quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como Morreu Allan Kardec?

No intuito de me converter a sua crença evangélica uma pessoa amiga, levantou alguns questionamentos sobre a Doutrina Espírita no sentido de que desacreditando-a, pudesse me converter a sua crença. O mais significativo dos questionamentos foi sobre a morte de Allan Kardec, que segundo ela, teria praticado suicídio, devido a obsessão dos mesmos Espíritos Superiores que lhe proporcionaram a Codificação Espírita.

Sabe-se, que o Espiritismo é totalmente contrário a prática do suicídio e, se Allan Kardec, praticou tal ato, estaria ferindo mortalmente a Doutrina que ajudou a codificar e do qual é o maior expoente.

Pesquisando, encontrei interessantes postagens que nos ajudaram a responder o questionamento em tela.

A primeira postagem, citada no pé desta página como fonte, nos informa que sobre a morte de Allan Kardec, há diversas obras entre as quais as de Zeus Wantuil e de Francisco Thiesen, com o nome dele como título - e nela se estudam não só sua biografia como as informações existentes sobre ela. Lendo esta obra se poderá constatar que a causa da morte foi um aneurisma.

Essas obras ressaltam que Allan Kardec era uma pessoa eminente em sua época, e que não só seu trabalho pedagógico tinha lhe granjeado grande renome como educador - em seu nome próprio de Hippolyte Léon Denizard Rivail - como a Codificação Espírita  teve grande repercussão. Eram amigos de Kardec personalidades de renome na sociedade francesa e dificilmente um suicídio passaria despercebido e geraria um grande escândalo na imprensa contrária as teses espíritas. Assim a estória do suicídio realmente não tem o menor fundamento.

A segunda postagem nos traz informações sobre autores e pesquisadores que fornecem dados biográficos e de pesquisas sobre a vida de Allan Kardec.

Henri Sausse, nos conta que Hippolyte-Léon-Denizard Rivail – Allan Kardec – faleceu em Parias, rua e passagem Sant’Ana, 59, 2ª circunscrição e mairie de la Banque, em 31 de março de 1869, na idade de 65 anos, sucumbindo da ruptura de um aneurisma. (KARDEC, A.O que é o Espiritismo, pág. 44).

André Moreil, relata que (...), na manhã de 31 de março de 1869, o coração de Denizard Hippolyte Léon Rivail – Allan Kardec detém-se para sempre, em conseqüência da ruptura de um aneurisma. (Vida e Obra de Allan Kardec, p. 85);

A Revista Grandes Líderes da História, conta que “Enquanto encaixotava as coisas na casa da rue Saint-Anne, ele recebeu a visita de um caixeiro de livraria. Ao atender o sujeito, Kardec caiu fulminado, vítima da ruptura de um aneurisma. O relógio andava entre onze da manhã e meio-dia. Seu empregado tentou erguê-lo, mas em vão. O seu amigo Gabriel Delanne usou do magnetismo, mas também foi em vão. O corpo de Allan Kardec já estava morto. Segundo E. Muller, amigo da família, “nada de tétrico marcara a passagem de sua morte; se não fora pela parada da respiração, dir-se-ia que ele estava dormindo”. (Revista Grandes Líderes da História: Allan Kardec, pp. 31-32).

Jorge Damas Martins e Stenio Monteiro de Barros, autores do livro Allan Kardec – Análise de Documentos Biográficos, foram mais além e fornecem dados da certidão de óbito do codificador, cuja tradução do francês, constante do livro, que transcrevemos:

Ao primeiro de abril de mil oitocentos e sessenta e nove, às dez horas e meia da manha.
Certidão de óbito de Léon Hippolyte Denisart Rivail, falecido ontem às duas horas da tarde em seu domicílio em Paris, rua Ste Anne nº 59, nascido em Lyon (Rhône), escritor, filho de Rivail, e de Duhamel sua esposa, falecidos. Casado com Amélie Gabrielle Boudet, de setenta e três anos de idade, sua esposa, sem profissão. O dito óbito devidamente constatado por nós, François Ernest Labbé, adjunto do prefeito e oficial do estado civil no Segundo Distrito de Paris; totalmente feita conforme declaração de Armand Théodore Desliens, empregado, de vinte e cinco anos de idade, morador no Boulelvard du Prince Eugène nº 110 e de Alexandre Delanne, negociante, de trinta e nove anos de idade, morador na passagem Choiseul nº 39 & 41, não-parentes, testemunhas que assinam conosco após leitura da certidão.

---------assinaturas----------

Continuando, um pouco mais à frente:

2 – 31 de Março de 1869
O registro das testemunhas do óbito, ocorreu “ao primeiro de abril de 1869, às dez horas e meia da manha”. Informaram que Rivail faleceu “ontem... em seu domicílio em Paris, na rua Ste. Anne, nº 59”.
A certidão ressalta o que todos sabemos: Allan Kardec retorna ao plano espiritual, numa quarta-feira, dia 31 de março do ano de 1869, fulminado, como citam seus biógrafos, pela ruptura de um aneurisma. (31).
Imediatamente após conhecimento do fato, o Sr. E. Muller, grande amigo de Kardec e de sua esposa, mandou o seguinte telegrama aos espíritas lioneses: “Monsieur Allan Kardec est mort, on l’enterre vendredi”, ou seja, em português: “Morreu o Sr. Allan Kardec, será enterrado sexta-feira”.
No mesmo dia, o sr. Muller assim se expressava em carta ao Sr. Finet, de Lião:
(....)
Ele morreu esta manhã, entre onze e doze horas, subitamente, ao entregar o número da “Revue” (32) a um caixeiro de livraria que acabava de comprá-lo, ele se curvou sobre si mesmo, sem proferir uma única palavra: estava morto.

Sozinho em sua casa (Rua Sant’Ana), Kardec punha em ordem livros e papéis para a mudança que se vinha processando e que deveria terminar amanhã. Seu empregado, aos gritos da criada e do caixeiro, acorreu ao local, ergueu-o... nada, nada mais. Delanne (33) acudiu com toda a presteza, friccionou-o, magnetizou-o, mas em vão. Tudo estava acabado.
 
Existe uma extensa e variada gama de informações sobre o assunto na internet, além dos que usamos como fonte dessa postagem.  As postagens que serviram de base a esta, podem ser consultados na íntegra
nos links abaixo.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/como-morreu-ak.html


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