apocalipse, que contém visões proféticas sobre o fim dos tempos, o julgamento final e a volta de Jesus. Esta composição, talvez, seja a única coisa comum entre todas as Bíblias, com exceção da Bíblia hebraica, que  não possui os Livros do Novo Testamento.

Mas existem algumas versões consagradas e, portanto, mais críveis pelos fiéis cristãos no mundo todo. A seguir abordaremos as principais.

A Bíblia Hebraica  - possui 24 livros e está dividida em três partes, na seguinte ordem: 1 – Lei, II – Profetas, III – Escritos.

O cânon(1) da Bíblia hebraica, fixado pelos judeus da Palestina por volta da era cristã, é conservado pelos judeus modernos e, para o Antigo Testamento, pelos evangélicos, que só aceitam os livros hebraicos excluindo os livros escritos em grego e os suplementos gregos de Ester e Daniel.

A Bíblia Grega – ou Bíblia Grega dos Setenta (LXX), destinada aos judeus da Dispersão, engloba, numa ordem que varia segundo os manuscritos e as edições:

1 – os livros da Bíblia hebraica, traduzidos para o grego com variantes, omissões e adições (importantes nos livros de Éster e Daniel);

2 – alguns livros que não pertencem à Bíblia hebraica (vários dos quais, porém, refletem um original hebraico ou aramaico) e que entraram no Cânon(1) cristão (“deuterocanônicos”); a Igreja os tem como inspirados do mesmo modo que os livros da Bíblia hebraica.

3 – alguns livros que, utilizados esporadicamente pelos Padres da Igreja ou pelos antigos escritores eclesiásticos, não foram aceitos pela Igreja Cristã (“apócrifos”). Com exceção dos livros apócrifos, a lista dos livros da Bíblia grega é igual (numa ordem diferente) à do Antigo Testamento aceita pela Igreja.

A Bíblia de Jerusalém – considerada por muitos como a melhor edição das Sagradas Escrituras, quer pelas opções críticas que orientaram a tradução, quer pelas inroduções, notas, referências marginais e apêndices.

A tradução da Bíblia de Jerusalém, foi realizada por uma equipe de exegetas (2) católicos e protestantes a partir dos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos.

A Vulgata (3) – é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Católica e ainda é muito respeitada.

Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.
No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina.

A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Ele inicialmente não considerou canônicos os sete livros, chamados por católicos e ortodoxos de deuterocanônicos. Porém, seus trabalhos posteriores mostram sua mudança de conceito, pelo menos a respeito dos livros de Judite, Sabedoria de Salomão e o Eclesiástico (ou Sabedoria de Sirac), conforme atestamos em suas últimas cartas a Rufino. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.

A Igreja Católica considera como oficiais 73 livros bíblicos (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo), sendo 7 livros a mais no Velho Testamento do que das demais seitas cristãs e pelo Judaísmo. As versões protestantes, em sua maioria possuem 66 livros (29 do Antigo Testamento e 27 do Novo).

De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida, até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2.454 línguas e dialetos.
Não nos alongaremos mais sobre o assunto, pois não é nosso objetivo.
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(1) Cânon - livros que fazem parte da Bíblia.
(2) Exegetas - intérprete (de textos diversos,obra de arte. etc.)
(3) O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo era um mestre.
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            A Bíblia de Jerusalém

terça-feira, 31 de maio de 2011

Curiosidades sobre a Bíblia

Você sabia que a Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica(*) para o grego koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século a.C. em Alexandria, e é a tradução mais fiel dos textos hebreus.Os textos recolhidos pelos apóstolos fiéis, estão até hoje sob o domínio do Vaticano, e só eles tem acesso.

No ano 384 d.C., São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso, traduziu a Bíblia do grego para o latim, numa versão que ficou conhecida como  A Vulgata. Essa versão da Bíblia gerou muitas controvérsas por conta de uma suposta carta de São Jerônimo, que  acusava o Papa de tê-lo ordenado a adulterar a Bíblia.

Veja a carta “desabafo” de São Jerônimo ao então Papa:

“Da velha obra me obrigais fazer obra nova. Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo, e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido.

Qual, de fato, o sábio e mesmo o ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar (novo), depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler, não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um sacrílego, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa nos antigos livros?

Um duplo motivo me consola desta acusação. O primeiro é que vós, que sois o soberano pontífice, me ordenais que o faça; o segundo é que a verdade não poderia existir em coisas que divergem, mesmo quando tivessem elas por si aprovação dos maus.”


No século XVII foi feita a versão protestante de João Ferreira de Almeida, que segundo ele mesmo confessou, possuía erros, além do que utilizou em sua tradução a Vulgata, que como vimos acima é uma obra controversa.

Com relação especificamente ao Evangelho, que interessa aos Cristãos por trazer as boas novas de Jesus, ou seja, uma nova Lei, um novo legado, este também recebeu inúmeras traduções, algumas que trouxeram grande repercussão nos meios religiosos. 

Matinho Lutero, ao editar a Bíblia Protestante, retirou 6 livros dos 72 que possuía na versão católica, passando a ter 66. Aqui vai uma curiosidade dos críticos do protestantismo: 6 livros retirados mais o numero 66 que unidos resultam no fatídico número 666.

Ao longo do tempo surgiram vária versões de algumas seitas que contem adulterações de acordo com os seus dogmas e que dominam o cristianismo nos tempos atuais.

Do ponto de vista histórico, o mais fiel, o mais crível e o menos "mexido" Evangelho de Cristo é a versão Católica.
Mas, aqui entra o impoderável, que é a crença de cada um.
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(*)A Bíblia mais antiga é a Hebraica, o Tanách, sem vogais, escrita da direita para a esquerda.
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_hebraica
          A Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas
          A Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica do Brasil, traduzida por João Ferreira de Almeida