terça-feira, 7 de agosto de 2012

O QUE É CLARIVIDÊNCIA?

A clarividência, segundo o "O Livro dos Espíritos", acontece durante os sonhos, onde a alma tem a faculdade de perceber eventos que acontecem em outros lugares. Seria, portanto, a faculdade de ver à distância sem o emprego dos olhos. Os clarividentes sonâmbulos seriam capazes deste fenômeno devido à faculdade de afastamento da alma de seu respectivo corpo seguida da possibilidade de locomoção da mesma. Essa seria a clarividência sonambúlica.

"O Livro dos Espíritos" explica sobre os outros fenômenos da clarividência sonambúlica como a visão através dos corpos opacos e a transposição dos sentidos. Os espíritos reafirmam que os clarividentes vêem afastados de seus corpos, e que a impressão que afirmam de estarem "vendo" por alguma parte do corpo, reside na crença que possuem que precisam deste para perceberem os objetos. A existência da faculdade sonambúlica não assegura a veracidade de todas as informações obtidas neste estado, com o que concordam os espíritos.

Essa não concordância, seria devido a que, em estado de emancipação, os sonâmbulos podem acessar conhecimentos que lhes são próprios, originários de existências anteriores, ou de outros espíritos com quem comunicam-se.

Faz sentido, então, questionar se todos os sonâmbulos são médiuns sonambúlicos, distinção esta que Kardec aprofundará em "O Livro dos Médiuns".

Ainda em "O Livro dos Espíritos", afirma-se que a maioria dos sonâmbulos vê os espíritos, mas que muitos deles podem crer que se trate de pessoas encarnadas, por lhes ser estranha a idéia de seres espirituais.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html
             http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/videncia-e-clarividencia.html
             http://www.geae.inf.br/pt/livros/lm/index.html

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A DOUTRINA ESPÍRITA E O NIILISMO


Nascemos, crescemos e morremos. Mas, e depois, o que acontece após a morte? Para onde vamos? O que seremos? Estaremos melhor ou pior? Existiremos ainda, ou não? Ou simplesmente acaba tudo com a morte?

Esses questionamentos torturam os homens ao longo dos séculos. Mas uma coisa é certa: todo homem experimenta a necessidade de viver, de amar, de ser feliz. Diga a um moribundo que ele ainda viverá, que ainda não chegou sua hora; diga mais ainda, que será mais feliz do que porventura o tenha sido e seu coração palpitará de alegria. Mas, para que servirão essas aspirações de felicidade se um leve sopro é capaz de dissipá-las?

Existe algo mais desesperador do que a idéia da destruição absoluta? Seus afetos, o saber adquirido laboriosamente, a inteligência, progressos, tudo será perdido. Mas, para que tantos esforços em vida se tudo estará perdido com a morte? 

De nada nos serviria, portanto, quaisquer esforços para nos tornarmos pessoas melhores, para reprimirmos sentimentos pouco louváveis, pois que nada seria aproveitado de tudo isso, considerando-se a opinião de que amanhã, isso já não nos serviria para coisa alguma! Se fosse assim, a sorte do homem seria muitas vezes pior do que a do animal, porque este vive inteiramente do presente, com vistas à satisfação dos seus apetites materiais, sem aspirações para o futuro. Uma secreta intuição, porém, nos diz que isso não é possível, que não acaba com a morte.

Pela crença no nada o homem concentraria, forçosamente, todos os seus pensamentos na vida presente. Não faria sentido, é lógico, preocupar-se com um futuro do qual nada se espera. Esta preocupação exclusiva do presente leva o homem naturalmente a pensar em si, preponderando o sentimento de egoísmo e de incredulidade. Prevaleceria o aqui e o agora, porque não saberíamos por quanto tempo estaríamos vivos.
É coerente também com esta outra conclusão, muito mais grave ainda para a sociedade: cada qual por si: a felicidade, neste mundo, é do mais astuto.

Se o respeito humano retém algumas pessoas, que freio haverá para os que nada temem? Estes últimos acreditam que as leis humanas só alcançam os tolos e assim empregam todo o seu talento no melhor meio de se esquivarem a elas. Se há uma doutrina insensata e anti-social, é seguramente, o niilismo, porque rompe os verdadeiros laços de solidariedade e fraternidade, em que se fundam as relações sociais.

Se a incredulidade absoluta se tornasse maioria no mundo, a sociedade entraria em dissolução, em colapso. Eis aonde nos levaria a doutrina do niilismo.

Mas, é fato indiscutível, que o ceticismo, a dúvida e a indiferença ganham terreno dia-a-dia, apesar dos esforços da religião, cada vez mais impotente contra a incredulidade, faltando-lhe meios para combatê-la. Nesse caso, a religião só se sustentaria se houvesse concordância de sua doutrina com os dados positivos da Ciência. Caso, não haja essa concordância, seria preciso optar entre a evidência e a fé cega. Eis aqui um grande desafio imposto à religião.

É neste momento que o Espiritismo vem opor um dique à invasão crescente da incredulidade, oferecendo fatos materiais, tornando visíveis e tangíveis a alma e a vida futura, contrapondo-se a doutrina do  niilismo.

O Espiritismo é a ciência que vem revelar aos homens,por meio de provas irrefutáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra não mais como coisa sobrenatural, mas, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma multidão de fenômenos até então incompreendidos e,por isso mesmo, relegados para o domínio do fantástico e do maravilhoso.O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica com facilidade. Pense nisso, caro leitor.
Fonte: Kardec, Allan. O Céu e o Inferno, Cap. I
          Kardec, Alan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.I, item 5.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Curiosidades Religiosas: Matias, o 13o. apóstolo, o substituto

Matias nasceu em 5 a.C e teria morrido no ano 45 d.C. É o apóstolo de Cristo de quem menos se sabe. Foi escolhido pelos demais apóstolos, entre os numerosos discípulos que seguiam Jesus desde o começo de sua vida pública, para preencher a vaga no colégio apostólico deixada por Judas Iscariotes após seu suicídio.

Foi testemunha de todo o drama da paixão, morte e ressurrreição de Jesus, de acordo com os evangelhos. Teria sido, então, um dos cerca de 70 discípulos enviados pelo Mestre a diversas cidades após a ressurreição, para difundir o Evangelho.Sua escolha foi descrita nos Atos dos Apóstolos disputando a posição com José Barsabás.

Sua eleição significou, na hierarquia cristã, ter sido o primeiro bispo ou recipiente da sucessão apostólica. Estabeleceu o fundamento para o Cristianismo Egípcio e de acordo com seus ensinamentos, os filósofos esotéricos cristãos do século II, Alexandria e os alexandrianos, Basilides e seu filho Isadore, estabeleceram a forma gnóstica de misticismo que é característica dessa interpretação. Foi um dos cinco Apóstolos na Armênia sendo mais provável que ele, e não Mateus, quem tenha sido condenado e martirizado pelo Sanhedrin judaico na Pérsia. 

Existem poucos relatos sobre sua vida, mas a tradição diz que ele morreu martirizado e decapitado em Colchis, perto do Mar Negro e, muitas vezes, teve seu nome confundido com o de Mateus

Ele está ligado também à Etiópia, que pode ter sido uma parte da Macedônia ou Armênia, e teve fortes ligações com Felipe, Tomé e outros evangelistas da Etiópia. Contudo, as estórias que o conectam ao Norte da África e a visitas aos canibais podem apontar para a Etiópia Africana, citada por Felipe através das sobreviventes tradições dos Cristãos Cóptas

O dia de sua festa votiva é 14 do maio.
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sexta-feira, 6 de julho de 2012

LIBERDADE E LIVRE-ARBÍTRIO

A liberdade sempre foi um dos maiores anseios e preocupação do ser humano,desde tempos imemoriais. Aristóteles (384-322 a.C) em sua obra Ética a Nicômaco diz que é livre quem tem em si mesmo o princípio para agir, aquele que é a causa interna de sua ação ou de sua decisão de não agir; sua decisão representa um ato voluntário, contrário à necessidade que seria um agente externo que a influenciaria. Arthur Schopenhauer (1788-1860) em sua obra "O Livre-arbítrio", propõe a liberdade como umo uma qualidade negativa porque é a ausência de impedimentos de qualquer natureza. Divide-a, didaticamente, em liberdade física, intelectual e moral, cada qual com suas limitações.

Mas, até que ponto existe a liberdade absoluta, já que sempre haverá limitações, necessidade e empecilhos na ação individual? A vontade de se fazer o que se quer e até a de se querer o que se quer possui influências e barreiras do meio externo que alteram e trazem reflexos no indivíduo.

A Doutrina Espírita, e o bom senso, nos ensina que a liberdade absoluta terá invariavelmente impedimentos porque, desde que duas pessoas convivam no mesmo ambiente, haverá direitos e deveres a serem respeitados e, portanto, limitações à liberdade de cada um. Como necessitamos um do outro e precisamos viver em sociedade, a liberdade de um sempre terá limites quando atinge o direito do outro. Invariavelmente, ela será relativa.


A idéia de liberdade impele necessariamente ao conceito de responsabilidade.Quanto mais evoluído o ser, mais liberdade ele tem e, consequentemente, mais responsabilidade, ainda assim, estando sempre sujeito a uma ordem maior e natural: as Leis Divinas que regem o Universo com perfeição, tanto no âmbito material como no moral.

Somente em um lugar o homem não sofre o cerceamento da liberdade: é pelo pensamento que o homem goza de liberdade sem limites. Entretanto, ele é responsável pelos seus pensamentos, teores e direcionamentos perante  Deus, segundo a Sua justiça.

Segundo a Doutrina Espírita, Deus ao conceder ao homem a liberdade de pensar, concedeu também a de agir. Sem o livre-arbítrio, o homem seria apenas uma máquina e, quando agisse mal, não poderia ser responsabilizado; assim como, quando fizesse o bem, não teria méritos.

A cada um compete utilizar da razão e do bom senso para julgar e escolher livremente qual a forma que lhe parece melhor de viver e agir, tendo a consciência de que responderá sempre pelas opções tomadas. Fazer todos os esforços para agir no bem, com ética e caridade é entender o preceito enunciado por Jesus: a cada um segundo as suas obras, nos alertando ainda que, a semeadura é livre, a colheita, obrigatória.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/livre-arbitrio/o-livre-arbitrio.html
          Seara Espírita, Liberdade, Ano XIII, nr 147.com adaptações.

domingo, 1 de julho de 2012

CURIOSIDADES RELIGIOSAS: O QUE É MEGIDDO E ARMAGEDOM?


Muito se tem falado sobre Megiddo e Armagedom nos últimos tempos. O assunto tem inspirado romances e filmes. Em 1999, foi lançado o filme, Megiddo: The Omega Code 2, inspirado na profecia de que o Mundo será dominado por um Governo Mundial nos fins dos tempos, tendo como palco da última batalha, o vale de Megiddo, que atualmente, é uma colina que pertence a Israel perto do moderno povoamento de Megiddo, conhecida por razões teológicas, históricas e geográficas como estamos vendo nesta postagem.

Megiddo
Conta-se que nos  tempos antigos Megiddo era uma importante cidade-estado, também conhecida como Tel Megiddo (hebreu) ou Tell al-Mutesellim (arábico). De acordo com algumas interpretações da bíblia cristã este lugar será onde ocorrerá o Armagedom ou a batalha final entre as forças da luz lideradas por Jesus Cristo e as forças das trevas lideradas por Satanás ou o Anti-Cristo, embate que ocorrerá no Fim dos Dias.

Megiddo realmente existe e é uma colina (tel) feita de 26 camadas de ruinas de antigas cidades numa posição estratégica à cabeça da passagem através do Tergo de Carmel,e, juntamente com Hazor e Beer-Sheba foi declarada Património Mundial da Unesco em 2005.

Armagedom
O Livro das Revelações da Bíblia, conta que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo de "Har Meggido" (que significa a colina de Meggido). Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Meggido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final.

A batalha de Armagedom

A batalha de Armagedom se refere a uma guerra entre Jesus e as hostes malignas de Satanás. Esta guerra se faz necessária por causa das ambições perversas da humanidade e sua fonte de poder, que é Satanás.
Jesus descreve quando será esta batalha, em Mateus 24:29-31:

"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória [em brilho e esplendor]. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos (os Seus eleitos) desde os quatro ventos, [exatamente] de uma à outra extremidade dos céus."

Logo depois da Tribulação e antes do Milênio, acontecerá o Aparecimento Glorioso de Jesus Cristo. O anticristo, o falso profeta e o próprio Satanás inspirarão os exércitos de todo o planeta para invadir a região da Palestina a fim de eliminar todos os judeus do mundo e também para lutar contra Jesus Cristo.

Historiadores, registram que houve mais guerras em Megiddo do que em qualquer outro lugar da terra, por ser muito bem estrategicamente localizado. Conta-se que a cidade de Megiddo foi construída e destruída mais de 25 vezes. A cidade natal de Jesus, Nazaré, fica ao norte do vale de Megiddo.
Eis os nomes de alguns generais que guerrearam no vale de Megiddo:
Tutmosis
1500 a.C.
Ramsés
1350 a.C.
Sargão
722 a.C.
Senaqueribe (2 Reis 18)
710 a.C.
Nabucodonosor (2 Reis 24)
606 a.C.
Tolomeu
197 a.C.
Antíoco Epífanes
168 a.C.
Pompeu
63 a.C.
Tito
70 d.C.
Cosroes, rei da Pérsia
614 d.C.
Omar
637 d.C.

                http://www.tempodofim.com/armagedom.htm