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terça-feira, 13 de março de 2012

Curiosidades Religiosas:Interpretando a Árvore da Ciência do Bem e do Mal

No Jardim do Éden, Deus utilizou duas árvores com objetivos simbólicos: a "árvore da vida" e "a árvore da Ciência do Bem e do Mal". Não respeitar o decreto de Deus referente a esta última árvore teria resultado na queda do homem, ou seja,sua expulsão do paraíso.

A árvore da Ciência do Bem e do Mal é citada na Bíblia, nos capítulos iniciais do livro da Gênesis, correspondendo a um importante elemento da criação segundo a crença judaico-cristã. — Gên 2:9, 16, 17; 3:1-24.

Também conhecida como Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, ou simplesmente Árvore da Ciência, fazia parte do Jardim do Éden, tendo seus frutos sido proibidos ao homem por Deus. Segundo o mesmo relato, após ser interpelada pela serpente, a mulher (Eva), desobedecendo a ordem de Deus, come do fruto, oferecendo posteriormente ao homem (Adão), que também o come, provocando o que se chama de pecado original da humanidade.

A Árvore do Bem e do Mal figura na Bíblia como um simbolismo, em que  comer do seu fruto seria aceitar o pecado, enquanto que o não-fazê-lo seria o aceitar estar com Deus e desfrutar do paraíso eternamente.
Seguindo esse raciocínio, tem-se que o mal, na teoricamente, já existia – o pecado. Caso contrário, Deus não teria feito tais recomendações ao casal.

Outra curiosidade, com relação a esse relato, é o conhecimento da serpente sobre as consequencias que viriam ao se comer o fruto da árvore proibida. Estava configurada ali a figura da tentação pelo que é proibido, do certo e do errado.

Sob este ponto de vista, a desobediência do homem aos mandamentos de Deus foi o primeiro pecado oficial da humanidade. A serpente,por sua vez, que induz Eva a comer do fruto da árvore, seria simbolicamente a figura do mal e o fruto da árvore apenas seria a porta de entrada para que este mal entrasse também na vida do ser humano.

Mas, caso Eva não tivesse cedido a tentação da serpente, com certeza, você não estaria agora lendo esse artigo. Reflita se,afinal, o ato de Eva foi bom ou não.
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Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore_da_Ci%C3%AAncia_do_Bem_e_do_Mal

sexta-feira, 9 de março de 2012

Curiosidades Religiosas: Referências a uma Árvore da Vida em diversas culturas

Segundo a pesquisadora Merlin Stone na antiguidade a maioria das religiões eram matriarcais. A religião matriarcal cultuava a serpente que era o símbolo fundamental de sabedoria espiritual, fertilidade, vida e força.

A autora defende que a religião matriarcal era disseminada desde a Pré-História até as cvilizações pagãs e a Bíblia seria o resultado de um esforço para substituir a adoração à Grande Deusa ou Deusa mãe pela religião patriarcal de um Deus hebraico, exemplificada pela árvore da vida (alegoria bíblica do Paraíso) e local de culto à Deusa, onde eram oferecidos os frutos (exemplificada na maçã) em sua homenagem.

Diversos povos antigos possuem histórias mitológicas que fazem recordar a descrição bíblica de um paraíso terrestre original, o Jardim do Éden. Inscrições em argila, selos cilíndricos, folhas de papiro, monumentos, e outras evidências similares, foram descobertos contendo os conceitos religiosos de povos que, embora vivessem em locais geográficos distintos e possuíssem crenças divergentes, ainda assim possuíam lendas de um Éden. Sobre este assunto, o arqueólogo Sir Charles Marston, no seu livro The Bible Comes Alive (A Bíblia Ganha Vida) observa:

"Ao examinar os antigos escritos cuneiformes, alguns anteriores a Abraão, e os selos gravados e esculturas em pedra de Babilónia, Assíria e de outras civilizações primitivas, revela-se-nos notável inclinação da evidência. Até mesmo da proporção comparativamente pequena dessas relíquias de um passado remoto que chegam a nossa atenção, derivamos a impressão de que as histórias da Criação, da Tentação e da Queda do Homem [...] conforme descritas no Génesis, eram então assunto de conhecimento actual. E que, talvez num ambiente politeísta, eram ensinadas nas escolas de Ur dos Caldeus."

Alguns escritos religiosos da antiga Caldéia afirmam que:

"Próximo de Eridu havia um jardim em que havia misteriosa Árvore Sagrada, uma Árvore da Vida, plantada por divindades, cujas raízes eram profundas, ao passo que os ramos atingiam o céu, protegido por espíritos guardiões, e sem nenhum homem entrar."

John Elder, no seu livro Prophets, Idols and Diggers (Profetas, Ídolos e Escavadores), comenta:

"Na antiga literatura babilónica há frequentes referências à Árvore da Vida, tal como mencionada em Génesis 2:9. Representações da árvore são frequentes em baixos-relevos e selos de alabastro. Seus frutos supostamente conferiam vida eterna aos que comessem deles. Certa impressão em um selo cilíndrico entre as encontradas parece ser gravura da tentação e da 'Árvore da Vida."

Os antigos egípcios, também possuíam lendas similares sendo que numa delas se apresentava a crença de que, depois do Faraó morrer, havia uma árvore da vida da qual teria de comer para se sustentar no domínio do seu pai, .

Há muitos outros povos cujas crenças e mitologias se acham entremeadas com características semelhantes ao Éden bíblico. O livro The Migration of Symbols (A Emigração de Símbolos), de G. d’Alviella, possui um capítulo, com mais de cinquenta páginas, devotado aos simbolismos e à mitologia associados com árvores sagradas. O texto e as numerosas ilustrações fornecem indícios de reflexos da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal nas crenças dos fenícios, sírios, persas, gregos, sicilianos, maias, aztecas, javaneses, japoneses, chineses e indianos.

Por exemplo, menciona-se nesse capítulo "que os persas possuíam uma tradição duma Árvore da Vida, a haoma, cuja resina conferia a imortalidade". Também "que a crença numa Árvore da Vida existia entre os chineses. As tradições mencionam sete árvores maravilhosas. [...] Uma delas, que era de jade, conferia a imortalidade pelo seu fruto". Relata ainda que a mitologia escandinava menciona uma árvore sagrada chamada Yggdrasill, sob uma das raízes da qual se dizia manar uma fonte em que residiam todo o conhecimento e toda a sabedoria. Outra lenda fala duma deusa que guardava numa caixa as Maçãs da Imortalidade, das quais os deuses partilhavam a fim de renovar a juventude.

Quanto à mitologia grega, o livro Manual of Mithology, de A. S. Murray, refere na página 173:

"Acreditava-se que os Jardins das Hesperides, com as maçãs de ouro, existiam numa ilha do oceano [...] Eram muito famosos na antiguidade; pois era lá que fluíam as fontes de néctar, pelo divã de Zeus, e ali que a terra exibia as mais raras bênçãos dos deuses; era outro Éden".

Muitos dos nativos de Papua, no Pacífico, crêem numa árvore invisível na qual, e ao redor da qual, todos os que levaram vidas boas, antes de morrerem, vivem eternamente, felizes e livres de preocupações.

Harold Bailey, no seu livro The Lost Language of Symbolism, relata sobre as Américas:

"Há um manuscrito mexicano no Museu Britânico em que são representadas duas figuras colhendo os frutos da chamada "Árvore de Nossa Vida". Os maias e outros povos da América Central sempre representaram suas árvores sagradas' com dois ramos partindo horizontalmente do alto do tronco, assim apresentando a semelhança duma cruz [...] e os primeiros missionários espanhóis no México verificaram, para sua grande surpresa, que a cruz já se achava em uso ali "como simbolizando uma Árvore da Vida".
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Fontes:Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1, página 223 
           Despertai!, edição de 22 de Outubro de 1970, páginas 24 a 29
          Geraldo Salgado Neto. (2009). "Erasmus Darwin e a árvore da vida" (em pt). Revista Brasileira de História da Ciência 2 (1): 96-103.
           http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore_da_Vida_%28B%C3%ADblia%29