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domingo, 26 de maio de 2013

Curiosidades Religiosas: Conheça a História do Cânone do Novo Testamento

Nos primeiros séculos do Cristianismo, existiam centenas de textos sobre as idéias do Cristo. Existiam, também, diversas correntes que se degladiavam para fazer prevalecer suas idéias e assim, obter o domínio sobre a então religião que florescia. Entre esses grupos estavam os ortodoxos, os grupos mais aliados à Roma e aqueles que se convencionou chamar de gnósticos.

Para se ter uma ideia, caso se resolvesse formar uma Bíblia com os escritos da época, esta teria mais de trezentos livros. Imagine-se a dificuldade que seria o manuseio dos livros sagrados. Imagine-se também, saber-se sobre a autenticidade dos mesmos, sobre seus autores e as diversas linhas de interpretação das idéias do Cristo.

Desde o início do Cristianismo parece ter havido fraudes. O apóstolo Paulo, por exemplo, começou a assinar suas cartas por causa de textos falsos que circulavam na igreja já no século I (II Tes 3:17 e 2:2).
O principal alvo dos ortodoxos e dos grupos aliados à Roma (a Igreja do Ocidente) eram os chamados gnósticos, principalmente por pregarem que para falar com Deus, não era necessário haver intermediários (sacerdotes). Lógico que isso era uma idéia contrária a então hierarquia das Igrejas ortodoxas e católicas que já se organizavam como é ainda hoje.

Os gnósticos eram,então hostilizados e suas idéias severamente combatidas. Os mandatários da Igreja católica da época, principalmente trataram de afastar os gnósticos e suas idéias para o limbo da história.

Essa discussão remonta aos primeiros séculos do Cristianismo e já no século II, os pais da igreja, combateram esses textos nos seus escritos. Eusébio, por exemplo, os denomina como "totalmente absurdos e ímpios".

No ano 325, a Igreja Católica patrocinou a primeira separação oficial entre os textos, no Primeiro Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador romano Constantino, que havia aderido ao Cristianismo.

A separação atual foi imposta pelo Concílio de Trento, convocado pelo Papa Paulo III, representante máximo da Igreja Católica, realizado de 1545 a 1563.

Para se ter uma idéia,existiam mais de cem evangelhos escritos na antiguidade, mas apenas quatro foram aceitos como parte do Novo Testamento, ou seja, como canônicos.
·         Evangelho segundo Mateus
·         Evangelho segundo Marcos
·         Evangelho segundo Lucas
·         Evangelho segundo João
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terça-feira, 14 de maio de 2013

Curiosidades Religiosas: Conheça um pouco da História das Igrejas Ortodoxas

As Igrejas Ortodoxas são tão antigas quanto a Igreja Católica e até o século XI, ambas possuem uma história comum, que começa com a instituição da Igreja por Jesus Cristo e sua difusão pelos apóstolos, encarregados de levar as Boas Novas a todos os povos.
No ano de 325 dC, ocorreu o Primeiro Concílio de Niceia, que estabeleceu a Pentarquia, que nada mais era que, a organização da Igreja em cinco patriarcados. Cada patriarcado ficava  a cargo dos    bispos de Jerusalém,Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma, sendo o Bispo de Roma considerado o primus, isto é, o primeiro entre os patriarcas, embora muitos interpretem esse título como o primus inter pares, o primeiro entre iguais.
Em 330 d.C., o imperador romano e o senado transferiram residência para Constantinopla. Isso ocasionou a perda de influência do Bispo de Roma junto as igrejas orientais, e benefíciou o Bispo de Constantinopla. Ainda assim, Roma continuou a ter uma autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.
A partir de então, ocorreram diversos acontecimento que resultaram em um progressivo distanciamento entre Roma e os demais patriarcados. Com a quebra da unidade política com a divisão do Império Romano (em 395), a queda do Império Romano do Ocidente (em 476) e o fracasso da tentativa de Justiniano I de reunificar o império (a partir de 535), Oriente e Ocidente deixaram de estar sob o mesmo governo.
Com a ascensão do Islã, e as dificuldades decorrentes do distanciamento do Império Bizantino, de língua grega, e o Ocidente, de língua latina, a unidade cultural entre os dois mundos deixou paulatinamente de existir.
No século VIII, Roma colocou-se sob a proteção do Império Carolíngio. Criou-se assim uma situação em que as Igrejas, em Roma e em Constantinopla, estavam no seio de dois impérios distintos, fortes e autossuficientes, cada qual com sua própria tradição e cultura. Essa situação ensejou uma escalada de divergências doutrinárias entre Oriente e Ocidente (em particular, a inclusão, pela Igreja Latina, da cláusula filioque, no Credo Niceno-Constantinopolitano, considerada herética pelos ortodoxos) e a adoção gradativa de rituais diferentes
 Ao mesmo tempo, acentuou-se a pretensão, por parte de Roma, de exercer uma autoridade inconteste sobre todo o mundo cristão, enquanto que Constantinopla aceitava somente que Roma tivesse uma posição de honra. Tais disputas levaram à ruptura, em 1054, entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa no Leste (Grécia, Rússia e muitas das terras eslavas: Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A essa divisão a historiografia latina chama Cisma do Oriente, e a oriental e anglo-saxônica, Grande Cisma.
A partir de então nunca mais essas Igrejas se uniram, muito embora, atualmente, esteja havendo um esforço crescente dos Papas católicos, para a unificação das mesmas.
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