sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Espírito se recorda de todas as existências anteriores a que acaba de deixar?

Esse é um questionamento interessante e parece muito com o relato de pessoas que após entrarem em coma, conseguem voltar a consciência. Muitos relatam verem passagens de sua vida, como se estivessem vendo um filme.

Assim mesmo se dá com o Espírito e todo o seu passado se desenrola diante dele, como as etapas de um caminho que um viajante percorreu. Mas, não se recorda de maneira absoluta de todos os atos. Lembra-se deles em razão da influência que tiveram sobre o seu estado atual.

Quanto às primeiras existências, as que se podem considerar como infância do Espírito, essas se perdem no vago e desaparecem na noite do esquecimento, da mesma forma que nós náo conseguimos lembrar de tudo de maneira absoluta.
Fonte: O Livro dos Espíritos, Questão 308.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Curiosidades Bíblicas - Desmistificando o Apocalipse

Talvez a passagem mais temida das Escrituras Sagradas seja o Apocalipse, pelo simbolismo que carrega e que vem sendo estudado ao longo de dois mil anos. Esse temor, também, está ligado ao fato de ter sido traduzido de forma errônea, em vez de Revelação, Apocalipse, que muitos atribuem como sinônimo de "fim do mundo". O Apocalipse, do Apostolo João, foi e é uma obra preciosa, cujo objetivo foi de grande sucesso, mantendo o povo de Deus unido em torno da fé, para enfrentarem as adversidades da época.

Agora descreverei a forma como o Apóstolo João, engendrou o Apocalipse. Na leitura a seguir, os números entre parenteses referem-se aos capítulos do Apocalipse e os demais a passagens bíblicas de outros livros.

inicialmente, para levar a efeito seu plano de manter o povo de Deus unido, João retoma os grande temas proféticos tradicionais, especialmente o do "Grande Dia" de Iahweh (cf. Am 5,18+): ao povo santo, escravizado sob o jugo dos assírios, dos caldeus e dos gregos, dispersado e quase destruído pela perseguição, os profetas anunciavam o dia da salvação, que estava próximo e no qual Deus viria libertar o seu povo das mãos dos opressores, devolvendo-lhes não apenas a liberdade, mas também poderio e domínio sobre seus inimigos, que seriam por sua vez castigados e quase destruídos.

No momento em que João escreve, a Igreja, o novo povo eleito, está sendo dizimada por uma sangrenta perseguição (13;6,10-11; 16,6; 17,6), desencadeada pelo Império romano (a Besta), por instigação de Satanás (12; 13,2-4), o adversário por excelência de Cristo e do seu povo. Uma visão inaugural descreve a majestade de Deus que reina no céu, dono absoluto dos destinos humanos (4) e que entrega ao Cordeiro o livro que contém o decreto de extermínio dos perseguidores (5); a visão prossegue com o anúncio de uma invasão de povos bárbaros (os partos), com seu tradicional cortejo de males: guerra, fome e peste (6). Os fiéis de Deus, porém, serão preservados (7,1-8; cf 14.1-5), à espera de gozarem no céu, de seu triunfo (7,9-17; cf 15,1-5).

Entretanto, Deus, que quer a salvação dos pecadores, não vai destruí-los imediatamente, mas lhes enviará uma série de pragas para advertí-los, como havia feito com o faraó e os egípcios (8-9, cf 16). Esforço inútil: por causa de seu endurecimento, Deus destruirá os ímpios perseguidores (17), que procuravam corromper a terra, induzindo-a a adorar Satanás (alusão ao culto dos imperadores da Roma pagã); seguem-se uma lamentação sobre Babilônia (Roma) destruída (18) e cantos de triunfo no céu (19,1-10).

Nesse ponto, uma nova visão retoma o tema da destruição da Besta (Roma) realizada desta vez pelo Cristo glorioso (19, 11-21). Então tem início um período de prosperidade para a Igreja (20,1-6), que terminará com um novo assalto de Satanás contra ela (20,7s), o aniquilamento do Inimigo, a ressurreição dos mortos e seu julgamento (20,11-15) e finalmente o estabelecimento definitivo do Reino celeste, na alegria perfeita, depois de ser aniquilada a morte (21,1-8). Uma visão retrospectiva descreve o estado de perfeição da nova Jerusalém durante seu reinado sobre a terra (21,9s).

Esta é a interpretação histórica do Apocalipse, seu sentido primeiro e fundamental. Mas o alcance do livro não para aí, pois trata de valores eternos, sobre os quais se pode apoiar a fé dos fiéis de todos os tempos.

Para melhor entendimento deste texto, leia também as duas postagens anteriores sobre o tema Apocalipse. Clique aqui para ler a primeira postagem. Em seguida, acesse a segunda postagem.
Se desejar se aprofundar no estudo do Apocalipse clique aqui.
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Fonte: A Bíblia de Jerusalém, Apocalipse - Introdução.
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que é Vidência, na visão da Doutrina Espírita ?

O Livro dos Médiuns, nos ensina que, os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, guardando lembranças precisas do que viram, enquanto outros só a possuem em estado sonambúlico.

A possibilidade de ver os Espíritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas não constitui propriamente a mediunidade de vidência, embora, para fins de classificação, alguns a considerem.

O médium vidente acredita ver pelos olhos,como os que tem dupla vista(*), mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados.

Devemos distinguir as aparições acidentais e espontâneas, da faculdade propriamente dita de ver Espíritos. As primeiras ocorrem com mais frequências no momento da morte de pessoas amadas ou conhecidas que vem adiverti-nos de sua passagem para o outro mundo. Existem numeros casos dessa espécie, sem falar das ocorrências de visões durante o sono. De outras vezes são parentes ou amigos que, embora mortos há muitotempo, aparecem para nos avisar de um perigo, dar um conselho ou pedir ajuda - é sempre a execução de um serviço que ele não pode fazer em vida ou o socorro das preces. Essas aparições constituem fatos isolados, tendo um caráter individual e pessoal. Não constituem uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos frequente, de ver os Espíritos. É esta faculdade que define o médium vidente.

Existem médiuns videntes que vêem somente os Espíritos evocados, podendo descrevê-los com minuciosa exatidão, inclusive gestos, expressão fisionômica, traços característicos e sentimentos por eles revelados. Outros possuem a faculdade em sentido mais geral, que conseguem ver toda a população espírita do ambiente.

Feito esse preâmbulo concluímos que a vidência, para fins de classificação de fenômenos espíritas, é considerada como sendo uma mediunidade. Mesmo nos casos em que um Espírito amigo mostra um quadro projetado no ambiente astral, ainda assim, é o médium quem vê,embora exista ajuda na formação do quadro, mas não na visão propriamente dita.
(*) a ser abordado oportunamente. 
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Fonte: O Livro dos Médiuns
          http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html
             http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/videncia-e-clarividencia.html