domingo, 27 de novembro de 2011

Curiosidades Bíblicas: Saiba mais sobre os Apóstolos de Cristo

Iniciaremos postagens abordando os apóstolos de Cristo, suas vidas e suas obras.

Jesus em sua estada na Terra teve a seu serviço diversas pessoas. Os mais próximos de Jesus eram os apóstolos. Além dos apóstolos tinha também os discípulos. 

Apóstolo é uma palavra derivada do grego que significa enviado e discípulo é palavra derivada do latim que significa aluno.  Tendo em vista essas definições, podemos supor que os Apóstolos eram também discípulos de Jesus.

Inicialmente Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou para diversos lugares para pregarem a chegada da Boa Nova ou do Evangelho. Jesus tinha, também, para ajudá-lo cerca de 70 discípulos.

Dos doze apóstolos, originalmente um era coletor de impostos, outro carpinteiro e vários outros eram viajantes ou pescadores que exerciam sua profissão nas águas da Galiléia. Quando foram chamados para servir, eles deixaram tudo e se dedicaram a ser testemunhas e levar ao mundo a mensagem daquele que os chamara. 

Abaixo segue o nome de todos os apóstolos escolhidos por Jesus Cristo, há pouco mais de dois milênios:

Simão chamado Pedro, o príncipe dos apóstolos,
André, o primeiro Pescador de Homens, irmão de Pedro
João, o apóstolo bem-amado
Tiago, o Maior, irmão de João
Filipe, o místico helenista
Bartolomeu, o viajante
Tomé, o ascético
Mateus ou Levi, o publicano
Tiago, o Menor
Judas Tadeu, o primo de Jesus
Simão, o Zelota ou o Cananeu
Judas Iscariotes, o traidor

Após a traição de Iscariotes, Matias foi escolhido pelos demais para ocupar seu lugar no colégio apostólico. Mais rigorosamente seria o 13º apóstolo. Outro famoso apóstolo, Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, não foi testemunha ocular de Jesus Cristo, mas convertido através de visões do Jesus ressuscitado, tornou-se um dos mais ardentes apóstolos do cristianismo.

Em nossas próximas postagens abordaremos cada um dos Apóstolos, abordando suas obras, suas vidas, etc.
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A reencarnação e os Pais da Igreja

Nesta postagem vamos transcrever trechos, diálogos e questionamentos feito pelos Pais da Igreja entre si e, em obras a eles atribuídas.

Nos primeiros séculos do Cristianismo, a maioria daqueles que são considerados "Pais da Igreja", teólogos que ajudaram a construir os alicerces da fé cristã, admitiam, aceitavam e ensinavam sobre a preexistência da alma e a reencarnação.

Vejamos o que diziam, ensinavam e deixaram escritos, alguns deles.
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São Jerônimo, em uma de suas obras deixou testemunho de que a doutrina das transmigrações era ensinada secretamente a um pequeno número, desde os tempos antigos, como uma verdade tradicional que não devia ser divulgada a todo o povo, pois estes não estariam preparados para receber esse tipo de cohecimento, tal a complexidade do assunto. Era algo para estudiosos. Mesmo assim,era do conhecimento do povo.
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Tertuliano, nasceu em Cartago, na África, e viveu de 155-220 d.C, registrou em sua obra "Apologética": Declare um cristão acreditar possível que um homem renasça noutro homem, e o povo reclamará em altos brados que seja lapidado. Entretanto, se foi possível crer-se na metempsicose grosseira, a qual afirmava que as almas humanas voltam em diversos corpos de animais, não será mais digno admitir-se que um homem possa ter sido anteriormente um outro homem, conservando sua alma as qualidades e faculdades precedentes?.

Tertuliano deixou registrado sua pergunta para a posteridade.
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Orígenes, o mais erudito dos Pais da Igreja, viveu de 185-254 d.C, rejeitava a metempsicose e aceitava a palingenesia. Orígenes, juntamente com Santo Agostinho, é considerado o maio gênio do Cristianismo antigo. 

Orígenes deixou escrito que se o nosso destino atual não fosse determinado pelas obras de nossas passadas existências, como poderia Deus ser justo ... (. .. ) Só as vidas anteriores podem explicar a luta de Esaú e Jacó, antes do seu nascimento, a escolha de Jeremias quando ainda estava no ventre de sua mãe, e outros tantos fatos que seriam o opróbrio da justiça divina, se não fossem justificados pelas ações boas ou más praticadas em existências anteriores.
Orígenes manteve-se fiel a suas crenças mesmo após ser condenado por "heresia".
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Gregório de Nyssa, viveu de 330-400 d.C. Padre da Igreja grega, bispo de Nyssa, irmão de S. Basílio, afirmava: Há por natureza necessidade para a alma imortal de ser curada e purificada e que, se não o foi em sua vida terrestre, a cura se opere mediante vidas futuras e subseqüentes.
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Ruffinus, a respeito das obras e do que testemunhara em sua época, registrou em carta dirigida a Santo Inácio: Esta é crença comum entre os primeiros Pais. 
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Agostinho, viveu de 354-430. Era Bispo de Hipona, filho de Santa Mônica, o mais célebre dos padres da Igreja Latina, se pergunta em suas "Confissões" I, VI: 
Não teria minha infância atual sucedido a uma outra idade, antes dela extinta?
Antes desse tempo, teria eu estado em algum lugar? Seria alguém? Não teria eu vivido em outro corpo, ou em qualquer outra parte, antes de entrar no ventre de minha mãe? 
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Como se pode depreender dos diálogos e trechos transcritos de obras dos chamados Pais da Igreja, a reencarnação era algo bastante disseminado e aceito.

Todos esses testemunhos registrados em diversas obras dos Pais da Igreja, foram e são, até o presente, ignorados pela Igreja Católica, embora não contestem o papel desempenhado por eles na edificação da Igreja Cristã. Note-se que alguns receberam o título de santos da igreja, e outros,por questões doutrinárias são apenas considerados teólogos.

Em outras postagens voltaremos a abordar o assunto.
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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Curiosidades Bíblicas: Obras dos primórdios do Cristianismo, tidas como apócrifas

No início do Cristianismo havia uma profusão de escritos sobre a vida de Jesus. Com base em seus ensinamentos foram escritos diversas obras, em diversos estilos literários, tais como: Evangelhos e Apocalipses e outras narrativas
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Algumas dessas obras foram adotadas e se encontram na Bíblia. Outras foram rejeitadas pelos primeiros líderes da Igreja, sob a alegação de que se tratavam de obras heréticas ou apócrifas. A maioria dessas obras fazem parte dos acervos conhecidos como Biblioteca de Nag Hamaddi, Códice Tchacos ou Manuscritos do Mar Morto.

É claro, que por trás de tais fatos estavam interesses maiores daqueles que eram os lideres da Igreja emergente no ocidente, também chamados de heresiologistas, que se degladiavam pelo poder com os gnósticos. O primeiro grupo foi prevalecente e muitas obras, contrárias a seus interesses foram simplesmente, relegadas ao esquecimento e mesmo a destruição. Felizmente muitas dessas obras foram preservadas da destruição.

A figura central desse período foi Irineu, bispo de Lyon, que determinou quais Livros fariam parte da Bíblia e que deveriam contar a história do filho de Deus. Os livros excluídos - todos da linha de pensamento gnósticos - receberam o carimbo de heréticos.

Sabe-se que, no que concerne aos Evangelhos, umtipo de literatura da época, foram escritos em número de 315, copiando-se sempre uns aos outros. No Concílio de Niceia, tal número foi reduzido para 40, e destes foram sorteados os 4 que até hoje estão vigorando.

Assim, ficaram de fora muitas obras, entre as quais destacamos as seguintes:
- O Evangelho da Verdade;
- O Evangelho de Tomé, o Dídimo;
- O Evangelho de Pedro;
- O Evangelho de Filipe;
- O Evangelho de Maria;
- O Evangelho dos Ebionitas;
- O Evangelho dos Nazarenos;
- O Evangelho dos Hebreus;
- O Evangelho dos Egípcios;
- O Evangelho de Judas;
- O Evangelho de João (apócrifo, Códice de Nag Hammadi II);
- Revelação de Paulo;
- Atos de João;
- Segundo Tratado do Grande Seth;
- Revelação de Pedro (de Nag Hammad);
- Epístola de Pedro a Filipe (Códice de Nag Hammadi VIII);
- Primeiro Apocalipse de Tiago do Códice de Nag Hammadi V;
- Livro de Alógeno (ou O Estranho);
- O Apocalipse de Adão.

Poderíamos questionar a autoridade do bispo de Lyon para determinar que livros deveriam fazer parte da Bíblia. Mas sabe-se que seus critérios forma muitos subjetivos (clique aqui e veja postagem sobre o assunto).

Se o pensamento gnóstico tivesse prevalecido sobre o pensamento cristão ortodoxo ocidental, certamente, as idéias gnósticas seriam coerentes e perfeitamente comuns, como já disse, certa vez, Jorge Luis Borges, autor da obra Três Versões de Judas.

Oportunamente publicaremos postagem sobre cada uma dessas obras tidas como apócrifas.
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sábado, 19 de novembro de 2011

QUANDO, COMO E POR QUE O ESPIRITISMO FOI EXCLUÍDO DA FÉ CATÓLICA?

Sabe-se que as questões doutrinárias, de administração ou de disciplina eclesiástica, no Catolicismo, são decididas através de concílios (s.m., do latim conciliu), também conhecidos como sínodos. Os concílios são assembléias de uma Igreja, geralmente da Igreja cristã, convocada para decidir sobre determinada questão, através de seus bispos e de doutores em teologia.

Concílios são assembléias que envolvem toda a Igreja de um determinado local. Assim, os concílios podem ser nacionais, com bispos de uma só nação; provinciais, abrangendo bispos de uma só província, ou ainda mundiais, envolvendo bispos do mundo todo.

As decisões dos concílios ficam arquivadas em atas.

Foram realizados diversos concílios ao longo do tempo, entre os quais destacamos: o de Nicéia l (325) o primeiro a ser realizado, seguido do de Constantinopla (381), o de Éfeso (431), Calcedônia (451), Constantinopla II (553) e Constantinopla III (681), Nicéia II (787), Constantinopla IV (869/870), Latrão I (1123) Latrão II (1139), Latrão III (1179), Latrão IV (1215), Lião I (1245), Lião II (1274), Viena (1311/1312), Constância (1414-1418), que condenou João Huss, Concílio de Basiléia-ferrara-Florença (1431/1432), Latrão V (1512/1517), de Trento (1545-1563), que decidiu a reforma geral da Igreja Católica, em face do protestantismo, Vaticano I (1869/1870), que definiu o primado do papa e o dogma da sua infalibilidade, Vaticano II (1962/1965) sobre problemas de índole pastoral.

Obs.: o Concílio de Basiléia (1431-1449), transferido para Florença (1434) não é considerado ecumênico.

O CONCÍLIO QUE CONDENOU A REENCARNAÇÃO
Em maio 553 d.C., foi convocado em Constantinopla um concílio que seria o V Concílio, na classificação geral, mas o II de Constantinopla. 
O concílio foi a última fase de um conflito longo e tumultuado que começou com um édito de Justiniano em 543 d.C. contra Orígenes e o chamado origenismo. Justiniano se convenceu que o Nestorianismo continuava a ganhar força por causa dos escritos de Teodoro de Mopsuéstia (428 d.C.), Teodoreto (457 d.C.) e Ibas de Edessa (457 d.C.), sendo que as obras de Teodoro e de Teodoreto eram muito admiradas dentro da Igreja. Por conta da sua recusa inicial em condenar os "Três Capítulos", o Papa Vigílio foi detido em Constantinopla contra sua vontade em 547 d.C..

Não foi o Papa Virgílio, o Pontífice da época quem o convocou, mas sim Justiniano, o Imperador romano. O Papa quase perdera a vida por se recusar a comparecer e os demais bispos convocados ali compareceram e votaram sob a pressão do Imperador.

Não teria sido, pois, um Concílio legalmente constituído, mas realizado por alguns bispos, subjugados pelo Imperador romano.

A finalidade apontada seria tratar exclusivamente de uma controvérsia teológica conhecida como "Trës Capítulos", mas, na realidade, Justiniano visava destruir os "origeneístas", partido existente na Palestina, que defendia uma visão teológica contrária à do Imperador: a da preexistência das almas.

Se você quiser se aprofundar sobre o assunto e ficar informado sobre o que sejam os Três Capítulos, Orígenes e outros personagens aqui citados, clique nos links destacados no texto ou aqui.
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Curiosidades Bíblicas: A História Oficial dos Evangelhos(*)

Sabe-se que Cristo nada escreveu e que seus ensinamentos foram transmitidos por seus seguidores, e posteriormente transcritos em diferentes épocas, muito tempo depois de sua morte, contribuindo para a formação do Cristianismo.

Todavia o excesso de versões que haviam sobre a vida do Cristo, dispersavam o entendimento dos fiéis. Assim, no ano 178 da era cristã, o bispo de Lyon, Irineu, decidiu que deveriam ser apenas 4 evangelhos que contariam a história do filho de Deus e, portanto, deveriam ser os únicos a serem seguidos pelos cristãos.

Artigo publicado na Revista Superintessante  nos “diz que os critérios que orientaram a escolha de Irineu foram subjetivos. O primeiro, dizem historiadores, foi a facilidade de compreensão, já que os textos precisariam ser lidos em voz alta para os fiéis – afinal, a maioria era analfabeta. O segundo ponto era a idade: os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João estavam entre os mais antigos, escritos entre 65 e 95 d.C. O terceiro argumento foi o número 4, considerado especial por Irineu – porque havia "4 ventos e 4 direções (norte, sul, leste e oeste)", como escreveu o próprio bispo. E, por óbvia conclusão, 4 evangelhos. Deu para entender a lógica?”

Naquela época, duas correntes disputavam a supremacia sobre a Igreja de Cristo: os cristãos ocidentais e os gnósticos. Deve-se ressaltar que Irineu representava o cristianismo ocidental, ligado aos legados do apóstolo Pedro, que pregou em Roma. Irineu , rejeitava – os pensamentos gnósticos. "Os gnósticos diziam que a salvação vinha pelo autoconhecimento.

Os gnósticos acreditavam que não precisavam freqüentar cultos e igrejas ou ter um padre como intermediário para se chegar a Deus. Também afirmavam que a morte de Cristo na cruz serviu para libertá-lo da prisão que era seu corpo, mas seu sofrimento não poderia salvar os homens que aderissem à Igreja Católica", diz Jacir de Farias. Na prática, a pregação gnóstica não era nada interessante para um bispo que tinha como objetivo fortalecer a Igreja. Evangelhos como o de Judas, Tomé e até o de Pedro receberam o carimbo de heréticos.”

Segundo Elaine Pagels, renomada estudiosa de assuntos religiosos, "os líderes da Igreja queriam que o Novo Testamento fosse um guia do que os fiéis deveriam aprender. Por isso, os 4 evangelhos oficiais são livros óbvios, claros. Os textos proibidos, não. Eles são místicos, inesperados, paradoxais, mais próximos à cabala judaica. São para iniciados que querem se aprofundar na fé".

Ao fazer suas escolhas, Irineu selou o destino de Judas. Um exemplo: por que Pedro, que negou Cristo 3 vezes, jamais teve sua virtude colocada em dúvida e não entrou para a história como traidor? "Pedro, chefe da Igreja em Roma, tinha de ser o herói. A Igreja elegeu Judas como vilão já que um dos 12 deveria trair", diz o historiador Chevitarese.

"Judas serve como exemplo para amedrontar os cristãos que não seguirem o Evangelho", comenta Jacir. "O cristianismo precisa desses arquétipos. Destruí-los é mexer nas bases que o sustentam." Foi mais seguro para Irineu, portanto, ficar com os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João, que seguiam linhas parecidas e não feriam os princípios de que Pedro era o apóstolo mais próximo de Cristo e Judas, o traidor.
Assim, não chega a ser surpresa, que a Igreja tenha recebido com frieza a descoberta dos manuscritos do Evangelho de Judas. Ainda que pesquisadores como Marvin Meyer, coordenador dos trabalhos de tradução, defendam uma "reavaliação da figura histórica de Judas Iscariotes", o Vaticano veio a público negar a benção ao novo evangelho. Walter Brandmuller, presidente do Comitê para Ciência Histórica do Vaticano, chamou o texto de "produto de fantasia religiosa". E, na primeira missa após a divulgação do evangelho, o próprio papa Bento 16 fez questão de apresentar sua opinião sobre o tema. Não aliviou nas palavras. "O que deixa o homem imundo? A rejeição ao amor, o não querer ser amado e o não amar. É a soberba de acreditar que não precisa de purificação, a rejeição da vontade salvadora de Deus. Em Judas, vemos a natureza dessa negação com mais clareza. Ele valorizou Jesus segundo os critérios do poder e do sucesso", disse.

"A Igreja nunca vai aceitar a versão que absolve Judas da traição. Na visão dela, o pecado de Judas existiu e se deve ao mau uso de sua liberdade. Afinal, ele tinha livre-arbítrio para escolher não entregar Cristo. Não foi um ato inevitável, nem um fatalismo", diz o historiador da religião João de Araújo. O frei Jair de Faria concorda. "Judas somos todos nós quando traímos o projeto do Evangelho. O recado é claro: na dúvida, melhor não trair." Judas que o diga.

(*) Essa postagem foi elaborada com base em artigo publicado na Revista Superinteressante, Edição 226,maio de 2006, com algumas adaptações.
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          Superinteressante, Edição 226,maio de 2006

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Curiosidades Bíblicas: que são Evangelhos canônicos?

O conjunto dos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João são chamados evangelhos canónicos por serem os únicos que o Cristianismo primitivo admitiu como legítimos e hoje integram o Novo Testamento da Bíblia, sendo também os únicos aceitos pelas demais dissidências do Cristianismo, como os evangélicos. As igrejas cristãs aceitam estes quatro evangelhos como tendo sido inspirados e fazendo parte do Cânon. As igrejas protestantes tem na Bíblia Sagrada, incluindo os evangelhos, a base de sua fé e de sua prática.

Cada um desses Evangelhos possuem caracterísiticas próprias, apesar de que os chamados Evangelhos Sinóticos serem por demais parecidos.

A principal característica do Evangelho de Mateus é que foi escrito para convencer os judeus de que Jesus era mesmo o Messias que estava por vir, por isso enfatiza o Antigo Testamento e as profecias a respeito desse ungido.

Já O Evangelho de Marcos (que era discípulo de Pedro) foi escrito para evangelizar principalmente os romanos, e relata somente quatro das parábolas de Jesus, enfatizando principalmente as ações de Jesus.

Por sua vez O Evangelho de Lucas foi escrito para os gentios (não-judeus), enfatizando a misericórdia de Deus através da salvação por Jesus Cristo, principalmente para os pobres e humildes de coração.

O último dos Evangelhos, o de João, foi escrito para doutrinar os novos convertidos. Não cita nenhuma das parábolas de Jesus (afinal, as parábolas já eram conhecidas no meio cristão, através dos relatos contidos nos outros evangelhos), porém combate com firmeza as primeiras heresias surgidas no princípio do cristianismo, como por exemplo: o gnosticismo (que negava a verdadeira encarnação do Filho de Deus) e outras seitas semelhantes, que também negavam a divindade de Jesus Cristo.

Desta maneira, temos 4 evangelhos canônicos, dos quais três são sinóticos.

Enquanto que os evangelhos sinóticos apresentam Jesus como uma personagem humana destacando-se dos comuns pelas suas ações milagrosas, o Evangelho de João descreve um  Jesus Cristo, como um Messias com um carácter divino, que traz a redenção absoluta ao mundo.

Aparentemente, o evangelho de João sugere que ele tinha conhecimento dos Evangelhos Sinóticos, e que nos tais já existia informação suficiente sobre a vida de Jesus como homem, se incumbindo João de mostrar em seu Evangelho, os atributos de Jesus como Deus. Por estes motivos o quarto evangelho canônico, o evangelho de João, relata a história de Jesus de um modo substancialmente diferente dos demais, pelo que não se enquadra nos sinóticos.
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhos_sin%C3%B3pticos
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhos_can%C3%B4nicos

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reencarnação e o Cristianismo Primitivo

Você sabia que nos primeiros séculos do Cristianismo, a preexistência da alma e a reencarnação eram aceitas e ensinadas pelos "Pais da Igreja"?

Documentos históricos, em poder da própria Igreja, informam que nos primórdios do Cristianismo a reencarnação era uma doutrina admitida e ensinada por muitos cristãos, inclusive por muitos dos chamados Pais da Igreja.

Vários estudiosos, relatam que vários Padres da Igreja ensinaram essa doutrina e que só após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja, apesar de tal decisão não ter constado dos anais do Concílio. 

Um dos mais eminentes Pais da Igreja foi Orígenes (185-253 d.C.), que influenciou bastante a teologia cristã, e defendia a ideia da reencarnação, além de Gregório de Nisa (um Bispo da igreja Cristã no século IV) entre outros. Entretanto, tais afirmativas carecem de fundamentação histórico-documental. Por isso, os teólogos cristãos não só se opõem à teoria da reencarnação, como, também, à ideia de que ela era admitida pelos cristãos primitivos. Argumentam que não há referências na Bíblia, nem citações de outros Padres da Igreja, e que as próprias afirmações de Orígenes e de Gregório de Nisa aduzidas pelos estudiosos, não são por aqueles citadas senão para as refutarem. 

Por outro lado, com base na análise da atas conciliares do Concílio de Constantinopla, constatam que os que ali se reuniram sequer citaram a doutrina da reencarnação - fosse para a afirmar ou para a rejeitar. Contra a reencarnação ainda cita-se Hebreus 9:27, o episódio dos dois ladrões na cruz, em Lucas 23:39-44, a parábola do rico e Lázaro, em Lucas 16:19-31 e Jó 10:21.

Mas, existem passagens bíblicas claramente favoráveis a idéia da reencarnação, como no Novo Testamento, em Mateus 11:12-15, 16:13-17 e 17:10-13, Marcos 6:14-15 e 18:10-12, Lucas 9:7-9, João 3:1-12 são citados por espiritualistas como evidência de que Jesus teria explicitamente anunciado a reencarnação.

Mas, sendo este um assunto relevante voltaremos a abordá-lo brevemente.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Curiosidades Bíbicas: que são Evangelhos Sinóticos?

Esta é a segunda postagem sobre os Evangelhos. Novamente alertamos que não há intenção de causar polêmica com o conteúdo das postagens e que nosso objetivo é apenas levar ao conhecimento de nossos leitores curiosidades relacionadas aos textos bíblicos, sem contudo querer que sejam aceitos como verdades absolutas, pelo que repudiamos o debate fanático sobre os assuntos.

A Bíblia contem, como se sabe, quatro evangelhos, dos quais três são chamados de sinóticos, que são os evangelhos de Mateus, Marcos, e Lucas, e são chamados assim por conterem uma grande quantidade de narrativas em comum, na mesma sequencia, e algumas vezes, utilizando exatamente a mesma estrutura de palavras.

Muitos estudiosos acreditam que esses evangelhos compartilham o mesmo ponto de vista e são claramente ligados entre si.

Desde que a exegese começou a ser aplicada à Bíblia, ainda no século XVIII, os exegetas os chamaram de evangelhos sinóticos por perceberem que, dos quatro evangelhos, os três primeiros apresentavam grandes semelhanças entre si, de tal forma que se colocados em três grelhas paralelas - donde vem o nome sinóptico, do grego συν, "syn" («junto») e οψις, "opsis" («ver») -, os assuntos neles abordados correspondiam quase inteiramente. Ou seja, são classificados assim, por fazerem parte de uma mesma visão, ou mesmo ponto de vista. (vide quadro comparativo abaixo).

Devido a essas semelhanças, parecem ter origem na mesma fonte. Como os primeiros exegetas eram alemães, designaram essa fonte por Q, abreviatura de Quelle, que significa precisamente «fonte» em alemão. Quando escreveram seus Evangelhos, Mateus e Lucas parecem ter incluido material de duas outras fontes designadas como Fonte M e Fonte L respectivamente.
 
A característica principal dos evangelhos sinóticos é que eles apresentam Jesus como uma personagem humana destacando-se dos comuns pelas suas ações milagrosas sendo a origem primária para informações históricas sobre Jesus Cristo.

                                               Quadro comparativo dos evangelhos sinóticos
elaborado por Ivan René Franzolin


Lucas
Mateus
Marcos
Prefácio e dedicatória


Prelúdio
História da infância
História da infância

Pregação de Batista
Batismo
Tentação de Jesus
Pregação de Batista
Batismo
Tentação de Jesus
Prelúdio
João Batista
Batismo
Tentação de Jesus
Primeira Parte
Ministério de Jesus na Galiléia
Primeira Parte
Ministério de Jesus na Galiléia
Primeira Parte
Ministério de Jesus na Galiléia
Segunda Parte
Viagem da Galiléia para Jerusalém
Segunda Parte
Pregação ambulante
Viagem da Galiléia para Jerusalém
Segunda Parte
Ministério de Jesus
sobretudo fora da Galiléia
Terceira Parte
Últimos dias de Jesus em Jerusalém
Crucificação
Terceira Parte
Últimos dias de Jesus em Jerusalém
Crucificação
Terceira Parte
Última Ceia
Crucificação
Ressurreição
História da ressurreição
História da ressurreição
Apêndice
(Conclusão de Marcos)


O Evangelho Segundo Mateus contém cerca de 178 versículos ou 27% dos 661 versículos de Marcos. O Evangelho Segundo Lucas apresenta cerca de 100 versículos (15%) dos versículos do Evangelho Segundo Marcos. Este último tem apenas 53 versículos (8%) sem paralelo em Mateus ou Lucas. Em Mateus existem 330 versículos (28%) sem paralelo e em Lucas há cerca de 500 (43%).

O exame das perícopes mostra que das 11.078 palavras de Marcos, Mateus possui 8.555 (77%) e Lucas 6.737 (61%). São coincidências demais.

O assunto relacionado de nossa próxima postagem será  o Evangelho de João, o quarto livro, que junto com os demais formam os Evangelhos Canônicos.  

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Curiosidades Bíbicas: que são Evangelhos ?

Este é o primeiro de uma série de postagens que faremos sobre os Evangelhos. Gostaria de alertar que não tenho intenção de causar polêmicas com o conteúdo das postagens, como aconteceram com outras relacionados a assuntos bíblicos. O objetivo aqui é apenas levar ao conhecimento de nossos leitores sobre curosidades que envolvem os textos bíblicos, sem contudo, querer que sejam aceitos como verdades absolutas. Enfim, desejo evitar debates revestidos de fanatismos reigliosos.

"Evangelho" é uma palavra de origem grega que significa "boa notícia". Do ponto de vista da fé cristã, só há um evangelho: o de Jesus Cristo. Porque ele mesmo, o Filho de Deus encarnado na natureza humana (Jo 1.14) e autor da vida e da salvação (At 3.15 Hb 2.10 12.2), é a boa notícia que constitui o coração do Novo Testamento e fundamenta a pregação da Igreja desde os tempos apostólicos até os nossos dias.
 
Os Evangelhos são um gênero de literatura do cristianismo primitivo que contam a vida de Jesus, a fim de preservar Seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus

O desenvolvimento do Cânon do Novo Testamento deixou quatro evangelhos canônicos, que são aceitos como os únicos evangelhos autênticos para a maioria dos cristãos.

Entretanto, existem muitos outros evangelhos. Eles são conhecidos como apócrifos e foram escritos depois dos quatro evangelhos canônicos. Alguns destes evangelhos deixaram vestígios importantes na tradição cristã, incluindo a iconografia.

Os evangelhos são um género único na literatura universal. Não são meros relatos, mas também um convite à adesão ao cristianismo. A sua primeira intenção não é a biográfica. Apresentam Cristo como messias, filho de Deus e salvador da humanidade. Contém coleções de discursos, de parábolas e relatos, como o da paixão de Cristo (A Paixão de Cristo) e sua ressurreição.

O assunto relacionado de nossa próxima postagem serão os Evangelhos Sinóticos.
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Curiosidades Religiosas: o que são CHACRAS?

Segundo os estudiosos da cultura hindu, os CHACRAS são a porta de entrada dos vários tipos de energia para o corpo físico, e tem como finalidade vitalizar a matéria e o espírito.

Edualdo Kulcheski, autor da postagem base desta (link no rodapé), nos ensina que a palavra "chacra", é originária do sânscrito e seu significado etimológico é "disco giratório". Eduardo, explica que os chacras são pontos de conexão pelos quais a energia flui de um corpo a outro, formando fluxos energéticos que criam vórtices ou redemoinhos, aproveitando essa entrada para atravessarem o perispírito e o duplo etérico e passarem para o organismo físico.

Em sua explanação, o mesmo autor nos diz que “a comunicação entre os chacras acontece através de condutos conhecidos como "meridianos", por onde flui a energia vital alterada por eles. O tamanho dos chacras depende do desenvolvimento espiritual e das vibrações que emitimos. Nas pessoas mais desenvolvidas espiritualmente, eles são amplos, brilhantes e translúcidos, podendo atingir um raio de até 25cm, permitindo a canalização de uma quantidade maior de energia vital e o desenvolvimento das faculdades psíquicas do homem.”.

Segundo o mesmo autor, existem dois tipos de chacras: do perispírito e do duplo etérico. Praticamente em toda a literatura que trate do assunto, as terminologias indicam os chacras como sendo os vórtices que estão no duplo etérico e os centros de força como os que se encontram no perispírito. Estes últimos captam as vibrações do espírito e as transferem para os chacras do duplo etérico, que fazem uma filtragem e as remetem para as regiões dos plexos correspondentes na matéria física. Os chacras do duplo etérico e os centros de força do perispírito estão intimamente ligados em contato energético, atuando diretamente sobre os plexos nervosos do corpo físico.

O autor nos explica, também, que o movimento giratório dos chacras resulta do choque ou contato turbilhante das energias etéricas sutis que vêm do plano superior com forças etéricas primárias, agressivas e vigorosas que partem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo animal instintivo. Esse fenômeno é algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens carregadas de água e entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta terrestre, resultando nos conhecidos ciclones, tufões ou furacões.

Eduardo diz que existem três tipos de energias que correm pelos chacras e que os fazem girar: éter cósmico (energia espiritual), fluido vital (prana) e éter físico (kundalini).Esses três tipos de energias não se misturam, pois têm freqüências diferentes. A principal entrada do éter cósmico é o chacra coronário, depois o frontal e o laríngeo. Já o fluido vital entra no corpo principalmente pelo chacra esplênico e, depois, pelo gástrico, enquanto que o chacra genésico é a principal entrada do éter físico. Cada uma dessas energias pode ser absorvida pelos outros chacras caso suas entradas principais estejam bloqueadas.

Em posts próximas abordaremos este assunto novamente.
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Fonte: http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2669&catid=81:vivencia