segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reencarnação e o Cristianismo Primitivo

Você sabia que nos primeiros séculos do Cristianismo, a preexistência da alma e a reencarnação eram aceitas e ensinadas pelos "Pais da Igreja"?

Documentos históricos, em poder da própria Igreja, informam que nos primórdios do Cristianismo a reencarnação era uma doutrina admitida e ensinada por muitos cristãos, inclusive por muitos dos chamados Pais da Igreja.

Vários estudiosos, relatam que vários Padres da Igreja ensinaram essa doutrina e que só após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja, apesar de tal decisão não ter constado dos anais do Concílio. 

Um dos mais eminentes Pais da Igreja foi Orígenes (185-253 d.C.), que influenciou bastante a teologia cristã, e defendia a ideia da reencarnação, além de Gregório de Nisa (um Bispo da igreja Cristã no século IV) entre outros. Entretanto, tais afirmativas carecem de fundamentação histórico-documental. Por isso, os teólogos cristãos não só se opõem à teoria da reencarnação, como, também, à ideia de que ela era admitida pelos cristãos primitivos. Argumentam que não há referências na Bíblia, nem citações de outros Padres da Igreja, e que as próprias afirmações de Orígenes e de Gregório de Nisa aduzidas pelos estudiosos, não são por aqueles citadas senão para as refutarem. 

Por outro lado, com base na análise da atas conciliares do Concílio de Constantinopla, constatam que os que ali se reuniram sequer citaram a doutrina da reencarnação - fosse para a afirmar ou para a rejeitar. Contra a reencarnação ainda cita-se Hebreus 9:27, o episódio dos dois ladrões na cruz, em Lucas 23:39-44, a parábola do rico e Lázaro, em Lucas 16:19-31 e Jó 10:21.

Mas, existem passagens bíblicas claramente favoráveis a idéia da reencarnação, como no Novo Testamento, em Mateus 11:12-15, 16:13-17 e 17:10-13, Marcos 6:14-15 e 18:10-12, Lucas 9:7-9, João 3:1-12 são citados por espiritualistas como evidência de que Jesus teria explicitamente anunciado a reencarnação.

Mas, sendo este um assunto relevante voltaremos a abordá-lo brevemente.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Curiosidades Bíbicas: que são Evangelhos Sinóticos?

Esta é a segunda postagem sobre os Evangelhos. Novamente alertamos que não há intenção de causar polêmica com o conteúdo das postagens e que nosso objetivo é apenas levar ao conhecimento de nossos leitores curiosidades relacionadas aos textos bíblicos, sem contudo querer que sejam aceitos como verdades absolutas, pelo que repudiamos o debate fanático sobre os assuntos.

A Bíblia contem, como se sabe, quatro evangelhos, dos quais três são chamados de sinóticos, que são os evangelhos de Mateus, Marcos, e Lucas, e são chamados assim por conterem uma grande quantidade de narrativas em comum, na mesma sequencia, e algumas vezes, utilizando exatamente a mesma estrutura de palavras.

Muitos estudiosos acreditam que esses evangelhos compartilham o mesmo ponto de vista e são claramente ligados entre si.

Desde que a exegese começou a ser aplicada à Bíblia, ainda no século XVIII, os exegetas os chamaram de evangelhos sinóticos por perceberem que, dos quatro evangelhos, os três primeiros apresentavam grandes semelhanças entre si, de tal forma que se colocados em três grelhas paralelas - donde vem o nome sinóptico, do grego συν, "syn" («junto») e οψις, "opsis" («ver») -, os assuntos neles abordados correspondiam quase inteiramente. Ou seja, são classificados assim, por fazerem parte de uma mesma visão, ou mesmo ponto de vista. (vide quadro comparativo abaixo).

Devido a essas semelhanças, parecem ter origem na mesma fonte. Como os primeiros exegetas eram alemães, designaram essa fonte por Q, abreviatura de Quelle, que significa precisamente «fonte» em alemão. Quando escreveram seus Evangelhos, Mateus e Lucas parecem ter incluido material de duas outras fontes designadas como Fonte M e Fonte L respectivamente.
 
A característica principal dos evangelhos sinóticos é que eles apresentam Jesus como uma personagem humana destacando-se dos comuns pelas suas ações milagrosas sendo a origem primária para informações históricas sobre Jesus Cristo.

                                               Quadro comparativo dos evangelhos sinóticos
elaborado por Ivan René Franzolin


Lucas
Mateus
Marcos
Prefácio e dedicatória


Prelúdio
História da infância
História da infância

Pregação de Batista
Batismo
Tentação de Jesus
Pregação de Batista
Batismo
Tentação de Jesus
Prelúdio
João Batista
Batismo
Tentação de Jesus
Primeira Parte
Ministério de Jesus na Galiléia
Primeira Parte
Ministério de Jesus na Galiléia
Primeira Parte
Ministério de Jesus na Galiléia
Segunda Parte
Viagem da Galiléia para Jerusalém
Segunda Parte
Pregação ambulante
Viagem da Galiléia para Jerusalém
Segunda Parte
Ministério de Jesus
sobretudo fora da Galiléia
Terceira Parte
Últimos dias de Jesus em Jerusalém
Crucificação
Terceira Parte
Últimos dias de Jesus em Jerusalém
Crucificação
Terceira Parte
Última Ceia
Crucificação
Ressurreição
História da ressurreição
História da ressurreição
Apêndice
(Conclusão de Marcos)


O Evangelho Segundo Mateus contém cerca de 178 versículos ou 27% dos 661 versículos de Marcos. O Evangelho Segundo Lucas apresenta cerca de 100 versículos (15%) dos versículos do Evangelho Segundo Marcos. Este último tem apenas 53 versículos (8%) sem paralelo em Mateus ou Lucas. Em Mateus existem 330 versículos (28%) sem paralelo e em Lucas há cerca de 500 (43%).

O exame das perícopes mostra que das 11.078 palavras de Marcos, Mateus possui 8.555 (77%) e Lucas 6.737 (61%). São coincidências demais.

O assunto relacionado de nossa próxima postagem será  o Evangelho de João, o quarto livro, que junto com os demais formam os Evangelhos Canônicos.  

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Curiosidades Bíbicas: que são Evangelhos ?

Este é o primeiro de uma série de postagens que faremos sobre os Evangelhos. Gostaria de alertar que não tenho intenção de causar polêmicas com o conteúdo das postagens, como aconteceram com outras relacionados a assuntos bíblicos. O objetivo aqui é apenas levar ao conhecimento de nossos leitores sobre curosidades que envolvem os textos bíblicos, sem contudo, querer que sejam aceitos como verdades absolutas. Enfim, desejo evitar debates revestidos de fanatismos reigliosos.

"Evangelho" é uma palavra de origem grega que significa "boa notícia". Do ponto de vista da fé cristã, só há um evangelho: o de Jesus Cristo. Porque ele mesmo, o Filho de Deus encarnado na natureza humana (Jo 1.14) e autor da vida e da salvação (At 3.15 Hb 2.10 12.2), é a boa notícia que constitui o coração do Novo Testamento e fundamenta a pregação da Igreja desde os tempos apostólicos até os nossos dias.
 
Os Evangelhos são um gênero de literatura do cristianismo primitivo que contam a vida de Jesus, a fim de preservar Seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus

O desenvolvimento do Cânon do Novo Testamento deixou quatro evangelhos canônicos, que são aceitos como os únicos evangelhos autênticos para a maioria dos cristãos.

Entretanto, existem muitos outros evangelhos. Eles são conhecidos como apócrifos e foram escritos depois dos quatro evangelhos canônicos. Alguns destes evangelhos deixaram vestígios importantes na tradição cristã, incluindo a iconografia.

Os evangelhos são um género único na literatura universal. Não são meros relatos, mas também um convite à adesão ao cristianismo. A sua primeira intenção não é a biográfica. Apresentam Cristo como messias, filho de Deus e salvador da humanidade. Contém coleções de discursos, de parábolas e relatos, como o da paixão de Cristo (A Paixão de Cristo) e sua ressurreição.

O assunto relacionado de nossa próxima postagem serão os Evangelhos Sinóticos.
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Curiosidades Religiosas: o que são CHACRAS?

Segundo os estudiosos da cultura hindu, os CHACRAS são a porta de entrada dos vários tipos de energia para o corpo físico, e tem como finalidade vitalizar a matéria e o espírito.

Edualdo Kulcheski, autor da postagem base desta (link no rodapé), nos ensina que a palavra "chacra", é originária do sânscrito e seu significado etimológico é "disco giratório". Eduardo, explica que os chacras são pontos de conexão pelos quais a energia flui de um corpo a outro, formando fluxos energéticos que criam vórtices ou redemoinhos, aproveitando essa entrada para atravessarem o perispírito e o duplo etérico e passarem para o organismo físico.

Em sua explanação, o mesmo autor nos diz que “a comunicação entre os chacras acontece através de condutos conhecidos como "meridianos", por onde flui a energia vital alterada por eles. O tamanho dos chacras depende do desenvolvimento espiritual e das vibrações que emitimos. Nas pessoas mais desenvolvidas espiritualmente, eles são amplos, brilhantes e translúcidos, podendo atingir um raio de até 25cm, permitindo a canalização de uma quantidade maior de energia vital e o desenvolvimento das faculdades psíquicas do homem.”.

Segundo o mesmo autor, existem dois tipos de chacras: do perispírito e do duplo etérico. Praticamente em toda a literatura que trate do assunto, as terminologias indicam os chacras como sendo os vórtices que estão no duplo etérico e os centros de força como os que se encontram no perispírito. Estes últimos captam as vibrações do espírito e as transferem para os chacras do duplo etérico, que fazem uma filtragem e as remetem para as regiões dos plexos correspondentes na matéria física. Os chacras do duplo etérico e os centros de força do perispírito estão intimamente ligados em contato energético, atuando diretamente sobre os plexos nervosos do corpo físico.

O autor nos explica, também, que o movimento giratório dos chacras resulta do choque ou contato turbilhante das energias etéricas sutis que vêm do plano superior com forças etéricas primárias, agressivas e vigorosas que partem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo animal instintivo. Esse fenômeno é algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens carregadas de água e entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta terrestre, resultando nos conhecidos ciclones, tufões ou furacões.

Eduardo diz que existem três tipos de energias que correm pelos chacras e que os fazem girar: éter cósmico (energia espiritual), fluido vital (prana) e éter físico (kundalini).Esses três tipos de energias não se misturam, pois têm freqüências diferentes. A principal entrada do éter cósmico é o chacra coronário, depois o frontal e o laríngeo. Já o fluido vital entra no corpo principalmente pelo chacra esplênico e, depois, pelo gástrico, enquanto que o chacra genésico é a principal entrada do éter físico. Cada uma dessas energias pode ser absorvida pelos outros chacras caso suas entradas principais estejam bloqueadas.

Em posts próximas abordaremos este assunto novamente.
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Fonte: http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2669&catid=81:vivencia

sábado, 29 de outubro de 2011

Você já ouviu falar do neto de Allan Kardec?

Você já ouviu falar do neto de Allan Kardec? Muitos evangélicos, sim.

Os evangélicos parecem ser os mais ferrenhos adversários da Doutrina Espírita, vez que nem a Igreja Católica faz tanta oposição assim ao Espiritismo, com exceção do Padre Quevedo, adversário histórico não só da Doutrina, mas de todos os fenômenos paranormais.

Os evangélicos inventam várias coisas para grangear ou manter fiéis em suas linhas, com medo de perdê-los como seguidores da Doutrina Espírita. Nessa linha, já inventaram que Allan Kardec teria cometido suicídio e, agora, que seu neto teria se convertido evangélico e se tornado pastor.

Encontrei numa postagem, assinada por Carlos Alberto Iglesia Bernardo, (cujo link se encontra abaixo, como fonte) em resposta a  a seguinte declaração e indagação de uma amiga evangélica: O neto de Allan Kardec esteve na minha cidade falando sobre o espiritismo. Ele é um pastor e se converteu a muitos anos. Porque espíritas viram evangélicos e evangélicos não viram espíritas? 

Vejamos, a resposta a tal declaração e indagação, feita pelo autor da postagem.
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Quanto ao "neto" de Kardec o que posso dizer-lhe é que - por todos os dados biográficos existentes - ele não teve filhos, e portanto nem netos! Há notícias no livro de Wantuil de um certo "Marcel Kardec" que pelos anos trinta do século passado se dizia neto de Kardec (seu nome verdadeiro era Louis Henri Ferdinand Dulier), não sei se é o mesmo que você cita ...

Eu pessoalmente não conheço as estatísticas sobre as mudanças de filiação religiosa, que na realidade não importam muito. O principal é que cada pessoa siga a religião que mais se afine com o seu modo de ser e que a pratique com toda sinceridade, pois todas as religiões são caminhos diferentes que levam ao mesmo destino: Deus.

Naturalmente a afirmativa de que evangélicos não viram espíritas não é exata, conheço alguns que fizeram esta transição, da mesma forma que conheço os que fizeram o caminho inverso ;-)

Muita Paz,

Carlos Iglesia

(Publicado no Boletim GEAE Número 473 de 6 de abril de 2004)
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