terça-feira, 14 de maio de 2013

Curiosidades Religiosas: Conheça um pouco da História das Igrejas Ortodoxas

As Igrejas Ortodoxas são tão antigas quanto a Igreja Católica e até o século XI, ambas possuem uma história comum, que começa com a instituição da Igreja por Jesus Cristo e sua difusão pelos apóstolos, encarregados de levar as Boas Novas a todos os povos.
No ano de 325 dC, ocorreu o Primeiro Concílio de Niceia, que estabeleceu a Pentarquia, que nada mais era que, a organização da Igreja em cinco patriarcados. Cada patriarcado ficava  a cargo dos    bispos de Jerusalém,Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma, sendo o Bispo de Roma considerado o primus, isto é, o primeiro entre os patriarcas, embora muitos interpretem esse título como o primus inter pares, o primeiro entre iguais.
Em 330 d.C., o imperador romano e o senado transferiram residência para Constantinopla. Isso ocasionou a perda de influência do Bispo de Roma junto as igrejas orientais, e benefíciou o Bispo de Constantinopla. Ainda assim, Roma continuou a ter uma autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.
A partir de então, ocorreram diversos acontecimento que resultaram em um progressivo distanciamento entre Roma e os demais patriarcados. Com a quebra da unidade política com a divisão do Império Romano (em 395), a queda do Império Romano do Ocidente (em 476) e o fracasso da tentativa de Justiniano I de reunificar o império (a partir de 535), Oriente e Ocidente deixaram de estar sob o mesmo governo.
Com a ascensão do Islã, e as dificuldades decorrentes do distanciamento do Império Bizantino, de língua grega, e o Ocidente, de língua latina, a unidade cultural entre os dois mundos deixou paulatinamente de existir.
No século VIII, Roma colocou-se sob a proteção do Império Carolíngio. Criou-se assim uma situação em que as Igrejas, em Roma e em Constantinopla, estavam no seio de dois impérios distintos, fortes e autossuficientes, cada qual com sua própria tradição e cultura. Essa situação ensejou uma escalada de divergências doutrinárias entre Oriente e Ocidente (em particular, a inclusão, pela Igreja Latina, da cláusula filioque, no Credo Niceno-Constantinopolitano, considerada herética pelos ortodoxos) e a adoção gradativa de rituais diferentes
 Ao mesmo tempo, acentuou-se a pretensão, por parte de Roma, de exercer uma autoridade inconteste sobre todo o mundo cristão, enquanto que Constantinopla aceitava somente que Roma tivesse uma posição de honra. Tais disputas levaram à ruptura, em 1054, entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa no Leste (Grécia, Rússia e muitas das terras eslavas: Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A essa divisão a historiografia latina chama Cisma do Oriente, e a oriental e anglo-saxônica, Grande Cisma.
A partir de então nunca mais essas Igrejas se uniram, muito embora, atualmente, esteja havendo um esforço crescente dos Papas católicos, para a unificação das mesmas.
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terça-feira, 7 de maio de 2013

Curiosidades Religiosas: o que significa “Kerigma”?


Kerigma é vem do grego: κήρυγμα, kérygma e  é uma palavra usada no Novo Testamento com o significado de mensagem, pregação, anúncio ou proclamação. 
Segundo o Novo Testamento, Jesus iniciou seu ministério ao entrar em uma sinagoga de Nazaré, em um sábado, e ler um trecho do livro do profeta Isaías:
O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu, para anunuciar a Boa Nova aos pobres, para proclamar a libertação dos cativos, recobrar a vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos, proclamar um ano de graça do Senhor.
Após a leitura Jesus se identificou como o Messias prenunciado pelo profeta, aquele que traria as boas novas, ou o Evangelho. É justamente essa afirmação que Jesus faz nesse momento que é conhecido como o kerigma e é a base de sua pregação aos homens.
Apesar de ter sido efetuado originalmente por Jesus,muitos entendem que o kerigma se refere a um ato individual que pode ser realizado por qualquer cristão, mesmo sem experiência ou preparo prévio.
Existe,dentre as tantas denominações de igrejas evangélicas, uma chamada Kerigma.
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CEMITÉRIOS SÃO LUGARES ASSOMBRADOS POR ESPÍRITOS?

Muitas pessoas tem medo e algumas verdadeiro pavor de passar próximo a cemitérios, principalmente à noite.

Tais temores  tem origem no folclore e em filmes de terror, por exemplo, onde cadáveres levantam de seus túmulos para aterrorizar os vivos, mas não passam de ficção.

Salientamos, que para os Espíritos não existem obstáculos de tempo e espaço e que por isso é possível que alguns Espíritos possam, eventualmente estar em cemitérios, o que não quer dizer que lá seja sua morada.

Para o Espírito o corpo não era mais que uma vestimenta, usada enquanto habitava este plano físico. Por este motivo os Espíritos não dão importância ao envoltório que os aprisionava no plano terrestre, ainda mais, os contidos no túmulo, por serem despojos mortais e que não apresentam mais utilidades para eles. Do mesmo modo que o prisioneiro não sente a menor atração pelas correntes que o prendem, os Espíritos também não atribuem nenhuma importância ao envoltório que os limitava e fazia sofrer.
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Fonte: O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, Capítulo IX.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

CURIOSIDADES BÍBLICAS: O QUE SIGNIFICA O TERMO “APÓCRIFO”?

Estudando sobre os Livros Bíblicos, encontramos muitas obras relacionadas a história do Cristianismo. Obras que datam dos primeiros séculos do Cristianismo, mas que não receberam a chancela da Igreja para fazerem parte dos cânones. Essas obras foram consideradas apócrifas. Mas, o que significa “apócrifo”?

O termo  "apócrifos" vem do grego πόκρυφα e significa "coisas escondidas". O termo é geralmente aplicado para designar livros que já foram considerados pela igreja como úteis, mas não divinamente inspirados (como saber????). Outras obras foram consideradas apócrifas, por serem de autoria duvidosa (como saber, também???). A partir do Concílio de Trento, a palavra  "apócrifo" adquiriu conotação eminentemente negativa e se tornou sinônima de "espúrio" ou "falso".

No início do Cristianismo, muitas obras faziam parte do que se convencionou chamar de “Novo Testamento”, todas fruto da variada gama de interpretações provocadas pela mensagem deixada pelo Cristo.

Durante os primeiros séculos da transmissão desta mensagem, um considerável debate se criou para preservar sua autenticidade. Com esse objetivo, três métodos, considerados principais, se sobressaíram e sobreviveram até os nossos dias: 
a) ordenação (onde grupos autorizam indivíduos como professores confiáveis da mensagem); 
b) credos (onde os grupos definem as fronteiras de interpretação da mensagem); 
c) e os cânones bíblicos (que listam os documentos primários que cada grupo acredita conterem a
    mensagem originalmente ensinada por Jesus).

Muitos livros antigos sobre Jesus não foram incluídos nos cânones e hoje em dia são chamados de "apócrifos". Alguns deles foram vigorosamente condenados e suprimidos, sobrevivendo hoje apenas em fragmentos. As mais antigas listas de obras autênticas do Novo Testamento não são idênticas às listas modernas. Como exemplo, o Apocalipse foi durante muito tempo considerado como não-autêntico (veja Antilegomena), enquanto que o Pastor de Hermas era considerado genuíno por alguns cristãos (e ainda é em alguns ramos da fé cristã), e aparece no Codex Sinaiticus.

Da mesma forma que o Antigo Testamento, a maioria dos livros do Novo Testamento foram aceitos pela igreja logo de início, sem objeções: os chamados homologoumena. Isso porque os pais da igreja foram unânimes a favor de sua canonicidade. Os homologoumena aparecem em praticamente todas as principais tradições e cânones da igreja primitiva: eles formam 20 dos 27 livros que entraram no Canon do Novo Testamento.
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Curiosidades Bíblicas: Você sabe o que significa Antilegomena?

Algumas obras que se apresentam como "autênticas", mas que não obtiveram aceitação geral de todas as igrejas são chamadas de "Apócrifos do Novo Testamento". Elas não são aceitas como canônicas pela maior parte das denominações principais do Cristianismo, como por exemplo, os Ortodoxos. Como exemplo, atualmente apenas a Igreja Ortodoxa da Etiópia reconhece o Pastor de HermasI ClementeAtos de Paulo e diversos Apócrifos do Antigo Testamento, textos que as demais denominações cristãs consideram como apócrifos.

Peshitta siríaca, utilizada por todas as várias igrejas siríacas, originalmente não incluía 2 Pedro, 2 João, 3 João, Judas e Apocalipse (e este cânone de 22 livros é o que foi citado por São João Crisóstomo - 347-407 d.C. - e Teodoreto - 393-466 d.C. - da Escola de Antioquia). O siríacos ocidentais adicionaram os cinco livros faltantes ao seu Novo Testamento na era moderna[1] (como a Lee Peshitta de 1823). Atualmente, os lecionários oficiais seguidos pela Igreja Síria Ortodoxa de Malankara e a Igreja Síria Caldéia, também conhecida como Igreja do Oriente (Nestoriana), apresentam ainda apenas lições sobre os 22 livros da Peshitta original.

Igreja Apostólica Armênia por vezes já incluiu a Terceira Epístola aos Coríntios, mas não a lista sempre com os outros 27 livros canônicos do Novo Testamento. Esta igreja não aceitava o Apocalipse em sua bíblia até 1200 d.C.[2]. O Novo Testamento da Bíblia copta, adotado pela Igreja do Egito, inclui as duas Epístolas de Clemente.
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