terça-feira, 6 de março de 2012

Curiosidades Religiosas: Interpretando a Árvore da Vida

A Bíblia, segundo o Livro da Gênesis, cita duas árvores especiais,que Deus criara e as colocara no centro do jardim do Éden: a Árvore da Vida e  a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.

A Bíblia não oferece muitos detalhes sobre esta árvore, refererindo-se apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino, originando suas expulsões desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente comerem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia cita que Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que se revolvia continuamente.

Segundo o texto bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação de Adão. Estudiosos religiosos dizem que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Provavelmente Deus colocou essa árvore ali, com o objetivo de permitir a Adão que comesse do seu fruto, após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de alcançar a vida eterna.

Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já havia permitido que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:"E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente," (Gen 2:16)

Com exceção de UMA, a do conhecimento do bem e do mal. Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior. Segundo esse raciocínio, era o fruto literal da árvore que garantia a vida eterna.

Referências no texto bíblico

A Bíblia faz referência direta a esta árvore apenas no primeiro e no último livro:
  • Génesis 2:9: "Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau." - NM - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, (1986)
  • Génesis 3:22-24:"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." - Almeida, Versão Corrigida e Fiel
No último livro da Bíblia, o Apocalipse ou Revelação, ao se mencionarem sete cartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades, faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso:
  • Revelação ou Apocalipse 2:7: "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus." - Bíblia Avé Maria
Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem outras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 12 e Revelação 22:2, 14. 

Também no livro de Provérbios surge a expressão "árvore de vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com a realização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4).

Espero que esta leitura,como as demais que venho postando,ajudem aos nossos leitores, na reflexão sobre a iterpretação das diversas passagens bíblicas.
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore_da_Vida_%28B%C3%ADblia%29

quinta-feira, 1 de março de 2012

Curiosidades religiosas: Jardim do Éden, lenda ou realidade?

Eis uma questão em que estudiosos não chegaram a uma conclusão. Para muitos é apenas uma lenda, uma alegoria, uma figura de retórica. Para outros foi uma realidade e objeto de estudos no sentido de determinar sua localização.

O Jardim do Éden, Jardim das Delícias ou Paraíso Terrestre é na tradição das religiões abraâmicas o local da primeira habitação do homem.

Na tradição bíblica, o Jardim do Éden (do hebraico Gan Eden), é o local onde ocorreram os eventos narrados no Livro do Génesis (Gen., 2 e 3), onde é narrada a forma como Deus cria Adão e Eva, cria um jardim no Éden (a oriente), e indica ao homem que havia criado, para o cultivar e guardar.

A ordem dada por Deus seria a de que o Homem podia comer os frutos de todas as árvores do jardim, exceto os da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mal.

Ao desobedecer está ordem e comer do fruto proibido, Adão e Eva passam a conhecer o bem e o mal, e do pecado nasceu a vergonha e o reconhecimento de estarem nus. Em resultado da desobediência, Deus expulsa o homem do jardim.

O Jardim do Éden, a sua localização e a tentativa de reencontrar a felicidade perdida após a expulsão, são um dos temas centrais de múltiplas lendas e mitos e inspiraram inúmeros artistas, sendo uma das inspirações mais frequentes da arte européia.

COMO SERIA O EDÉN?
O Livro de Génesis, nos conta que Deus fez os céus e a terra, e esta estava vazia e sem formas.Nela,colocou a luz e fez a separação entre a luz e as trevas, criando o dia e a noite. Enfim, criou a água, o firmamento,a relva, ervas,árvores frutíferas,criou o Sol e a Lua.Criou ainda os animais. No quinto dia criou o homem à sua imagem e semelhança,dando a ele domínio sobre toda a terra.E criou também a mulher. Estava criado o paraíso, posto sob a responsabilidade do homem e da mulher.

A esse lugar deu-se o nome de jardim do Éden. Deus fez toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer. Nele também colocou, no centro, a Árvore da Vida, a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Um rio nascia no Éden e ia regar o jardim, dividindo-se a seguir em quatro braços. Segundo a descrição bíblica, o nome do primeiro é Pison, rio que rodeia toda a região de Havilá, onde se encontra ouro puro, bdélio e Ónix ou pedra Sardônica. O nome do segundo rio é Ghion, o qual rodeia toda a terra de Cuche. O nome do terceiro é o Tigre, e corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates. Não se sabe ao certo onde situam-se os rios Pison e Gihon. O historiador Flávio Josefo cita que o rio Ganges seria o rio Pison e o rio Nilo seria o Gihom.

A árvore do conhecimento tinha um fruto que, segundo Eva, manipulada pela serpente (supostamente simbolizando satanás) devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para a inteligência. Contudo, apesar de atraente, ou talvez por isso, era o fruto proibido original.

Os relatos que originaram o Gênesis seriam provenientes de uma época em que os mares eram mais baixos. A região do Golfo Pérsico tem uma profundidade média de 50 metros e máxima de 90 metros, portanto toda a área era região acima do nível do mar. Os dois rios atualmente não identificados possivelmente seriam rios que chegariam ao golfo vindos do Irã ou da Península Arábica. O dilúvio teria resultado na subida do nível dos mares, inundando a região do Golfo e conseqüentemente ocultando sob o mar a localização do Jardim do Éden, possivelmente alterando toda a geografia da região,seu clima da região, e contribuindo para a desertificação da península árabe.

Significado do termo Éden
A origem do termo "Éden" em hebraico parece derivar da palavra acade edinu, que deriva do sumério E.DIN. Em todas estas línguas a palavra significa planície ou estepe. A Septuaginta, versão latina da Bíblia, traduz do hebraico (gan) “jardim” para palavra grego (pa·rá·dei·sos) paraíso. Devido a isso, temos a associação da palavra portuguesa paraíso com o jardim do Éden.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Espiritismo em defesa da vida – Suicídio indireto

Existem diversas formas para abreviarmos nossa própria existência, como o suicídio direto e o indireto, por assim dizer.

O direto, já foi assunto de postagem nossa. Agora abordaremos aqueles por via indireta. Mas, como seria isso?

Imagine aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, por exemplo, com o propósito de tornar útil sua morte?

Para responder essa questão, recorremos novamente a lucidez do espírito S. Luís (Paris, 1860), que nos diz: "Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, o objetivo é sempre o de abreviar a existência, havendo, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação." - S. Luís. (Paris, 1860)

O que caracteriza o ato de suicídio é a intenção premeditada de abreviar a própria existência, seja ela qual for. O suicídio é um ato extremo do individuo, que atenta contra todos os princípios éticos, morais e religiosos. Todas as religiões, sem exceção, são contrárias ao suicídio e valorizam o dom divino da vida.

Essa é mais uma postagem em defesa da vida. Abreviar a própria vida denota verdadeira pobreza espiritual, medo de enfrentar as agruras que a vida nos impõe, como forma de crescermos como pessoa e espiritualmente.
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Fonte: Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V,item 29.