sábado, 12 de maio de 2012

Curiosidades Religiosas: Judas Tadeu, o apóstolo dos angustiados

Judas Tadeu teria vivido no período de 10 a.C a 70 d.C., tendo nascido em Caná de Galiléia, na Palestina.

Era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago o Menor, e filho de Alfeu ou Cleofas, um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús no dia da ressurreição e irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de Maria Santíssima, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima. Era agricultor por profissão.

Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José, apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago o Maior e João Evangelista.

Judas Tadeu também era chamado Lebeu Tadeu, era um dos mais fervorosos do grupo de apóstolos. Conforme textos apócrifos, teria sido o esposo nas bodas de Caná, e isto explica a presença de Maria e de Jesus naquela realização.

Depois da ascensão de Jesus em que os Apóstolos receberam o Espírito Santo,no dia de Pentecostes, no Cenáculo em Jerusalém, iniciou a pregação de sua fé no meio dos maiores sofrimentos e perseguições, pela Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas divulgando o Evangelho.

Tomou parte no primeiro Concílio de Jerusalém (50). Foi evangelizador na Mesopotâmia, atual Pérsia, Edessa, Arábia e Síria. Destacou-se na Armênia, Síria e Norte da Pérsia (43-66), sendo ao manifestar apoio ao rei estrangeiro, Algar de Edessa.

Na Mesopotâmia ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão o Zelota, viajando com ele para o Oriente, evangelizando os povos da região.

Segundo relato de São Jerônimo, ambos foram martirizados cruelmente quando estavam na Pérsia, mortos a golpes de machado (70), desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusarem a prestar culto à deusa Diana.

Nas igrejas do ocidente, os dois santos são celebrados juntos em 28 de outubro. A Igreja Ortodoxa Grega, contudo, distingue Judas de Tadeu, celebrando Judas, "irmão" de Jesus, em 19 de junho, e o apóstolo Tadeu em 21 de agosto.

É invocado como advogado das causas desesperadas e dos supremos momentos de angústia. Essa devoção surgiu na França e na Alemanha no fim do século XVIII. No Brasil, a devoção a esse santo é muito popular e surgiu no início do século XX.

Devido à forma como foi martirizado, sempre é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio. Suas relíquias são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de 70.
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terça-feira, 8 de maio de 2012

Curiosidades Religiosas: Levi Mateus, o primeiro evangelista

O apóstolo Mateus Evangelista (מתי/מתתיהו, "Dom de Javé" ou "Presente de Deus", hebraico padrão e vocalização de Tibérias: Mattay ou Mattiyahu (Matias ou Matatias); grego da Septuaginta Ματθαιος, Matthaios; grego moderno: Ματθαίος, Matthaíos) é, pelo relato dos Padres da Igreja, o autor do Evangelho de Mateus e um dos Doze Apóstolos.

Existem informações, deixadas por Jerónimo (em sua obra De Viris Illustribus, cap 3) e Eusébio de Cesareia que Mateus teria sido o autor do Evangelho dos Hebreus, obra considerada apócrifa pela Igreja Católica, mesmo a despeito do testemunho insuspeito dos dois personagens citados.

Sabe-se, por informações coletadas nos textos bíblicos em Mateus 9:9 e Mateus 10:3 que ele teria sido um publicano (coletor de impostos de impostos) de Cafarnaum,a serviço de Herodes Antipas e que foi convidado para o círculo dos Doze por Jesus, pessoalmente junto ao mar da Galiléia.

Em outra passagem, em Marcos 2:14 e Lucas 5:27 ele é identificado como sendo o Levi, filho de Alfeu, também coletor de impostos. Os publicanos eram, justamente a classe mais odiada na época de Jesus, por cobrarem encargos dos judeus para serem entregues às autoridades romanas.  

A sua presença no grupo de apóstolos indicava que Jesus buscava salvação de todos, independente de origem, trajetória, família etc. E ele aproveitou a oportunidade e transformou-se em um discípulo fiel, preocupado em demonstrar aos judeus que seu Mestre, descendente da tribo de Davi, era o Messias esperado.

Apesar de sua profissão anterior de coletor de impostos, foi Judas Iscariotes, porém, que teve o encargo de tesoureiro da pequena comunidade apostólica.

Embora conste da relação dos apóstolos, geralmente ao lado de Tomé, o Novo Testamento oferece informação escassa e incerta sobre ele. Da sua atividade após o Pentecostes, conhece-se somente as admiráveis páginas do seu evangelho, primitivamente redigido em aramaico. Denominado de primeiro evangelho, nele há mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus.

Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesaréia em sua Historia ecclesiae, (História da igreja), a única referência histórica a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II.

Também não se conhecem versões conclusivas sobre sua morte, embora fontes menos críveis, referenciam narrações dos sofrimentos e do seu martírio, apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia, de onde as relíquias do santo teriam sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a cidade italiana de Salerno (1080), onde até hoje se encontram e sejam consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo.

Apóstolo e evangelista, pela tradição ele pregou pela Judéia, Etiópia e Pérsia e a igreja romana celebra sua festa em 21 de setembro, e a grega em 16 de novembro e seu símbolo como evangelista é um anjo. 
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Fonte: A Bíblia Sagrada,tradução de João Ferreira de Almeida, 2ª. Edição,1993 – São Paulo        

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domingo, 29 de abril de 2012

Curiosidades Religiosas: São Tomé, também chamado Dídimo, o apóstolo do ascetismo

Tomé era israelita de nascimento e teria vivido entre 3 a.C. e 53 d.C. Pertencia a uma família de pescadores, mas era carpinteiro de ofício.  

A passagem mais conhecida sobre Tomé, que encontrava-se ausente no momento em que o Cristo reapareceu aos discípulos, exigiu destes provas materiais da ressurreição do Mestre e, por isso, Jesus ressurgiu e pediu-lhe que tocasse suas chagas. Surgiu daí a sua alcunha de ascetista e gerou frases que até hoje são utiizadas por muitos para ilustrar coisas ou fatos de difícil credulidade,entre as quais a famosa frase “Ver para crer”.

E bastante citado em passagens do Novo Testamento, nos quatro evangelhos. O Evangelho de João dá-lhe grande destaque. Em  11,16, cita que ele incitou os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judéia dizendo então aos discípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele!

Foi ele que perguntou a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14,5-6).

Tomé tinha temperamento audacioso mas cheio de generosidade tendo  percorrido as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor.

Ausente na primeira aparição duvidou dos colegas, que Jesus tinha voltado. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e o ascetista estava com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!. E lhe disse depois: Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê! O apóstolo incrédulo respondeu Meu Senhor e meu Deus! (João 20,26-28), tornando-se o primeiro dos apóstolos a se dirigir a Jesus nestes termos. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus.

Era também chamado Dídimo ou Gêmeo (seu nome, tanto em aramaico Te'oma como em grego Didymos significa gêmeo) era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas ao contrário deste não era casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Jesus.

Segundo as escrituras foi em resposta a ele que Jesus introduziu o mistério trinitário: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vocês me conhecem, conhecerão também meu Pai...".
Segundo o bispo Eusébio de Cesaréia, do século IV, depois da morte de Jesus, o discípulo evangelizou a Pártia e, pela a tradição cristã posterior, estendeu seu apostolado à Pérsia e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé.

Consta que foi martirizado e morto (53) pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, onde ficam o monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento. Historiadores acreditam que o apóstolo foi morto alvejado por lanças, quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente fiel que Jesus lhe pediu. Suas relíquias seriam venerados na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália. É festejado pelos católicos em 3 de julho.
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