sábado, 29 de outubro de 2011

Você já ouviu falar do neto de Allan Kardec?

Você já ouviu falar do neto de Allan Kardec? Muitos evangélicos, sim.

Os evangélicos parecem ser os mais ferrenhos adversários da Doutrina Espírita, vez que nem a Igreja Católica faz tanta oposição assim ao Espiritismo, com exceção do Padre Quevedo, adversário histórico não só da Doutrina, mas de todos os fenômenos paranormais.

Os evangélicos inventam várias coisas para grangear ou manter fiéis em suas linhas, com medo de perdê-los como seguidores da Doutrina Espírita. Nessa linha, já inventaram que Allan Kardec teria cometido suicídio e, agora, que seu neto teria se convertido evangélico e se tornado pastor.

Encontrei numa postagem, assinada por Carlos Alberto Iglesia Bernardo, (cujo link se encontra abaixo, como fonte) em resposta a  a seguinte declaração e indagação de uma amiga evangélica: O neto de Allan Kardec esteve na minha cidade falando sobre o espiritismo. Ele é um pastor e se converteu a muitos anos. Porque espíritas viram evangélicos e evangélicos não viram espíritas? 

Vejamos, a resposta a tal declaração e indagação, feita pelo autor da postagem.
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Quanto ao "neto" de Kardec o que posso dizer-lhe é que - por todos os dados biográficos existentes - ele não teve filhos, e portanto nem netos! Há notícias no livro de Wantuil de um certo "Marcel Kardec" que pelos anos trinta do século passado se dizia neto de Kardec (seu nome verdadeiro era Louis Henri Ferdinand Dulier), não sei se é o mesmo que você cita ...

Eu pessoalmente não conheço as estatísticas sobre as mudanças de filiação religiosa, que na realidade não importam muito. O principal é que cada pessoa siga a religião que mais se afine com o seu modo de ser e que a pratique com toda sinceridade, pois todas as religiões são caminhos diferentes que levam ao mesmo destino: Deus.

Naturalmente a afirmativa de que evangélicos não viram espíritas não é exata, conheço alguns que fizeram esta transição, da mesma forma que conheço os que fizeram o caminho inverso ;-)

Muita Paz,

Carlos Iglesia

(Publicado no Boletim GEAE Número 473 de 6 de abril de 2004)
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O que é Karma?


O karma não é bem uma expressão ligada a Doutrina Espírita. A palavra Karma - no lugar da qual os espíritas preferem usar "Lei de Ação e Reação" - tem sua origem na Índia Védica e significa "Ação". 

No Oriente, onde é bastante difundido pelas filosofias orientais, principalmente no Hinduísmo e no Budismo, karma traz a idéia de que existe uma ordenação moral no Universo. Todos os nossos atos tem efeitos e recebemos a reação destes efeitos. Se praticamos o bem, temos o bem como retorno, se praticamos o mal sofremos com os resultados desfavoráveis que advém dessas ações. Bem, neste sentido, é o que traz felicidade ao próximo e mal o que traz infelicidade. Em resumo, o nosso hoje é resultado do nosso ontem e o nosso amanhã depende do que fizermos hoje.

Existem dois tipos de karma: o individual e o coletivo. Agrupamentos sociais recebem o retorno de suas ações da mesma forma que os indivíduos. Vivemos em um mundo de relações e somos assim interdependentes. Se uma pessoa sofre "hoje" por seu "karma" e somos colocados em situação de poder ajudá-la isto - em um caso muito comum - significa que de alguma forma contribuímos para a sua situação atual e é nossa obrigação ajudá-la a sair dela ou a minimizar suas dores. Os filósofos hindús tem até uma palavra para isso, Dharma, que pode ser traduzida por "dever". Cada pessoa em face de suas ações passadas contabiliza um certo "karma" que se reflete em sua situação presente e um "dharma" que corresponde ao melhor aproveitamento que pode ter delas.

Ressalte-se que o "karma" - no sentido da colheita das ações passadas - não é necessariamente negativo.  Uma pessoa, em virtude de seus esforços em direção ao bem, colhe em retorno paz de espírito e situações de felicidade cada vez maior.

A interpretação da Doutrina Espírita não é muito diferente, e assim, nós, espíritas ajudamos as pessoas carentes porque acreditamos ser nossa obrigação ajudar na construção de um mundo melhor, onde o ensinamento de Jesus de "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", seja efetivamente praticado.
 
Isto é basicamente o que Jesus ensinou quando disse que "a cada um segundo suas obras", e que também pouco vale ficar clamando "Jesus, Jesus ..." e não seguir suas orientações.
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como Morreu Allan Kardec?

No intuito de me converter a sua crença evangélica uma pessoa amiga, levantou alguns questionamentos sobre a Doutrina Espírita no sentido de que desacreditando-a, pudesse me converter a sua crença. O mais significativo dos questionamentos foi sobre a morte de Allan Kardec, que segundo ela, teria praticado suicídio, devido a obsessão dos mesmos Espíritos Superiores que lhe proporcionaram a Codificação Espírita.

Sabe-se, que o Espiritismo é totalmente contrário a prática do suicídio e, se Allan Kardec, praticou tal ato, estaria ferindo mortalmente a Doutrina que ajudou a codificar e do qual é o maior expoente.

Pesquisando, encontrei interessantes postagens que nos ajudaram a responder o questionamento em tela.

A primeira postagem, citada no pé desta página como fonte, nos informa que sobre a morte de Allan Kardec, há diversas obras entre as quais as de Zeus Wantuil e de Francisco Thiesen, com o nome dele como título - e nela se estudam não só sua biografia como as informações existentes sobre ela. Lendo esta obra se poderá constatar que a causa da morte foi um aneurisma.

Essas obras ressaltam que Allan Kardec era uma pessoa eminente em sua época, e que não só seu trabalho pedagógico tinha lhe granjeado grande renome como educador - em seu nome próprio de Hippolyte Léon Denizard Rivail - como a Codificação Espírita  teve grande repercussão. Eram amigos de Kardec personalidades de renome na sociedade francesa e dificilmente um suicídio passaria despercebido e geraria um grande escândalo na imprensa contrária as teses espíritas. Assim a estória do suicídio realmente não tem o menor fundamento.

A segunda postagem nos traz informações sobre autores e pesquisadores que fornecem dados biográficos e de pesquisas sobre a vida de Allan Kardec.

Henri Sausse, nos conta que Hippolyte-Léon-Denizard Rivail – Allan Kardec – faleceu em Parias, rua e passagem Sant’Ana, 59, 2ª circunscrição e mairie de la Banque, em 31 de março de 1869, na idade de 65 anos, sucumbindo da ruptura de um aneurisma. (KARDEC, A.O que é o Espiritismo, pág. 44).

André Moreil, relata que (...), na manhã de 31 de março de 1869, o coração de Denizard Hippolyte Léon Rivail – Allan Kardec detém-se para sempre, em conseqüência da ruptura de um aneurisma. (Vida e Obra de Allan Kardec, p. 85);

A Revista Grandes Líderes da História, conta que “Enquanto encaixotava as coisas na casa da rue Saint-Anne, ele recebeu a visita de um caixeiro de livraria. Ao atender o sujeito, Kardec caiu fulminado, vítima da ruptura de um aneurisma. O relógio andava entre onze da manhã e meio-dia. Seu empregado tentou erguê-lo, mas em vão. O seu amigo Gabriel Delanne usou do magnetismo, mas também foi em vão. O corpo de Allan Kardec já estava morto. Segundo E. Muller, amigo da família, “nada de tétrico marcara a passagem de sua morte; se não fora pela parada da respiração, dir-se-ia que ele estava dormindo”. (Revista Grandes Líderes da História: Allan Kardec, pp. 31-32).

Jorge Damas Martins e Stenio Monteiro de Barros, autores do livro Allan Kardec – Análise de Documentos Biográficos, foram mais além e fornecem dados da certidão de óbito do codificador, cuja tradução do francês, constante do livro, que transcrevemos:

Ao primeiro de abril de mil oitocentos e sessenta e nove, às dez horas e meia da manha.
Certidão de óbito de Léon Hippolyte Denisart Rivail, falecido ontem às duas horas da tarde em seu domicílio em Paris, rua Ste Anne nº 59, nascido em Lyon (Rhône), escritor, filho de Rivail, e de Duhamel sua esposa, falecidos. Casado com Amélie Gabrielle Boudet, de setenta e três anos de idade, sua esposa, sem profissão. O dito óbito devidamente constatado por nós, François Ernest Labbé, adjunto do prefeito e oficial do estado civil no Segundo Distrito de Paris; totalmente feita conforme declaração de Armand Théodore Desliens, empregado, de vinte e cinco anos de idade, morador no Boulelvard du Prince Eugène nº 110 e de Alexandre Delanne, negociante, de trinta e nove anos de idade, morador na passagem Choiseul nº 39 & 41, não-parentes, testemunhas que assinam conosco após leitura da certidão.

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Continuando, um pouco mais à frente:

2 – 31 de Março de 1869
O registro das testemunhas do óbito, ocorreu “ao primeiro de abril de 1869, às dez horas e meia da manha”. Informaram que Rivail faleceu “ontem... em seu domicílio em Paris, na rua Ste. Anne, nº 59”.
A certidão ressalta o que todos sabemos: Allan Kardec retorna ao plano espiritual, numa quarta-feira, dia 31 de março do ano de 1869, fulminado, como citam seus biógrafos, pela ruptura de um aneurisma. (31).
Imediatamente após conhecimento do fato, o Sr. E. Muller, grande amigo de Kardec e de sua esposa, mandou o seguinte telegrama aos espíritas lioneses: “Monsieur Allan Kardec est mort, on l’enterre vendredi”, ou seja, em português: “Morreu o Sr. Allan Kardec, será enterrado sexta-feira”.
No mesmo dia, o sr. Muller assim se expressava em carta ao Sr. Finet, de Lião:
(....)
Ele morreu esta manhã, entre onze e doze horas, subitamente, ao entregar o número da “Revue” (32) a um caixeiro de livraria que acabava de comprá-lo, ele se curvou sobre si mesmo, sem proferir uma única palavra: estava morto.

Sozinho em sua casa (Rua Sant’Ana), Kardec punha em ordem livros e papéis para a mudança que se vinha processando e que deveria terminar amanhã. Seu empregado, aos gritos da criada e do caixeiro, acorreu ao local, ergueu-o... nada, nada mais. Delanne (33) acudiu com toda a presteza, friccionou-o, magnetizou-o, mas em vão. Tudo estava acabado.
 
Existe uma extensa e variada gama de informações sobre o assunto na internet, além dos que usamos como fonte dessa postagem.  As postagens que serviram de base a esta, podem ser consultados na íntegra
nos links abaixo.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/como-morreu-ak.html


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Como a Doutrina Espírita encara o homossexualismo? É a favor ou contra?

A Doutrina Espírita não aborda diretamente a questão homossexual. Mas, na questão 202 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores: "Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?" E obtêm como resposta: "Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar".

Dessa resposta devemos depreender que, uma vez  escolhida, deve-se enfrentar as provas referentes a tal opção. Se a escolha for o corpo masculino, deverá enfrentar as experiências reservadas ao homem; se a encarnação ocorrer num corpo feminino, as provas serão as reservadas às mulheres, como, por exemplo, a maternidade. Em conseqüência, devem suportar com resignação as provas que dizem respeito ao sexo escolhido.

Assim, seguindo essa linha de raciocínio, o homossexual é um espírito que deverá enfrentar as provações de sua escolha, sem contudo, agravar seus débitos perante a lei divina, que nada mais é que, segundo Jesus:fazer aos outros todo o bem que gostaríamos que nos fizessem.


Sem entrar no mérito da sexualidade, certamente que isso se manifesta também nos relacionamentos afetivos, através de gestos de respeito e carinho por aqueles com quem nos relacionamos. Assim, pode-se dizer, que o equilíbrio sexual (que se manifesta por um comportamento que não é promíscuo e nem desrespeitoso para com os sentimentos alheios) é caminho seguro tanto para homossexuais como para heterossexuais.

Ressalte-se que todos nós, somos seres em busca do equilíbrio espiritual e muitos de nós trazemos graves comprometimentos no que diz respeito ao campo sexual. O Espírito Emmanuel, em sua obra "Vida e Sexo", psicografada por Chico Xavier, nos informa que, quase sempre, os que chegam no além-túmulo, sexualmente desequilibrados, depois de longas perturbações, renascem no mundo, tolerando moléstias insidiosas, ou em condição homossexual, amargando pesadas provas como conseqüência dos excessos que cometeram no passado.

O homossexualismo é uma distonia sexual que está relacionada a conseqüências de atos anteriores a atual existência, quando, então foram cometidos deslizes graves e que necessitam de ajustes, principalmente na área moral. 

A esse respeito, Jorge Andréa, escritor e médico psiquiatra, ensina que a falta de sintonia entre o ser e o querer ser, ou entre o que se é e o que se pensa ser, transforma o homossexual, masculino ou feminino, num ser frustrado (..), atormentado por ilusões e anseios de consumação às vezes impossível e que o debilitam moralmente, abrindo porta larga a graves obsessões (obsessão é a influencia negativa de um espírito desencarnado sobre uma pessoa). Logo, convêm, tanto ao homossexual como ao heterossexual buscar a sua reforma íntima, não cedendo aos arrastamentos provocados pelos impulsos instintivos e sensuais.

Feitas essas considerações, entendemos que a Doutrina Espírita, recomenda que deve haver respeito e compreensão para com aqueles que transitam em condições sexuais inversivas (homossexualismo), tratando-os com sentimento de fraternidade ou caridade, que deve presidir o relacionamento humano, principalmente pelo fato de que nenhum de nós tem autoridade  para condenar quem quer que seja, pois todos temos dificuldades morais e/ou materiais graves que precisam de educação ou ajustes.

A esse respeito, Emmanuel finaliza o livro Vida e Sexo com a seguinte recomendação: "Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

Finalizando, pode-se dizer que, se o Espiritismo não aprova a prática desregrada do sexo, tanto por parte do homossexual, quanto pelo heterossexual, também é certo que ele não condena ninguém pelas escolhas que fizer em sua vida. Apenas nos alerta a respeito da Lei de Ação e Reação, segundo a qual recebemos de volta os efeitos de nossa própria conduta. Conforme asseverou Jesus: "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória".
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Fonte:  http://www.espiritismo.net/content,0,0,273,0,0.html
           http://www.forumespirita.net/fe/homossexualidade/homossexualismo-e-espiritismo/
           http://hypescience.com/27589-a-causa-do-homossexualismo/
          Andréa, Jorge - Forças Sexuais da Alma, editado pela FEB
          Emmanuel - Vida e Sexo, psicografada por Chico Xavier
          O Livro dos Espíritos

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um espírito perverso pode reencarnar para fazer o mal?


Segundo a Doutrina Espírita ninguém reencarna para fazer o mal. Entretanto, se o espírito ao reencarnar, não desenvolver fortes disposições para vencer os instintos inferiores, que já tinha em vida anterior, estes aparecerão com toda certeza.

Segundo o Livro dos Espíritos, alguns espíritos mais evoluídos podem rever suas vidas pretéritas e podem planejar a sua reencarnação. Essa mesma faculdade não contempla os espíritos mais atrasados que nem mesmo sabem que precisam reencarnar, e renascem à sua revelia. Logicamente que são os espíritos superiores que cuidam disto e providenciam o melhor para esses espíritos.

Assim, a resposta para o questionamento título dessa postagem é não. Não é dado aos espíritos inferiores, maldosos, o arbítrio de acionarem eles mesmos os mecanismos da reencarnação, com intenções de atrapalhar obras do bem. Mas, pode acontecer que ao reencarnarem, possam ser assediados pelos seus companheiros inferiores, desencarnados, que podem atuar sobre ele, revitalizando os desejos e tendências que eles traz de vidas pretéritas.

Para combater aqueles espíritos inferiores obsessores, existem espíritos mais evoluídos, que atuarão como protetores espirituais, que se esforçarão para conduzi-lo ao bem.
Fonte: O Livro dos Espíritos
          http://www.espirito.org.br/

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O homem perverso, que não reconheceu suas faltas durante a vida, sempre as reconhece depois da morte ?

A Doutrina Espírita nos diz que a resposta para esse questionamento é sim. O espírito do homem perverso, sempre reconhece suas faltas cometidas quando em vida, e então sofre mais, porque sente em si todo o mal que praticou, ou de que foi a causa voluntária.

Entretanto, o arrependimento nem sempre é imediato. Existem espíritos que se obstinam no mau caminho, apesar dos sofrimentos por que passam. Porém, cedo ou tarde, reconhecerão haver tomado o caminho errado e o arrependimento virá. 

Os bons Espíritos exercem um papel importantissimo junto a esses espíritos que se obstinam no mau caminho, buscando esclarecê-los e encaminhando-os para os caminhos corretos. É para os esclarecer que trabalham os bons Espíritos.
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Fonte: O Livro dos Espíritos