Mostrando postagens com marcador a lei mosaica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador a lei mosaica. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CRISTO E A LEI MOSAICA

Jesus veio ao nosso mundo com uma missão bem definida. Veio cumprir a lei de Deus, ou melhor, veio desenvolvê-la dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de desenvolvimento dos homens de então.

Com relação às leis de Moisés propriamente ditas, Ele as modificou profundamente. Na verdade, juntou as duas leis e as reduziu a uma única prescrição: "Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo." E acrescentou, aí estão toda a lei e os profetas.

Mas, isso não era suficiente para Jesus que desejava que a lei de Deus fosse conhecida e cumprida na Terra inteira. Isso está configurado na seguinte frase: "O céu e a Terra não passarão sem que tudo esteja cumprido até o último iota." Ora, de que serviria haver estabelecido aquela lei, se ela devesse constituir privilégio de alguns homens ou mesmo um só povo? Sendo todos os homens filhos de Deus, todos, sem distinção são objetos da mesma solicitude.

Mas Jesus, não veio apenas cumprir o papel de legislador. Ele veio também, dar cumprimento às profecias que haviam anunciado seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim no reino dos céus; veio ensinar aos homens o caminho que conduz a esse reino e os meios de reconciliação com Deus.

Entretanto, não disse tudo, limitando-se, a respeito de muitos pontos, a lançar o gérmen de verdades que, segundo Ele próprio declarou, ainda não podiam ser compreendidas.

Em resumo, para entender o verdadeiro sentido de suas palavras era preciso que a humanidade adquirisse novos conhecimentos e progredisse mais, para que novas idéias pudessem germinar e possibilitasse o entendimento de suas palavras no futuro.

É claro, que a Ciência teria de contribuir decisivamente para o desenvolvimento dessas idéias, buscando unir Religião e Ciência. Ouso dizer, que dessa união, surgiu o Espiritismo.

Em postagem próxima abordarei a aliança entre a Ciência e Religião, dando sequência a presente postagem.
------------------------------------------------
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. I.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O CONTEXTO DA LEI MOSAICA

Pode-se distinguir, na lei mosáica, duas vertentes distintas: a lei de Deus, promulgada no Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. A primeira invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo e que se modifica com o tempo.

A lei de Deus está configurada nos dez mandamentos, que acreditamos ser do conhecimento de todos os cristãos. Essa lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, caráter divino.

Já as leis estabelecidas por Moisés tinham como objetivo manter, pelo temor, domínio sobre um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele, de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir autoridade às suas leis, teve que atribuir-lhes origem divina, assim como fizeram todos os legisladores dos povos primitivos.Prova disso é que os dez mandamentos foram elaboradas e direcionadas ao povo hebreu.

Partiu do princípio de que a autoridade do homem precisava apoiar-se na autoridade divina. Naquela epoca, só a idéia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, nos quais o senso de moral e o sentimento de justiça estavam ainda pouco desenvolvidos.

Visto dessa forma, é evidente que aquele que incluíra, entre seus mandamentos, este: "Não matareis; não fareis mal ao próximo", não poderia contradizer-se, fazendo da exterminação um dever.

Como se pode depreender, as leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, pois, um caráter essencialmente transitório, e que, por isso mesmo, precisavam ser revistas, cabendo a Cristo, no devido tempo, fazer tal revisão, ou se preferir, desenvolvê-las, adaptá-las a um novo tempo.
------------------------------------------------------
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. I