Segundo especialistas, Distanásia é a prática pela qual se prorroga, através de meios artificiais e desproporcionais, a vida de um enfermo incurável. Também pode ser conhecida como "obstinação terapêutica". Opõe-se à eutanásia e pode associar-se a conceitos como a ortotánasia, a própria morte e a dignidade humana.
A distanásia representa, atualmente, uma questão de bioética e biodireito. Este conceito insere-se no campo vasto da discussão do valor da vida humana e da morte.
O termo distanásia foi proposto e utilizado pela primeira vez em 1904, por Morache (1), e tem sido empregado para definir a morte prolongada e acompanhada de sofrimento, associando-se à ideia da manutenção da vida através de processos terapêuticos desproporcionais, a ”obstinação terapêutica”. Se poderia dizer, a meu ver, que trata-se do prolongamento da vida por meios artificiais, mas isso é uma opinião pessoal e não sou médico.
A distanásia pode abranger 3 aspectos principais: o pessoal, o familiar e o social.
Aspecto pessoal
- No aspecto pessoal, o indivíduo doente, que inicialmente teve seu processo de morte prolongado em vista de uma possibilidade idealizada de cura, aos poucos passa a depender completamente do processo tecnológico que o mantém, e a prorrogação constante da morte se torna o único elo com a vida; o doente se torna passivo e já não decide por si mesmo, apenas vive em função do processo de controle sobre a natureza.
Aspecto familiar
- No aspecto familiar, ocorre uma dualidade psicológica: por um lado o prolongamento da vida do ente querido, enquanto por outro o sofrimento perante a possibilidade constante e repetitiva da perda, além do doloroso ônus financeiro em prol de um objetivo inalcançável.
Aspecto social
- No aspecto social, ocorre o esgotamento da disponibilidade de recursos mediante uma situação irreversível, que repercute sobre o emprego oneroso dos recursos públicos, em especial nas sociedades carentes, em prejuízo de questões mais essenciais para a saúde pública, cujo resultado teria maior abrangência social.
A distánasia traz à luz um intenso debate sobre se é ético prolongar a morte de alguém, fazendo com que o paciente perca totalmente a dignidade humana. Nesse caso,trata-se de humanizar a vida em seu ocaso.
Outro ponto a ser destacado pelos oponentes da distanasia refere-se a que os recursos empregados na saúde são por demais escassos e deveriam ser utiizados para aqueles realmente necessitados,em detrimento da manutenção de doentes sem reais possibilidades de recuperação submetidos a um processo doloroso de morrer.
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Está aberto um debate ético.
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Distan%C3%A1sia
1. MORACHE. Naissance et mort. Paris: Alcan, 1904. Apud OLIVEIRA, HB et al. Ética e eutanásia, 2003
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terça-feira, 17 de janeiro de 2012
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