No ano de 325 dC, ocorreu o Primeiro
Concílio de Niceia, que estabeleceu a Pentarquia, que nada
mais era que, a organização da Igreja em cinco patriarcados. Cada patriarcado
ficava a cargo dos bispos de Jerusalém,Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma, sendo o Bispo de Roma considerado
o primus, isto é, o
primeiro entre os patriarcas, embora muitos interpretem esse título como o primus inter pares, o primeiro entre iguais.
Em 330 d.C., o imperador romano e o senado transferiram
residência para Constantinopla. Isso ocasionou a perda de influência do Bispo de Roma junto as igrejas
orientais, e benefíciou o Bispo de
Constantinopla. Ainda assim, Roma continuou a ter uma
autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.
A partir de então, ocorreram diversos
acontecimento que resultaram em um progressivo distanciamento entre Roma e os
demais patriarcados. Com a quebra da unidade política com a divisão do Império Romano (em 395), a queda
do Império
Romano do Ocidente (em 476) e o
fracasso da tentativa de Justiniano I de
reunificar o império (a partir de 535), Oriente e
Ocidente deixaram de estar sob o mesmo governo.
Com a ascensão do Islã, e as
dificuldades decorrentes do distanciamento do Império Bizantino, de língua grega, e o
Ocidente, de língua latina, a unidade
cultural entre os dois mundos deixou paulatinamente de existir.
No século VIII, Roma
colocou-se sob a proteção do Império Carolíngio. Criou-se assim uma situação em que as Igrejas, em Roma e em Constantinopla,
estavam no seio de dois impérios distintos, fortes e autossuficientes, cada
qual com sua própria tradição e cultura. Essa situação ensejou uma escalada de
divergências doutrinárias entre Oriente e Ocidente (em particular, a inclusão,
pela Igreja Latina, da cláusula filioque, no Credo
Niceno-Constantinopolitano,
considerada herética pelos ortodoxos)
e a adoção gradativa de rituais diferentes
Ao mesmo tempo, acentuou-se a pretensão, por
parte de Roma, de exercer uma autoridade inconteste sobre todo o mundo cristão,
enquanto que Constantinopla aceitava somente que Roma tivesse uma posição de
honra. Tais disputas levaram à ruptura, em 1054, entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja
Ortodoxa no Leste (Grécia, Rússia e muitas das terras eslavas: Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A essa divisão a
historiografia latina chama Cisma do Oriente, e a oriental e anglo-saxônica, Grande Cisma.
A partir de então nunca mais essas Igrejas se
uniram, muito embora, atualmente, esteja havendo um esforço crescente dos Papas católicos,
para a unificação das mesmas.
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