terça-feira, 26 de junho de 2012

Curiosidades Religiosas: Judas Iscariotes, o apóstolo da traição

Acredita-se que Judas Iscariotes teria vivido no período de 0 a 30 d.C. e nascido em Kerioth, localidade da Judéia.

Segundo as Escrituras, foi quem traiu Cristo e cuja traição deu origem a expressão beijo de Judas que passou a significar a traição. 
Único que não era galileu, era filho de Simão de Queriote (Jo 6, 71; 13, 26), sendo seu nome uma helenização do nome hebraico Judá. Por isso alguns estudiosos entendem que o nome Judas foi diabolizado no Novo Testamento, com a intenção de agredir o povo judeu, como sendo responsáveis morais pela morte de Cristo
Durante muito tempo, a Igreja Católica associou a sua figura ao povo judeu por não terem aceitado Cristo como o prometido Messias e esta convicção tornou-se uma das justificativas antissemitistas. 
Segundo as tradições foi um dos primeiros a juntar-se a Cristo e provavelmente por isso e por ser um dos poucos instruídos, tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos, ou seja, foi designado para cuidar do dinheiro comum. Por causa de seu amor ao dinheiro, também foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata, que naquele tempo correspondia ao preço de um escravo, prometendo que só o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica.
 
Depois da última ceia, Jesus foi orar com os apóstolos no jardim de Getsêmani. Aproximava-se da meia-noite, quando por entre os arvoredos do Getsêmani, ele chegou acompanhado por um destacamento da guarda romana e grande multidão de pessoas, com espadas, paus, lanternas e archotes, vindos por ordem do Sumo Sacerdote José Ben Caifás, para prender Jesus. O traidor conhecia muito bem os lugares onde O Salvador gostava de ficar e foi fácil localizá-lo. 
Conforme o combinado, em troca de trinta moedas de prata, identificou-o para os soldados romanos, beijando-o e chamando-o de mestre. Imediatamente preso os soldados levaram Jesus para a casa de Caifás, onde também se encontrava Anás, seu sogro e diversos outros sacerdotes. Lá mesmo, improvisaram uma sessão extraordinária do Conselho, o que habitualmente era realizado pela manhã no Templo, com a presença de todos os membros.

Conta Mateus (27:3-10), que Judas se arrependeu amargamente depois que viu a crucificação de Jesus, jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se enforcando-se numa figueira.

Também segundo a tradição, os sacerdotes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue. No folclore brasileiro é tradição a malhação de Judas no sábado de aleluia: um boneco, é enforcado em um poste ou galhos de árvores e depois de derrubado a tiros é estraçalhado ou queimado pelo povo. 
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quinta-feira, 21 de junho de 2012

VIDA, BEM INESTIMAVEL!


A tentativa de eliminar a vida, seja a própria ou a do seu semelhante, será sempre uma manifestação de insensatez do homem. Deus, que tudo criou e que preserva a Criação, não deixaria sua obra à mercê da irresponsabilidade humana. O homem consegue atingir o corpo físico, extinguindo-lhe a existência, e arca com as consequências desse gesto. Jamais conseguirá atingir o ser espiritual, que é imortal.

A vida humana, assim como toda e qualquer manifestação de vida, está submetida às leis de Deus, que criou e mantém, como mantém tudo o que há no universo, físico ou espiritual.

O quinto mandamento da Lei de Deus recebida por Moisés determina: “Não matarás”.

No Sermão do Monte, Jesus observa (Mateus, 5:21-22): “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo(...)”.

Os Espíritos Superiores, responsáveis pelos ensinos contidos na Codificação Espírita, consultados sobre qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem, esclarecem: “O de viver. Por isso ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer a sua existência corporal”. (O Livro dos Espíritos, q.880)

Consultados, ainda, sobre se o homem tem o direito de dispor de sua própria vida, enfatizam: ”Não; somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão dessa lei”.(O Livro dos Espíritos, q.994)

Atentar contra a Vida – que emana de Deus – em qualquer circunstância, seja por assassinato, suicídio,  aborto, eutanásia ou pena de morte,voluntária ou involuntariamente, individual ou coletivamente, será sempre uma transgressão à Sua Lei, reclamando reparação sempre dolorosa.

Será sempre, também, uma insensatez, já que o ser humano, na sua essência, é um Espírito imortal, que continuará existindo, com ou sem corpo físico, com suas virtudes e seus defeitos, vivendo as experiências de que necessita para o seu progresso intelectual, moral e espiritual.

Pense nisso! Reflita!
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Fonte: Revista Reformador, Editorial. Ano 125, nr 2136, março 2007. FEB

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Curiosidades Religiosas: São Tiago apóstolo, o menor

Tiago, filho de Alfeu, também conhecido como Santiago Menor ou São Tiago Menor[1] (para distingui-lo de Santiago Maior), é referido pelos católicos romanos no Novo Testamento como um irmão do apóstolo Judas e filho de Maria. Alguns consideram que ele e Tiago, o Justo são a mesma pessoa.
Tiago consta da lista dos doze apóstolos, da mesma maneira que Santiago Maior: Mt 10:3, Mc 3:18, Lc 6:15, At 1:13. Também é mencionado quando sua suposta mãe aparece em Mc 15:40, onde lhe é dado o epíteto "o menor" ou "o mais jovem", dependendo da versão, e em Mt 27:56.Tiago Apóstolo.
Segundo o Evangelho de São Mateus, Jesus escolheu doze companheiros para seus discípulos. Simão (que foi chamado de Pedro) e seu irmão André, Tiago e seu irmão João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago, Tadeu, Simão Cananeu e Judas Iscariotes. O próprio Jesus os chamou de apóstolos, em Lucas 6: 13, palavra que em grego significa "enviados" e a eles coube a tarefa de iniciar a evangelização do mundo.
Tiago, irmão de João, é conhecido como Tiago Maior e após a crucificação de Cristo, teria saído em direção à península Ibérica na região da Galiza, para pregar o cristianismo. No entanto, poucos habitantes da região teriam se convertido. Não obtendo o resultado esperado, Tiago teria voltado à Palestina.
No ano de 42 em Cesareia Palestina, Tiago foi perseguido por ordem do rei Herodes Agripa I, que mandou prendê-lo, decapitá-lo e jogar os seus restos para os cães. Diz a lenda que esses restos foram recolhidos por dois de seus discípulos, Atanásio e Teodoro, e levados secretamente à Espanha, local onde Tiago havia manifestado o desejo de ser enterrado. Após sete dias de viagem, de barco, chegaram nas costas galegas de Iria Flávia(2), perto da atual vila de Padrón. Os discípulos de Tiago pediram permissão para a rainha Lupa, uma dama pagã rica e influente, que vivia na vila de Lupariou ou de Francos a pouca distância de Santiago de Compostela, para depositar os restos de sue mestre em seu feudo, mas ela não permitiu que o enterrem em sua propriedade. No entanto, uma onda de milagres atribuídos a Tiago acabaram por convencê-la. Um desses milagres foi presenciado por ela e segundo a tradição foi este o motivo da sua conversão ao cristianismo.
"A chamada rainha Lupa, simulando uma mudança de opinião, levou os dois discípulos ao Monte Iliciano, hoje conhecido como Pico Sacro, e ofereceu-lhes dois bois selvagens que viviam em plena liberdade e mais um carro para transportar os restos do apóstolo Tiago desde Padrón até Santiago. Os discípulos chegaram perto dos animais, que para assombro de Lupa, deixaram que lhes colocassem os arreios mansamente. Frente esta cena, Lupa decide abandonar as suas crenças e converter-se ao cristianismo".(3)
Muitos creem que Tiago foi enterrado num lugar chamado Libredunnum, onde há muito tempo havia um cemitério romano, em 44 d.C.. Com as invasões bárbaras a queda do Império Romano e, posteriormente, com as invasões muçulmanas, o túmulo acabou sendo "esquecido" ou perdido.
Ministério e morte
Flávio Josefo em sua obra Antiguidades Judaicas narra que um certo Tiago tomou para si o encargo de dirigir a Igreja de Jerusalém após a partida de Pedro e que participou ativamente do primeiro Concílio da Igreja, que tratava da questão da circuncisão e da pregação do evangelho para os pagãos, evento este que teria ocorrido por volta de 54 d.C.. De fato, tal tradição é reconhecida e confirmada por Eusébio de Cesaréia, que narra ter sido este apóstolo o líder da comunidade cristã daquele local por cerca de dezoito anos e que sua conduta piedosa e atuante provocou a fúria dos sacerdotes judeus, em especial o sumo sacerdote Anás II, que instigaram as turbas a trucidarem o apóstolo, apedrejando-o até a morte. Uma tradição relatada por Eusébio de Cesareia, esta menos confiável, nos conta que por não renegar e tampouco amaldiçoar o nome de Jesus foi atirado do Pináculo do Templo e que sobreviveu à queda, sendo consumado seu martírio com uma pá de pisoeiro.