A pergunta acima nos foi enviada pelo leitor Pablo Suarez, que reside em Los Angeles, EUA. Ele leu um artigo sobre a relação entre o Magnetismo e o Espiritismo. Abaixo, resultado de nossas pesquisas objetivando atender nosso leitor.
Inicialmente cabe distinguir que existem dois campos de estudo do Magnetismo: o Magnetismo Mineral e o Magnetismo Animal. Os fenômenos oriundos do Magnetismo Animal são os que tem relação com o Espiritismo. 
Esses fenômenos foram alvo de estudo do médico austríaco Mesmer. Em 1775, após muitas experiências, Mesmer reconhece que pode curar mediante a aplicação de suas mãos. Mesmer praticou durante anos o seu método de tratamento em Viena e em  Paris, com evidente êxito, mas acabou expulso de ambas as cidades pela  inveja e incompreensão de muitos.  
Depois de cinco tentativas para conseguir exame judicioso do seu  método de curar, pelas academias, é que publica, em 1779, a “Dissertação  sobre a descoberta do magnetismo animal”, na qual afirma que esta é uma  ciência com princípios e regras, embora ainda pouco conhecida. oportunmente, publicaremos postagens acerca da história de Mesmer.
 
 Por causa do nome, muitas pessoas acham que o Magnetismo Animal é uma terapia que usa imãs para curar. Mas isso não passa de um grande equívoco.
Por causa do nome, muitas pessoas acham que o Magnetismo Animal é uma terapia que usa imãs para curar. Mas isso não passa de um grande equívoco.
 
 
Mesmer  compreendia, desde sua tese de Doutorado, que o fluido magnético  animal, a eletricidade, o magnetismo mineral e até a luz eram diferentes  manifestações do fluido universal. A Doutrina Espírita confirmou essa  hipótese. Na questão 427 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questionou os Espíritos: "De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?", e eles responderam: "Fluido vital, eletricidade animalizada, que são modificações do fluido universal".
 
 Mesmer fazia uso do fluido ou princípio vital em sua  medicina. O imã poderia servir apenas como condutor de seu efeito, como  também o vidro, metais e a água. A maioria dos médicos de sua época não  conhecia essa teoria. Os poucos que conheciam, não compreendiam. Na fase  experimental de sua pesquisa, Mesmer chegou a fazer experiências  associando ímãs, magnetos ou eletricidade como condutores do Magnetismo  Animal, mas depois abandonou esta prática.
 
Mesmer teve a idéia de utilizar a água como meio para os  efeitos do fluido vital. Essa técnica, preservada pelos magnetizadores  do passado, até hoje é utilizada nos Centros Espíritase e (é o que chamamos  de água fluidificada).
 
Mesmer procurou ensinar a diferença entre os dois magnetismos: "O  ímã, seja natural, seja artificial, é, assim como os outros corpos,  suscetível do Magnetismo Animal, e mesmo da virtude oposta, sem que, nem  num nem noutro caso, sua ação sobre o ferro e a agulha sofra alguma  alteração; o que prova que o princípio do Magnetismo Animal difere  essencialmente daquele do mineral", explicou em Memórias, de 1779.
 
Quando Mesmer escreveu sua tese de Doutorado em Medicina, no dia 27 de maio de 1766, ele deu a suas descobertas o nome de Gravitação Animal. "Existe uma influência mútua entre os seres, equivalente à que ocorre entre os astros" - era uma comparação entre o princípio vital e a teoria da gravitação de Newton.
 
 Observando que os efeitos dos ímãs seriam mais adequados para  exemplificar as analogias com a vitalidade, Mesmer passou a fazer uso  do termo Magnetismo Animal.
 
Ele escreveu uma carta, em 5 de janeiro de 1775, a um médico  estrangeiro, na qual dava uma idéia precisa da sua teoria, dos sucessos  que havia obtido e suas perspectivas futuras. O médico a quem a carta se  destinava era Johann Christoph Unzer, de Altona, editor do jornal de  medicina Neuer Gelehteer Merkurius. Nessa carta, pela primeira vez, a expressão Gravitação Animal, usada em sua tese de doutorado, foi substituída por Magnetismo Animal.
 
 As teses do Magnetismo Animal  foram fundamentadas por uma sólida teoria, baseada em fenômenos  naturais exaustivamente experimentados por mais de 15 anos antes de  serem anunciados. Mesmer, porém, enfrentou muitas dificuldades para  explicar aos seus contemporâneos a ciência que descobriu. Ela exigia o  conhecimento de conceitos filosóficos e científicos ainda recentes  naquela época. Poucos compreendiam a Física de Newton, os livros de  Hipócrates, a Fisiologia, a Química e outros temas utilizados por Mesmer  em suas teses.
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Fonte: http://magnetizador.blogspot.com/2008/04/mesmer.html, com adaptações