quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Curiosidades Bíbicas: que são Evangelhos ?

Este é o primeiro de uma série de postagens que faremos sobre os Evangelhos. Gostaria de alertar que não tenho intenção de causar polêmicas com o conteúdo das postagens, como aconteceram com outras relacionados a assuntos bíblicos. O objetivo aqui é apenas levar ao conhecimento de nossos leitores sobre curosidades que envolvem os textos bíblicos, sem contudo, querer que sejam aceitos como verdades absolutas. Enfim, desejo evitar debates revestidos de fanatismos reigliosos.

"Evangelho" é uma palavra de origem grega que significa "boa notícia". Do ponto de vista da fé cristã, só há um evangelho: o de Jesus Cristo. Porque ele mesmo, o Filho de Deus encarnado na natureza humana (Jo 1.14) e autor da vida e da salvação (At 3.15 Hb 2.10 12.2), é a boa notícia que constitui o coração do Novo Testamento e fundamenta a pregação da Igreja desde os tempos apostólicos até os nossos dias.
 
Os Evangelhos são um gênero de literatura do cristianismo primitivo que contam a vida de Jesus, a fim de preservar Seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus

O desenvolvimento do Cânon do Novo Testamento deixou quatro evangelhos canônicos, que são aceitos como os únicos evangelhos autênticos para a maioria dos cristãos.

Entretanto, existem muitos outros evangelhos. Eles são conhecidos como apócrifos e foram escritos depois dos quatro evangelhos canônicos. Alguns destes evangelhos deixaram vestígios importantes na tradição cristã, incluindo a iconografia.

Os evangelhos são um género único na literatura universal. Não são meros relatos, mas também um convite à adesão ao cristianismo. A sua primeira intenção não é a biográfica. Apresentam Cristo como messias, filho de Deus e salvador da humanidade. Contém coleções de discursos, de parábolas e relatos, como o da paixão de Cristo (A Paixão de Cristo) e sua ressurreição.

O assunto relacionado de nossa próxima postagem serão os Evangelhos Sinóticos.
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Curiosidades Religiosas: o que são CHACRAS?

Segundo os estudiosos da cultura hindu, os CHACRAS são a porta de entrada dos vários tipos de energia para o corpo físico, e tem como finalidade vitalizar a matéria e o espírito.

Edualdo Kulcheski, autor da postagem base desta (link no rodapé), nos ensina que a palavra "chacra", é originária do sânscrito e seu significado etimológico é "disco giratório". Eduardo, explica que os chacras são pontos de conexão pelos quais a energia flui de um corpo a outro, formando fluxos energéticos que criam vórtices ou redemoinhos, aproveitando essa entrada para atravessarem o perispírito e o duplo etérico e passarem para o organismo físico.

Em sua explanação, o mesmo autor nos diz que “a comunicação entre os chacras acontece através de condutos conhecidos como "meridianos", por onde flui a energia vital alterada por eles. O tamanho dos chacras depende do desenvolvimento espiritual e das vibrações que emitimos. Nas pessoas mais desenvolvidas espiritualmente, eles são amplos, brilhantes e translúcidos, podendo atingir um raio de até 25cm, permitindo a canalização de uma quantidade maior de energia vital e o desenvolvimento das faculdades psíquicas do homem.”.

Segundo o mesmo autor, existem dois tipos de chacras: do perispírito e do duplo etérico. Praticamente em toda a literatura que trate do assunto, as terminologias indicam os chacras como sendo os vórtices que estão no duplo etérico e os centros de força como os que se encontram no perispírito. Estes últimos captam as vibrações do espírito e as transferem para os chacras do duplo etérico, que fazem uma filtragem e as remetem para as regiões dos plexos correspondentes na matéria física. Os chacras do duplo etérico e os centros de força do perispírito estão intimamente ligados em contato energético, atuando diretamente sobre os plexos nervosos do corpo físico.

O autor nos explica, também, que o movimento giratório dos chacras resulta do choque ou contato turbilhante das energias etéricas sutis que vêm do plano superior com forças etéricas primárias, agressivas e vigorosas que partem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo animal instintivo. Esse fenômeno é algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens carregadas de água e entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta terrestre, resultando nos conhecidos ciclones, tufões ou furacões.

Eduardo diz que existem três tipos de energias que correm pelos chacras e que os fazem girar: éter cósmico (energia espiritual), fluido vital (prana) e éter físico (kundalini).Esses três tipos de energias não se misturam, pois têm freqüências diferentes. A principal entrada do éter cósmico é o chacra coronário, depois o frontal e o laríngeo. Já o fluido vital entra no corpo principalmente pelo chacra esplênico e, depois, pelo gástrico, enquanto que o chacra genésico é a principal entrada do éter físico. Cada uma dessas energias pode ser absorvida pelos outros chacras caso suas entradas principais estejam bloqueadas.

Em posts próximas abordaremos este assunto novamente.
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Fonte: http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2669&catid=81:vivencia

sábado, 29 de outubro de 2011

Você já ouviu falar do neto de Allan Kardec?

Você já ouviu falar do neto de Allan Kardec? Muitos evangélicos, sim.

Os evangélicos parecem ser os mais ferrenhos adversários da Doutrina Espírita, vez que nem a Igreja Católica faz tanta oposição assim ao Espiritismo, com exceção do Padre Quevedo, adversário histórico não só da Doutrina, mas de todos os fenômenos paranormais.

Os evangélicos inventam várias coisas para grangear ou manter fiéis em suas linhas, com medo de perdê-los como seguidores da Doutrina Espírita. Nessa linha, já inventaram que Allan Kardec teria cometido suicídio e, agora, que seu neto teria se convertido evangélico e se tornado pastor.

Encontrei numa postagem, assinada por Carlos Alberto Iglesia Bernardo, (cujo link se encontra abaixo, como fonte) em resposta a  a seguinte declaração e indagação de uma amiga evangélica: O neto de Allan Kardec esteve na minha cidade falando sobre o espiritismo. Ele é um pastor e se converteu a muitos anos. Porque espíritas viram evangélicos e evangélicos não viram espíritas? 

Vejamos, a resposta a tal declaração e indagação, feita pelo autor da postagem.
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Quanto ao "neto" de Kardec o que posso dizer-lhe é que - por todos os dados biográficos existentes - ele não teve filhos, e portanto nem netos! Há notícias no livro de Wantuil de um certo "Marcel Kardec" que pelos anos trinta do século passado se dizia neto de Kardec (seu nome verdadeiro era Louis Henri Ferdinand Dulier), não sei se é o mesmo que você cita ...

Eu pessoalmente não conheço as estatísticas sobre as mudanças de filiação religiosa, que na realidade não importam muito. O principal é que cada pessoa siga a religião que mais se afine com o seu modo de ser e que a pratique com toda sinceridade, pois todas as religiões são caminhos diferentes que levam ao mesmo destino: Deus.

Naturalmente a afirmativa de que evangélicos não viram espíritas não é exata, conheço alguns que fizeram esta transição, da mesma forma que conheço os que fizeram o caminho inverso ;-)

Muita Paz,

Carlos Iglesia

(Publicado no Boletim GEAE Número 473 de 6 de abril de 2004)
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O que é Karma?


O karma não é bem uma expressão ligada a Doutrina Espírita. A palavra Karma - no lugar da qual os espíritas preferem usar "Lei de Ação e Reação" - tem sua origem na Índia Védica e significa "Ação". 

No Oriente, onde é bastante difundido pelas filosofias orientais, principalmente no Hinduísmo e no Budismo, karma traz a idéia de que existe uma ordenação moral no Universo. Todos os nossos atos tem efeitos e recebemos a reação destes efeitos. Se praticamos o bem, temos o bem como retorno, se praticamos o mal sofremos com os resultados desfavoráveis que advém dessas ações. Bem, neste sentido, é o que traz felicidade ao próximo e mal o que traz infelicidade. Em resumo, o nosso hoje é resultado do nosso ontem e o nosso amanhã depende do que fizermos hoje.

Existem dois tipos de karma: o individual e o coletivo. Agrupamentos sociais recebem o retorno de suas ações da mesma forma que os indivíduos. Vivemos em um mundo de relações e somos assim interdependentes. Se uma pessoa sofre "hoje" por seu "karma" e somos colocados em situação de poder ajudá-la isto - em um caso muito comum - significa que de alguma forma contribuímos para a sua situação atual e é nossa obrigação ajudá-la a sair dela ou a minimizar suas dores. Os filósofos hindús tem até uma palavra para isso, Dharma, que pode ser traduzida por "dever". Cada pessoa em face de suas ações passadas contabiliza um certo "karma" que se reflete em sua situação presente e um "dharma" que corresponde ao melhor aproveitamento que pode ter delas.

Ressalte-se que o "karma" - no sentido da colheita das ações passadas - não é necessariamente negativo.  Uma pessoa, em virtude de seus esforços em direção ao bem, colhe em retorno paz de espírito e situações de felicidade cada vez maior.

A interpretação da Doutrina Espírita não é muito diferente, e assim, nós, espíritas ajudamos as pessoas carentes porque acreditamos ser nossa obrigação ajudar na construção de um mundo melhor, onde o ensinamento de Jesus de "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", seja efetivamente praticado.
 
Isto é basicamente o que Jesus ensinou quando disse que "a cada um segundo suas obras", e que também pouco vale ficar clamando "Jesus, Jesus ..." e não seguir suas orientações.
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como Morreu Allan Kardec?

No intuito de me converter a sua crença evangélica uma pessoa amiga, levantou alguns questionamentos sobre a Doutrina Espírita no sentido de que desacreditando-a, pudesse me converter a sua crença. O mais significativo dos questionamentos foi sobre a morte de Allan Kardec, que segundo ela, teria praticado suicídio, devido a obsessão dos mesmos Espíritos Superiores que lhe proporcionaram a Codificação Espírita.

Sabe-se, que o Espiritismo é totalmente contrário a prática do suicídio e, se Allan Kardec, praticou tal ato, estaria ferindo mortalmente a Doutrina que ajudou a codificar e do qual é o maior expoente.

Pesquisando, encontrei interessantes postagens que nos ajudaram a responder o questionamento em tela.

A primeira postagem, citada no pé desta página como fonte, nos informa que sobre a morte de Allan Kardec, há diversas obras entre as quais as de Zeus Wantuil e de Francisco Thiesen, com o nome dele como título - e nela se estudam não só sua biografia como as informações existentes sobre ela. Lendo esta obra se poderá constatar que a causa da morte foi um aneurisma.

Essas obras ressaltam que Allan Kardec era uma pessoa eminente em sua época, e que não só seu trabalho pedagógico tinha lhe granjeado grande renome como educador - em seu nome próprio de Hippolyte Léon Denizard Rivail - como a Codificação Espírita  teve grande repercussão. Eram amigos de Kardec personalidades de renome na sociedade francesa e dificilmente um suicídio passaria despercebido e geraria um grande escândalo na imprensa contrária as teses espíritas. Assim a estória do suicídio realmente não tem o menor fundamento.

A segunda postagem nos traz informações sobre autores e pesquisadores que fornecem dados biográficos e de pesquisas sobre a vida de Allan Kardec.

Henri Sausse, nos conta que Hippolyte-Léon-Denizard Rivail – Allan Kardec – faleceu em Parias, rua e passagem Sant’Ana, 59, 2ª circunscrição e mairie de la Banque, em 31 de março de 1869, na idade de 65 anos, sucumbindo da ruptura de um aneurisma. (KARDEC, A.O que é o Espiritismo, pág. 44).

André Moreil, relata que (...), na manhã de 31 de março de 1869, o coração de Denizard Hippolyte Léon Rivail – Allan Kardec detém-se para sempre, em conseqüência da ruptura de um aneurisma. (Vida e Obra de Allan Kardec, p. 85);

A Revista Grandes Líderes da História, conta que “Enquanto encaixotava as coisas na casa da rue Saint-Anne, ele recebeu a visita de um caixeiro de livraria. Ao atender o sujeito, Kardec caiu fulminado, vítima da ruptura de um aneurisma. O relógio andava entre onze da manhã e meio-dia. Seu empregado tentou erguê-lo, mas em vão. O seu amigo Gabriel Delanne usou do magnetismo, mas também foi em vão. O corpo de Allan Kardec já estava morto. Segundo E. Muller, amigo da família, “nada de tétrico marcara a passagem de sua morte; se não fora pela parada da respiração, dir-se-ia que ele estava dormindo”. (Revista Grandes Líderes da História: Allan Kardec, pp. 31-32).

Jorge Damas Martins e Stenio Monteiro de Barros, autores do livro Allan Kardec – Análise de Documentos Biográficos, foram mais além e fornecem dados da certidão de óbito do codificador, cuja tradução do francês, constante do livro, que transcrevemos:

Ao primeiro de abril de mil oitocentos e sessenta e nove, às dez horas e meia da manha.
Certidão de óbito de Léon Hippolyte Denisart Rivail, falecido ontem às duas horas da tarde em seu domicílio em Paris, rua Ste Anne nº 59, nascido em Lyon (Rhône), escritor, filho de Rivail, e de Duhamel sua esposa, falecidos. Casado com Amélie Gabrielle Boudet, de setenta e três anos de idade, sua esposa, sem profissão. O dito óbito devidamente constatado por nós, François Ernest Labbé, adjunto do prefeito e oficial do estado civil no Segundo Distrito de Paris; totalmente feita conforme declaração de Armand Théodore Desliens, empregado, de vinte e cinco anos de idade, morador no Boulelvard du Prince Eugène nº 110 e de Alexandre Delanne, negociante, de trinta e nove anos de idade, morador na passagem Choiseul nº 39 & 41, não-parentes, testemunhas que assinam conosco após leitura da certidão.

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Continuando, um pouco mais à frente:

2 – 31 de Março de 1869
O registro das testemunhas do óbito, ocorreu “ao primeiro de abril de 1869, às dez horas e meia da manha”. Informaram que Rivail faleceu “ontem... em seu domicílio em Paris, na rua Ste. Anne, nº 59”.
A certidão ressalta o que todos sabemos: Allan Kardec retorna ao plano espiritual, numa quarta-feira, dia 31 de março do ano de 1869, fulminado, como citam seus biógrafos, pela ruptura de um aneurisma. (31).
Imediatamente após conhecimento do fato, o Sr. E. Muller, grande amigo de Kardec e de sua esposa, mandou o seguinte telegrama aos espíritas lioneses: “Monsieur Allan Kardec est mort, on l’enterre vendredi”, ou seja, em português: “Morreu o Sr. Allan Kardec, será enterrado sexta-feira”.
No mesmo dia, o sr. Muller assim se expressava em carta ao Sr. Finet, de Lião:
(....)
Ele morreu esta manhã, entre onze e doze horas, subitamente, ao entregar o número da “Revue” (32) a um caixeiro de livraria que acabava de comprá-lo, ele se curvou sobre si mesmo, sem proferir uma única palavra: estava morto.

Sozinho em sua casa (Rua Sant’Ana), Kardec punha em ordem livros e papéis para a mudança que se vinha processando e que deveria terminar amanhã. Seu empregado, aos gritos da criada e do caixeiro, acorreu ao local, ergueu-o... nada, nada mais. Delanne (33) acudiu com toda a presteza, friccionou-o, magnetizou-o, mas em vão. Tudo estava acabado.
 
Existe uma extensa e variada gama de informações sobre o assunto na internet, além dos que usamos como fonte dessa postagem.  As postagens que serviram de base a esta, podem ser consultados na íntegra
nos links abaixo.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/como-morreu-ak.html