segunda-feira, 14 de março de 2011

COMO PODEMOS NOS LIVRAR DE INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS NEGATIVAS ?

Os ensinamentos de Jesus se resumem na caridade e na humildade, sentimentos contrários ao egoísmo e ao orgulho, fontes das más inclinações.


Em todos os ensinamentos do Mestre, as virtudes são apontadas como o caminho para a paz espiritual e a felicidade eterna.


Sabendo-se que os Espíritos aliam-se a nós pela afinidade de pensamentos e sentimentos, o cultivo dos bons pensamentos, o esforço para melhoria íntima e a prática da caridade aliados à oração, dificultam muito ou até mesmo impossibilitam o acesso dos maus Espíritos ao nosso pensamento.


A doutrina de Jesus tem como objetivo levar o ser ao entendimento de sua condição de Espírito imortal, fadado à perfeição. Através do autoconhecimento, trabalhando incessantemente para exterminar vícios e adquirir virtudes, poderemos nos livrar com mais facilidade das más companhias espirituais.


Façamos como Macos, nos ensina:


"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o Espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" - (Marcos 14.38).


"Por isso vos digo que tudo que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e te-lo-eis; e, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos Céus vos perdoe as vossas ofensas; mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai que está nos Céus, vos não perdoará vossas ofensas" - (Marcos 11.24-26).

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EXISTE ESPIRITISMO DE MESA BRANCA ?

A Doutrina Espírita não comporta nenhuma ramificação. Por suas convicções dispensa sacerdotes e qualquer ritual ou aparato. 


A designação popular de mesa branca pode ter advindo do fato de que as reuniões mediúnicas espíritas ocorrem, para simples acomodação, com os participantes dispostos ao redor de uma mesa, algumas vezes, com uma toalha branca recoberta sobre ela, o que é absolutamente dispensável. 


Como tais reuniões tem caráter íntimo e privado, disciplinado e beneficente, o termo mesa branca surgiu para diferenciar o Espiritismo de outros cultos, sendo este termo utilizado popularmente também como sinônimo de Kardecista.


Trata-se de um equívoco generalizado, uma vez que só há um Espiritismo (termo criado pelo próprio Allan Kardec) e este não adota práticas exteriores para ser diferenciado. Assim , nem mesa branca, alto ou baixo Espiritismo, Espiritismo elevado etc, são sinônimos de Doutrina Espírita.
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COMO O ESPIRITISMO EXPLICA O CÉU, O INFERNO E O PURGATÓRIO ?

De acordo com a Doutrina Espírita, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição das imperfeições e aquisição dos valores morais que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou à conquista do chamado "céu". Por acreditar que o mundo espiritual é a verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as regiões celestiais ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo acredita habitarem Espíritos que trabalham na edificação do mundo novo.


Assim, de acordo com a Doutrina Espírita, o céu, na verdade, não se trata de um lugar demarcado, mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente pelo Espírito, através de seu constante esforço para se aperfeiçoar. O que vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso.


A Doutrina Espírita, dessa forma, só apregoa o que diz a Bíblia, segundo Mateus:


"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras" - (Mateus 16.27).


Allan Kardec, nesse sentido diz que: "A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade".


Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis com a justiça do Pai.

A criação do inferno cristão se origina das concepções pagãs das penas e gozos eternos, com uma grande dose de exagêro. Essa concepção não tem guarida na Doutrina Espírita. Por que DEUS condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões de dores e sofrimentos terríveis ?. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento:

"...Ou qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem" (Mateus - 7.11).


Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.


O inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem. São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno dentro de suas próprias consciências e que, através de novas oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências encarnatórias também alcançarão a perfeição.


Vejamos o que diz Jesus nessas duas passagens bíblicas:


"E Ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la? E, achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso; e, chegando a casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" - (Lucas 15.3-7).


"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).


O chamado purgatório, por sua vez, é uma condição de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é também um estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos sofredores.


Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra por exemplo, funciona como uma "purgação" para o Espírito que almeja sempre sua felicidade em condições melhores.


A esse respeito, Allan Kardec, nos diz que: "O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro".


Sendo DEUS, um DEUS de amor, sempre haverá uma chance para aqueles que venham a arrepender-se:


"Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, se não que todos venham a arrepender-se" - (II Pedro 3.8-9).

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