Uma das bandeiras do Espiritismo é a defesa da vida. A Doutrina é totalmente contrária a qualquer tipo de ameaça a vida, como por exemplo, o suicídio, o aborto e, é claro, a eutanásia.
Essa posição está clara no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap.V, item 28, quando nos faz a seguinte indagação: “Um homem está agonizante, vítima de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito lhe pouparmos alguns instantes de angústias, apressando-lhe o fim?
A resposta, ditada pelo espírito S. Luís (Paris,1860), é digna de reflexão: "Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode Ele conduzir o homem até à borda do sepulcro, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e modificar-lhe os pensamentos? Ainda que um moribundo haja chegado ao último extremo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe tenha soado a última hora. A Ciência não se terá enganado alguma vez em suas previsões?”
“Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, não há inúmeros exemplos em que o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanima-se e recobra por alguns instantes suas faculdades? Pois bem! Essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância, pois ignorais as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe podem poupar um relâmpago de arrependimento.”
“O materialista, que apenas vê o corpo e não leva em nenhuma conta a alma, não pode compreender essas coisas; mas o espírita, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, tanto quanto puderdes; guardai-vos, porém, de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro.".
A mensagem que acabamos de ler, mesmo ditada no distante ano de 1860, continua bem atual, como podemos notar.
A vida é um dom divino, dado a cada um de nós. E só Deus pode tirá-la,através de seus desígnios.
Ademais, apesar dos materialistas, a ciência não é, e nunca será, dona da verdade, pois é limitada, assim como nós seres humanos. Mesmo com seus inúmeros e indiscutíveis progressos, a ciência não tem domínio sobre a vida e a morte.
E, como disse o espírito Luís, devemos envidar todos os esforços para minorar os derradeiros sofrimentos do moribundo, como ato de caridade, e nunca abreviar a vida, pois ainda que seja, por apenas um minuto, esse tempo é precioso demais para a redenção do moribundo, ainda que no plano espiritual.
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Fonte: Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB, 2008.
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
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