Não existem razões sensatas para o combate a uma doutrina que segue o Evangelho de Jesus Cristo, baseada no bem e no amor a Deus e ao próximo, discordante apenas das convicções filosóficas de algumas outras.
A intolerância religiosa é marca dos falsos profetas, ignorantes na carne e no espírito, fruto das idéias preconcebidas e da presunção de serem donos da verdade.
O combate ao Espiritismo se deve ao desconhecimento das suas idéias e à confusão que é semeada no meio, por aqueles que não se dispõem a examiná-las com racionalidade. Contudo, a Doutrina do Cristo frutificou apesar da falsa interpretação e oposição daqueles que não a compreendiam.
Se as pessoas que detratam o Espiritismo seguissem o ensinamento do Apóstolo Paulo, quando nos exorta a examinar tudo e reter o que é bom, certamente teriam outro posicionamento diante de determinadas idéias que repudiam sem conhecimento de causa. Se Jesus e seus discípulos recuassem diante dos inimigos de sua doutrina, o mundo hoje estaria órfão desse código de conduta que norteia a humanidade.
"Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância" - (Hipócrates).
"E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará.Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus" - (Atos 5.38-39).
"Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem, todo o mal contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o nosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós" - (Mateus 5.10-12).
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Recomenda que devemos nos interessar sempre por ideais nobres, ocupar nosso tempo com estudos e trabalho, praticar a caridade especialmente para com terceiros e manter a vigilância sobre nossos atos e pensamentos. A maneira segura de afastar as influências más é atrair as boas, uma vez que onde há luz não permanecem as sombras.
O próprio Codificador nos esclarece que fechar portas e janelas ou fazer uso de defumadores e velas não afasta Espíritos perturbadores. Contudo, pensamentos elevados não são alvo destes irmãos ignorantes e desocupados, que não se aproximam por faltar-lhes afinidade.
Uma postura elevada alivia os sofrimentos morais e físicos que, associada ao passe, um recurso energético de renovação, pode operar verdadeiros prodígios.
As enfermidades físicas, muitas vezes, têm também causa espiritual e podem ser atenuadas ou até sanadas pela prática citada acima, porém tem seu componente orgânico que não dispensa, em hipótese alguma, um tratamento médico especializado.
Portanto, a Doutrina Espírita prima por simplicidade, conforme exorta Jesus a seus seguidores. Ao invés de fórmulas mirabolantes, amuletos, talismãs ou outra coisa qualquer, prescreve única e exclusivamente a reforma íntima como remédio. Tendo o Evangelho de Jesus como código de conduta, o homem descobrirá o segredo da felicidade, vivenciando o amor a Deus e ao próximo.
Levar o homem a essa descoberta é o maior bem e o maior objetivo da Doutrina Espírita.
O tratamento das enfermidades físicas e psicológicas pelos métodos espíritas não dispensam, em nenhuma circunstância, a consulta ou o tratamento médico.
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O passe é uma transmissão de fluidos benéficos, com caráter assistencial e regenerador, que é aplicado pela simples imposição de mãos, dispensando qualquer contato físico entre o "passista" e o receptor.
O passe é uma transmissão de energias positivas que permite a regeneração dos enfraquecidos, física ou espiritualmente. O passista detém uma grande responsabilidade, pois cabe a ele impor as mãos sobre as pessoas carentes e abençoá-las em nome do Criador.
O passista não é nenhuma pessoa especial, necessita apenas ter o desejo sincero de servir e viver uma vida sadia, sem vícios e cultivando bons pensamentos.
O ato de impor as mãos sobre as pessoas e abençoá-las é muito antigo, havendo relato nesse sentido em livros antigos e nos costumes de vários povos. Aqui no Brasil, temos as famosas rezadeiras ou benzedeiras, como são denominadas pelo povo em algumas partes do Brasil, que se utilizam da fé e da oração para fazer pequenas curas, embora não tenham nada a ver com o espiritismo. Isso comprova que esse ato de impor as mãos sobre as pessoas para transferir bons fluidos não é invenção e muito menos privilégio do Espiritismo. Na Bíblia existem várias passagens nesse sentido. Eis algumas delas:
"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda" - (Atos 3.6).
"E rogava-lhe muito dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva. E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão que o apertava" - (Marcos 5.23-24).
"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: De graça recebestes, de graça dai" - (Mateus 10.8).
"Pegarão nas serpentes, e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão" -(Marcos 16.18).
"E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos" - (Atos 6.6).
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