A família, pela sua função educadora e regenerativa, é a
associação mais importante na Terra, sendo o alicerce da civilização. Podemos
dizer, com certeza, que o
lar, na Terra, é um bendito laboratório para as experiências da evolução espiritual.
E a família se constitui como uma verdadeira escola na qual recebemos, aquilo
que, afetivamente, para nós está reservado, nesta existência.
A família se apresenta como um núcleo de
convivência que apresenta-se como uma excelente
oportunidade de crescimento espiritual. Muitos espíritos com os quais
necessitamos conviver e aos quais devemos aprender a amar, retornam como nossos
familiares.
Na vida familiar os espíritos vinculados
têm a convivência necessária para aprender comportamentos saudáveis, para
praticar o amor e o respeito mútuos. É por esta razão que habitualmente não se
tem a família que se gostaria de ter, mas aquela que necessitamos para valiosas
conquistas espirituais.
Deus, em Sua imensa bondade,
frequentemente, nos permite o retorno, junto a alguns espíritos com os quais já
tenhamos evoluído afetivamente, sendo, para nós, os familiares que mais nos
amam e por nós são amados.
É possível entender, portanto, que o
ambiente que temos em nossa casa é resultado da semeadura que fizemos no
passado distante. Por esta razão não devemos desdenhar a família que temos, e,
muito menos, desejar abandoná-la. Ao tomar tal atitude estamos deixando de
aproveitar uma grande oportunidade de ajustamento espiritual.
Pais desatenciosos, muitas vezes, nos
são colocados para que valorizemos o amor paternal. Irmãos que não querem nos
amar, e que por vezes nos fazem sofrer, devem ter, de nossa parte, o amor como
resposta, pois esta é uma maneira de progredirmos. Filhos problemáticos nos são
dados para que aprendamos a amar incondicionalmente. Jamais devemos
maltratá-los ou abandoná-los.
Não devemos,jamais, lamentar o ninho
doméstico, mesmo quando se encontra conturbado ou desfeito, nem a solidão que
possamos sentir. Devemos entender que, provavelmente, é uma lição pela qual
necessitamos passar no caminho de nossa evolução.
Quando entendermos que a família
verdadeira é a família espiritual e que a família terrestre nos é um
educandário, passaríamos a conviver melhor com nossos familiares. Talvez, para
alguns deles o amor não desabroche facilmente, mas o primeiro passo pode ser
dado no momento em que aprendamos a não revidar, a silenciar se uma palavra de
carinho não puder ser pronunciada.
Tenhamos a certeza de que cada membro de
nossa família é uma gema preciosa, que nos é concedida para nossa lapidação, e
que o convívio diário deve ser norteado no amor, no respeito, na resignação. O
lar é, em realidade, a primeira escola da vida física, e a família é o
mecanismo superior para a valorização da harmonia em nossa existência.
Agradeçamos sempre a Deus esta
oportunidade a nós concedida e que se chama família.
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Fonte: Redação do
Momento Espírita c/base cap.20, do livro Iluminação Interior, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P.Franco, Edit.Leal)
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