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sábado, 19 de novembro de 2011

QUANDO, COMO E POR QUE O ESPIRITISMO FOI EXCLUÍDO DA FÉ CATÓLICA?

Sabe-se que as questões doutrinárias, de administração ou de disciplina eclesiástica, no Catolicismo, são decididas através de concílios (s.m., do latim conciliu), também conhecidos como sínodos. Os concílios são assembléias de uma Igreja, geralmente da Igreja cristã, convocada para decidir sobre determinada questão, através de seus bispos e de doutores em teologia.

Concílios são assembléias que envolvem toda a Igreja de um determinado local. Assim, os concílios podem ser nacionais, com bispos de uma só nação; provinciais, abrangendo bispos de uma só província, ou ainda mundiais, envolvendo bispos do mundo todo.

As decisões dos concílios ficam arquivadas em atas.

Foram realizados diversos concílios ao longo do tempo, entre os quais destacamos: o de Nicéia l (325) o primeiro a ser realizado, seguido do de Constantinopla (381), o de Éfeso (431), Calcedônia (451), Constantinopla II (553) e Constantinopla III (681), Nicéia II (787), Constantinopla IV (869/870), Latrão I (1123) Latrão II (1139), Latrão III (1179), Latrão IV (1215), Lião I (1245), Lião II (1274), Viena (1311/1312), Constância (1414-1418), que condenou João Huss, Concílio de Basiléia-ferrara-Florença (1431/1432), Latrão V (1512/1517), de Trento (1545-1563), que decidiu a reforma geral da Igreja Católica, em face do protestantismo, Vaticano I (1869/1870), que definiu o primado do papa e o dogma da sua infalibilidade, Vaticano II (1962/1965) sobre problemas de índole pastoral.

Obs.: o Concílio de Basiléia (1431-1449), transferido para Florença (1434) não é considerado ecumênico.

O CONCÍLIO QUE CONDENOU A REENCARNAÇÃO
Em maio 553 d.C., foi convocado em Constantinopla um concílio que seria o V Concílio, na classificação geral, mas o II de Constantinopla. 
O concílio foi a última fase de um conflito longo e tumultuado que começou com um édito de Justiniano em 543 d.C. contra Orígenes e o chamado origenismo. Justiniano se convenceu que o Nestorianismo continuava a ganhar força por causa dos escritos de Teodoro de Mopsuéstia (428 d.C.), Teodoreto (457 d.C.) e Ibas de Edessa (457 d.C.), sendo que as obras de Teodoro e de Teodoreto eram muito admiradas dentro da Igreja. Por conta da sua recusa inicial em condenar os "Três Capítulos", o Papa Vigílio foi detido em Constantinopla contra sua vontade em 547 d.C..

Não foi o Papa Virgílio, o Pontífice da época quem o convocou, mas sim Justiniano, o Imperador romano. O Papa quase perdera a vida por se recusar a comparecer e os demais bispos convocados ali compareceram e votaram sob a pressão do Imperador.

Não teria sido, pois, um Concílio legalmente constituído, mas realizado por alguns bispos, subjugados pelo Imperador romano.

A finalidade apontada seria tratar exclusivamente de uma controvérsia teológica conhecida como "Trës Capítulos", mas, na realidade, Justiniano visava destruir os "origeneístas", partido existente na Palestina, que defendia uma visão teológica contrária à do Imperador: a da preexistência das almas.

Se você quiser se aprofundar sobre o assunto e ficar informado sobre o que sejam os Três Capítulos, Orígenes e outros personagens aqui citados, clique nos links destacados no texto ou aqui.
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reencarnação e o Cristianismo Primitivo

Você sabia que nos primeiros séculos do Cristianismo, a preexistência da alma e a reencarnação eram aceitas e ensinadas pelos "Pais da Igreja"?

Documentos históricos, em poder da própria Igreja, informam que nos primórdios do Cristianismo a reencarnação era uma doutrina admitida e ensinada por muitos cristãos, inclusive por muitos dos chamados Pais da Igreja.

Vários estudiosos, relatam que vários Padres da Igreja ensinaram essa doutrina e que só após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja, apesar de tal decisão não ter constado dos anais do Concílio. 

Um dos mais eminentes Pais da Igreja foi Orígenes (185-253 d.C.), que influenciou bastante a teologia cristã, e defendia a ideia da reencarnação, além de Gregório de Nisa (um Bispo da igreja Cristã no século IV) entre outros. Entretanto, tais afirmativas carecem de fundamentação histórico-documental. Por isso, os teólogos cristãos não só se opõem à teoria da reencarnação, como, também, à ideia de que ela era admitida pelos cristãos primitivos. Argumentam que não há referências na Bíblia, nem citações de outros Padres da Igreja, e que as próprias afirmações de Orígenes e de Gregório de Nisa aduzidas pelos estudiosos, não são por aqueles citadas senão para as refutarem. 

Por outro lado, com base na análise da atas conciliares do Concílio de Constantinopla, constatam que os que ali se reuniram sequer citaram a doutrina da reencarnação - fosse para a afirmar ou para a rejeitar. Contra a reencarnação ainda cita-se Hebreus 9:27, o episódio dos dois ladrões na cruz, em Lucas 23:39-44, a parábola do rico e Lázaro, em Lucas 16:19-31 e Jó 10:21.

Mas, existem passagens bíblicas claramente favoráveis a idéia da reencarnação, como no Novo Testamento, em Mateus 11:12-15, 16:13-17 e 17:10-13, Marcos 6:14-15 e 18:10-12, Lucas 9:7-9, João 3:1-12 são citados por espiritualistas como evidência de que Jesus teria explicitamente anunciado a reencarnação.

Mas, sendo este um assunto relevante voltaremos a abordá-lo brevemente.

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