domingo, 2 de junho de 2013

POR QUE ALGUNS HOMENS SÃO MAIS INTELIGENTES QUE OUTROS?

Na verdade não existem homens mais inteligentes que outros, pois Deus fez a todos simples e ignorantes, isto é, sem nenhum saber. Todos tiveram como ponto de partida a simplicidade e a ignorância e a cada um foi dada determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os  fazer chegar progressivamente à perfeição por meio das provas que lhes são impostas por Deus para atingi-la. Essas provas são por eles enfrentadas durante as reencarnações, necessárias ao seu progresso espiritual.

Mas, por que alguns se sobressaem mais que outros em determinado campo do conhecimento? Por que existem os chamados “gênios”?  De onde vieram? Quem são eles? Que é feito deles?

Notemos que a maioria deles traz, ao nascer, faculdades transcendentes e alguns conhecimentos inatos, que com pouco trabalho desenvolvem. Pertencem realmente à Humanidade, pois nascem, vivem e morrem como nós. Onde adquiriram esses conhecimentos que não puderam aprender durante a vida? Dir-se-á, como os materialistas, que o acaso lhes deu a matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade? Neste caso, não teriam mais mérito que um legume maior e mais saboroso do que outro.

Dir-se-á, como alguns espiritualistas, que Deus lhes deu uma alma mais favorecida que a do comum dos mortais? Suposição igualmente ilógica, pois que qualificaria Deus de parcial. A explicação está na preexistência da alma e na pluralidade das existências. O homem de gênio é um Espírito que, tendo vivido mais tempo, adquiriu e progrediu mais do que aqueles que estão  menos adiantados. Ao encarnar, traz o que sabe e, como sabe muito mais que os outros e não precisa aprender, é chamado de gênio. Mas seu saber é fruto de um trabalho anterior e não resultado de um privilégio. Antes de renascer, já era Espírito adiantado: que reencarna para fazer que outros aproveitem do seu saber, ou para adquirir mais do que possui.

Todos nós progredimos incontestavelmente pelos nossos esforços. Mas, entregues às nossas próprias forças, esse progresso seria muito lento, se não fossemos auxiliados por outros mais adiantados, como o estudante o é pelos professores. Todos os povos tiveram homens de gênios, que surgiram em diversas épocas para impulsioná-los e tirá-los da inércia.

Desde  de que se admite a solicitude de Deus para com as suas criaturas,por que não se há de admitir que Espíritos capazes, por sua energia e superioridade de conhecimento, de fazerem que a Humanidade avance,encarnem pela vontade de Deus,a fim de ativarem o progresso em determinado sentido? Por que não admitir que eles recebam missões como um Embaixador as recebe do seu soberano? É este o papel dos grandes gênios. Que vêm eles fazer, senão ensinar aos homens verdades que estes ignoram e ainda ignorariam durante largos períodos, a fim de lhes dar um ponto de apoio mediante o qual possam elevar-se mais rapidamente?  As coisas novas que ensinam aos homens, quer na ordem física, quer na ordem filosófica, são, de certo modo, revelações para as verdades científicas ou mesmo morais, que venham a constituir elementos essenciais ao progresso humano.

Fica aqui essa postagem-mensagem para reflexão.
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Fonte: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Programa Fundamental, Mod. IV,Roteiro 4

          A Gênese, Capítulo I – Caráter da Revelação Espírita

domingo, 26 de maio de 2013

Curiosidades Religiosas: Conheça a História do Cânone do Novo Testamento

Nos primeiros séculos do Cristianismo, existiam centenas de textos sobre as idéias do Cristo. Existiam, também, diversas correntes que se degladiavam para fazer prevalecer suas idéias e assim, obter o domínio sobre a então religião que florescia. Entre esses grupos estavam os ortodoxos, os grupos mais aliados à Roma e aqueles que se convencionou chamar de gnósticos.

Para se ter uma ideia, caso se resolvesse formar uma Bíblia com os escritos da época, esta teria mais de trezentos livros. Imagine-se a dificuldade que seria o manuseio dos livros sagrados. Imagine-se também, saber-se sobre a autenticidade dos mesmos, sobre seus autores e as diversas linhas de interpretação das idéias do Cristo.

Desde o início do Cristianismo parece ter havido fraudes. O apóstolo Paulo, por exemplo, começou a assinar suas cartas por causa de textos falsos que circulavam na igreja já no século I (II Tes 3:17 e 2:2).
O principal alvo dos ortodoxos e dos grupos aliados à Roma (a Igreja do Ocidente) eram os chamados gnósticos, principalmente por pregarem que para falar com Deus, não era necessário haver intermediários (sacerdotes). Lógico que isso era uma idéia contrária a então hierarquia das Igrejas ortodoxas e católicas que já se organizavam como é ainda hoje.

Os gnósticos eram,então hostilizados e suas idéias severamente combatidas. Os mandatários da Igreja católica da época, principalmente trataram de afastar os gnósticos e suas idéias para o limbo da história.

Essa discussão remonta aos primeiros séculos do Cristianismo e já no século II, os pais da igreja, combateram esses textos nos seus escritos. Eusébio, por exemplo, os denomina como "totalmente absurdos e ímpios".

No ano 325, a Igreja Católica patrocinou a primeira separação oficial entre os textos, no Primeiro Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador romano Constantino, que havia aderido ao Cristianismo.

A separação atual foi imposta pelo Concílio de Trento, convocado pelo Papa Paulo III, representante máximo da Igreja Católica, realizado de 1545 a 1563.

Para se ter uma idéia,existiam mais de cem evangelhos escritos na antiguidade, mas apenas quatro foram aceitos como parte do Novo Testamento, ou seja, como canônicos.
·         Evangelho segundo Mateus
·         Evangelho segundo Marcos
·         Evangelho segundo Lucas
·         Evangelho segundo João
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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Curiosidades Religiosas: Como se organizam as Igrejas Ortodoxas?

Embora não tenha o mesmo grau de organização da Igreja Católica Apostólica Romana, a Igreja Ortodoxa é formada por diversas jurisdições eclesiásticas (como, por exemplo, a Igreja Ortodoxa Grega e a Igreja Ortodoxa Russa) que professam a mesma fé e, com algumas variantes culturais, praticam basicamente os mesmos ritos.
O chefe espiritual das Igrejas Ortodoxas é o Patriarca de Constantinopla, embora este seja um título honorífico, uma vez que os patriarcas de cada uma dessas igrejas são independentes. A maior parte das igrejas ortodoxas, todas elas em comunhão umas com as outras, usam o rito bizantino.
Para os ortodoxos, o chefe único da Igreja, e sem intermediários, representantes ou legatários, é o próprio Jesus Cristo. A autoridade suprema na Igreja Ortodoxa é o Santo Sínodo, que se compõe de todos os patriarcas chefes das igrejas autocéfalas e dos arcebispos primazes das igrejas autônomas, que se reúnem por chamada do Patriarca Ecumênico de Constantinopla.
A autoridade suprema regional em todos os patriarcados autocéfalos e igrejas ortodoxas autônomas é da competência do Santo Sínodo local. Uma igreja autocéfala possui o direito a resolver todos os seus problemas internos com base na sua própria autoridade, tendo também o direito de remover qualquer dos seus bispos, incluindo o próprio patriarca, arcebispo ou metropolita que presida esta Igreja.
Abaixo, Jurisdições que formam a Igreja Ortodoxa:
4.    Patriarcado de Jerusalém, do qual depende a Igreja do Sinai
5.    Patriarcado de Moscovo, do qual dependem:

Saiba mais sobre as Igrejas Ortodoxas clicando aqui e em nossa próxima postagem.
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Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ortodoxia
         http://pt.wikipedia.org/wiki/Ortodoxia_doutrin%C3%A1ria
         http://pt.wikipedia.org/wiki/Status_quo
         http://www.dicionarioinformal.com.br/ortodoxo/

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Curiosidades Religisas: Você já ouviu falar nas Igrejas Ortodoxas?

O Cristianismo é composto de diversos grupos religiosos que professam os ensinamentos do Cristo. Além da Igreja Católica Apostólica Romana e das correntes chamadas de protestantes, pentecostais e neo-pentecostais e reformistas, existem também as Igrejas Ortodoxas, que por sua vez,também, possuem divisões, como veremos a seguir.

Existem os seguintes grupos de Igrejas Ortodoxas:
·         as Igrejas não-Calcedonianas (Ortodoxia Oriental), compostas por  Igrejas orientais que só aceitam os 3 primeiros concílios ecumênicos;
·         a Igreja Ortodoxa (por vezes também chamada de Igreja Ortodoxa Oriental), que apareceu séculos mais tarde (no Cisma do Oriente). Essa ramificação se diferencia das Igrejas não-calcedonianas ,por aceitarem os sete primeiros concílios ecuménicos, sendo essa a principal diferença;
·         por fim, as Igrejas autodenominadas ortodoxas, mas que não estão em comunhão com a Igreja Ortodoxa e, mais concretamente, com o Patriarca Ecumênico deConstantinopla (ex: Igreja Ortodoxa Montenegrina).

A principal característica da Igreja Ortodoxa (do grego όρθος, transl. órtos: reto, correto, e δόξα, transl. dóxa: doutrina, opinião; literalmente, "igreja da opinião correta"), ou Igreja Cristã Ortodoxa é que se constituem numa comunhão de igrejas cristãs autocéfalas, herdeiras da  cristandade do Império Bizantino, que reconhece o primado do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla desde que a sede de Roma deixou de comungar com a ortodoxia. Reivindica ser a continuidade da Igreja fundada por Jesus, considerando seus líderes como sucessores dos apóstolos.

A Igreja Ortodoxa tem aproximadamente dois mil anos, contando-se a partir da Igreja Primitiva, e aproximadamente mil anos, contando-se a partir do Cisma do Oriente ou Grande Cisma, em 1054. Desde então, os ortodoxos não reconhecem a autoridade do Papa, não aceitam os dogmas proclamados pela Igreja Católica Romana em séculos recentes, tais como a virgindade de Maria após a concepção e a infalibilidade papal. Também não consideram válidos os sacramentos ministrados por outras confissões cristãs.

Apesar de católicos romanos e ortodoxos terem uma história comum, que iniciou com a fundação da Igreja e com a difusão do cristianismo pelos apóstolos, uma série de dificuldades ocasionou o progressivo distanciamento entre Roma e os Patriarcas. Primeiro veio a quebra da unidade politica.

Com a divisão do Império Romano em 395, a queda do Império Romano do Ocidente em 476 e o fracasso da tentativa de Justiniano I de reunificar o império a partir de 535, o Oriente e o Ocidente deixaram de ter o mesmo governo. Tempos mais tarde, com a ascensão do Islã, as trocas econômicas e os contatos por via marítima entre o Império Bizantino, de língua grega, e o Ocidente, de língua latina, tornaram-se mais difíceis, e a unidade cultural deixou de existir.

Em que pesem diferenças teológicas, organizativas e de espiritualidade não desprezáveis, a Igreja Ortodoxa é, em muitos aspectos, semelhante à da Igreja Católica: preserva os sete sacramentos, o respeito a ícones e o uso de vestes litúrgicas nos seus cultos (denominados de divina liturgia). Seus fiéis são chamados de cristãos ortodoxos.

Atualmente a Igreja Ortodoxa Oriental é a terceira maior confissão cristã, contando, em todo o mundo, com aproximadamente 250 milhões de fiéis, concentrados sobretudo nos países da Europa Oriental. As igrejas ortodoxas mais importantes são a Igreja Ortodoxa Grega e a Igreja Ortodoxa Russa.
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terça-feira, 14 de maio de 2013

Curiosidades Religiosas: Conheça um pouco da História das Igrejas Ortodoxas

As Igrejas Ortodoxas são tão antigas quanto a Igreja Católica e até o século XI, ambas possuem uma história comum, que começa com a instituição da Igreja por Jesus Cristo e sua difusão pelos apóstolos, encarregados de levar as Boas Novas a todos os povos.
No ano de 325 dC, ocorreu o Primeiro Concílio de Niceia, que estabeleceu a Pentarquia, que nada mais era que, a organização da Igreja em cinco patriarcados. Cada patriarcado ficava  a cargo dos    bispos de Jerusalém,Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma, sendo o Bispo de Roma considerado o primus, isto é, o primeiro entre os patriarcas, embora muitos interpretem esse título como o primus inter pares, o primeiro entre iguais.
Em 330 d.C., o imperador romano e o senado transferiram residência para Constantinopla. Isso ocasionou a perda de influência do Bispo de Roma junto as igrejas orientais, e benefíciou o Bispo de Constantinopla. Ainda assim, Roma continuou a ter uma autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.
A partir de então, ocorreram diversos acontecimento que resultaram em um progressivo distanciamento entre Roma e os demais patriarcados. Com a quebra da unidade política com a divisão do Império Romano (em 395), a queda do Império Romano do Ocidente (em 476) e o fracasso da tentativa de Justiniano I de reunificar o império (a partir de 535), Oriente e Ocidente deixaram de estar sob o mesmo governo.
Com a ascensão do Islã, e as dificuldades decorrentes do distanciamento do Império Bizantino, de língua grega, e o Ocidente, de língua latina, a unidade cultural entre os dois mundos deixou paulatinamente de existir.
No século VIII, Roma colocou-se sob a proteção do Império Carolíngio. Criou-se assim uma situação em que as Igrejas, em Roma e em Constantinopla, estavam no seio de dois impérios distintos, fortes e autossuficientes, cada qual com sua própria tradição e cultura. Essa situação ensejou uma escalada de divergências doutrinárias entre Oriente e Ocidente (em particular, a inclusão, pela Igreja Latina, da cláusula filioque, no Credo Niceno-Constantinopolitano, considerada herética pelos ortodoxos) e a adoção gradativa de rituais diferentes
 Ao mesmo tempo, acentuou-se a pretensão, por parte de Roma, de exercer uma autoridade inconteste sobre todo o mundo cristão, enquanto que Constantinopla aceitava somente que Roma tivesse uma posição de honra. Tais disputas levaram à ruptura, em 1054, entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa no Leste (Grécia, Rússia e muitas das terras eslavas: Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A essa divisão a historiografia latina chama Cisma do Oriente, e a oriental e anglo-saxônica, Grande Cisma.
A partir de então nunca mais essas Igrejas se uniram, muito embora, atualmente, esteja havendo um esforço crescente dos Papas católicos, para a unificação das mesmas.
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