sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A MORTE NA VISÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Segundo a Doutrina Espírita, há no homem três componentes: 1º. a alma, ou Espírito, princípio inteligente no qual reside o senso moral; 2º. o corpo, envoltório grosseiro que reveste temporariamente a alma para o cumprimento dos desígnios materiais; 3º o perispírito, envoltório fluídico, semi-material, que é o elo entre a alma e o corpo.
 
A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do envoltório grosseiro, ou seja do corpo material, que a alma abandona. O perispírito, por sua vez, se desliga do corpo e acompanha a alma que, assim fica sempre com seu envoltório. O perispírito, embora fluídico, etéreo, vaporoso, invisível para nós em seu estado normal, não deixa de ser matéria, embora até o presente não se tenha podido apoderar-se dele e submetê-lo à análise.
 
Esse envoltório da alma, ou perispírito, é o intermediário de todas as sensações que o Espirito percebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo. A título comparação podemos dizer que é o fio elétrico condutor, que serve para a recepção e a transmissão do pensamento.
 
O perispírito é, em suma, o agente misterioso, imperceptível, conhecido pelo nome de fluído nervoso, que desempenha tão grande papel orgânico e que ainda não é muito levado em consideração nos fenômenos fisiológicos e patológicos. Por considerar apenas o elemento material ponderável na apreciação dos fatos, a Medicina se priva de uma causa incessante de ação. Muitas doenças, que convêm chamar aqui de doenças da alma e que não encontra explicação material tem origem no perispírito. Não cabe aqui, porém, o exame desta questão.
 
Somente faremos notar que o conhecimento do perispírito é a chave de inúmeros problemas ate hoje inexplicados para a Medicina, até porque o perispírito não constitui uma dessas hipóteses de que a Ciência costuma valer-se para a explicação de um fato. Para não nos alongarmos, limitar-nos-emos a dizer que, seja durante a sua união com o corpo, seja depois de separar-se deste, a alma nunca está desligada do seu perispírito.
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Fonte: O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, Capítulo I,com adaptações

domingo, 22 de setembro de 2013

Curiosidades: Censo 2010, aponta maior crescimento dos evangélicos entre crianças e adolescentes

O Censo 2010, o último realizado pelo IBGE, notamos algumas informações bastante interessantes e curiosas.

O Censo aponta que 65,5% dos declarantes católicos são do sexo masculino, contra 63,8% de mulheres. Os sem religião também apresentam maioria entre os homens com cerca de 9,7% contra 6,4% para mulheres. Nos demais grupos, as mulheres eram maioria.

O Censo aponta também que a proporção de católicos também foi maior entre as pessoas com mais de 40 anos, chegando a 75,2% no grupo com 80 anos ou mais. O mesmo se deu com os espíritas, cuja maior proporção estava no grupo entre 50 e 59 anos (3,1%).

Um dado importante aponta que entre os evangélicos, os maiores percentuais foram verificados entre as crianças (25,8% na faixa de 5 a 9 anos) e adolescentes (25,4% no grupo de 10 a 14 anos). Isso aponta a estratégia dos evangélicos para crescimento e manutenção do seu público,  inclusive a longo prazo. Por outro lado, os católicos apresentam uma população mais envelhecida o que a curto e longo prazo nos faz antever que logo serão ultrapassados pelos evangélicos.

No que se relaciona ao recorte por cor ou raça, as proporções de católicos seguem uma distribuição aproximada à do conjunto da população: 48,8% deles se declaram brancos, 43,0%, pardos, 6,8%, pretos, 1,0%, amarelos e 0,3%, indígenas.

Entre os espíritas, 68,7% eram brancos, percentual bem mais elevado que a participação deste grupo de cor ou raça no total da população (47,5%).

Entre os evangélicos, a maior proporção era de pardos (45,7%). A maior representatividade de pretos foi verificada na umbanda e candomblé (21,1%). No grupo dos sem religião, a declaração de cor mais presente também foi parda (47,1%).
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Fonte:http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_religiao_deficiencia/default_caracteristicas_religiao_deficiencia.shtm.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

QUAL A DIFERENÇA ENTRE O INSTINTO E A INTELIGÊNCIA?

Onde começa um e termina o outro? Será o instinto uma inteligência rudimentar, ou uma faculdade distinta, um atributo exclusivo da matéria? O instinto é a força oculta que impele os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a sua conservação.

Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação. É assim que a planta procura o ar, se volta para a luz, dirige suas raízes para a água e para a terra em busca de nutrientes. É pelo instinto que os animais são avisados do que lhes convém ou prejudica; que buscam, conforme a estação, os climas propícios a sua reprodução ou a sua existência; são tantos os exemplos, que esta postagem não os comportariam.

No homem, o instinto domina exclusivamente no começo da vida; é por instinto que a criança faz os primeiros movimentos, toma o alimento, chora e grita para exprimir suas necessidades, imita o som da voz, tenta falar e andar. No adulto, certos atos são instintivos, tais como os movimentos espontâneos para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo; isso acontece, também, com o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, ou mesmo para defender os olhos de algo que seja arremessado contra eles, o abrir maquinal da boca para respirar, etc.

Já a inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com a oportunidade das circunstâncias. É incontestavelmente um atributo exclusivo da alma. Todo ato maquinal é instintivo.

O instinto é um guia seguro, que nunca se engana; a inteligência, pelo simples fato de ser livre, está por vezes sujeita a errar. O ato que denota reflexão, combinação, deliberação é inteligente. Um é livre,o outro não é.
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Fonte: Kardec, Allan. A Gênese, Cap. III, O Bem e o Mal. (com adaptações)